Tyler Perry, conhecido por seus sucessos populares que equilibram humor e drama, estreia sua primeira série original na Netflix, “Beauty in Black“.
Prometendo abordar temas complexos e controversos, Perry se aventura em um território mais sombrio e maduro com uma história repleta de excessos, intrigas e conflitos. Mas será que essa ousadia encontra equilíbrio em sua narrativa?
Sinopse da série Beauty in Black (2024)
“Beauty in Black” segue a vida de duas mulheres cujos destinos se entrelaçam em circunstâncias sombrias. Kimmie (Taylor Polidore Williams) é uma trabalhadora do sexo que sonha em deixar essa realidade para se tornar cosmetóloga, enquanto Mallory (Crystle Stewart), à frente de um império de beleza, mantém laços com o submundo que aprisiona Kimmie. A trama mergulha no lado obscuro da ambição, com cenas explícitas e um olhar cru sobre a exploração e a hipocrisia social.
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Crítica de Beauty in Black, da Netflix
Tyler Perry aposta alto em “Beauty in Black“, mas o resultado é uma produção que mistura extravagância visual com uma narrativa carregada de estereótipos e personagens pouco desenvolvidos.
Kimmie, embora seja apresentada como a protagonista com potencial para redenção, é retratada de maneira unidimensional, frequentemente como vítima passiva em um ciclo de abuso. Mallory, por sua vez, encarna o arquétipo da vilã calculista, mas carece de camadas que tornem sua trajetória mais crível.
Sensacionalismo
A série não economiza em cenas de impacto, mas muitas delas soam gratuitas e sensacionalistas, como o procedimento de implante malsucedido de Rain ou o acidente de carro envolvendo Mallory.
Embora esses momentos busquem chocar, acabam prejudicando o ritmo da narrativa e ofuscando qualquer tentativa de explorar os dilemas internos das personagens.
Destaque em alguns aspectos técnicos
Ainda assim, “Beauty in Black” acerta em alguns aspectos técnicos. A produção é visualmente impressionante, com cenários luxuosos que contrastam com a realidade sombria de suas personagens.
Crystle Stewart consegue se destacar ao interpretar Mallory, alternando entre a benevolência pública e a crueldade privada com fluidez. No entanto, o elenco como um todo apresenta atuações medianas, prejudicadas por diálogos repetitivos e pouco naturais.
Roteiro fraco
A maior crítica, contudo, recai sobre o roteiro, que perpetua estereótipos negativos sobre a comunidade negra, reforçando imagens de exploração e violência sem oferecer uma perspectiva renovadora ou inspiradora.
Com diálogos rasos e falta de profundidade, a série perde a chance de provocar reflexões mais significativas sobre os temas que aborda.
Conclusão
Apesar de seus visuais chamativos e momentos intrigantes, “Beauty in Black” tropeça em uma narrativa mal estruturada e repleta de clichês.
Tyler Perry entrega uma obra que, embora tenha potencial para discutir questões relevantes, opta por explorar o choque e o exagero em vez de construir personagens complexos e uma história envolvente.
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Onde assistir à série Beauty in Black?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Trailer de Beauty in Black (2024)
Elenco de Beauty in Black, da Netflix
- Taylor Polidore Williams
- Crystle Stewart
- Amber Reign Smith
- Xavier Smalls
- Julian Horton
- Steven G. Norfleet
- Richard Lawson
- Terrell Carter
- Shannon Wallace
- Charles Malik Whitfield
- Debbi Morgan
Ficha técnica da série Beauty in Black
- Título original: Beauty in Black
- Criação: Tyler Perry
- Gênero: drama
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 16 anos
2 thoughts on “‘Beauty in Black’: Tyler Perry desperdiça potencial para tentar chocar o público”