O universo de Dexter retorna às telas em “Dexter: Pecado Original” (Dexter: Original Sin), um prequel que promete explorar as origens do infame analista forense e assassino em série, Dexter Morgan.
Porém, ao revisitar o passado de um personagem tão icônico, o seriado enfrenta o desafio de entregar algo inovador enquanto lida com a bagagem de uma franquia já exaustivamente explorada. O primeiro episódio, intitulado “E no começo…”, tenta equilibrar nostalgia, novas histórias e a expectativa de seus fãs mais fervorosos.
Sinopse da série Dexter: Pecado Original (2024)
“Dexter: Pecado Original” nos transporta para 1991, quando um jovem Dexter (Patrick Gibson) recém-formado pela Universidade de Miami começa a trabalhar como estagiário na polícia de Miami Metro.
Com seu “Passageiro Sombrio” já presente, a série apresenta sua primeira vítima: uma enfermeira que envenena pacientes no hospital onde seu pai, Harry (Christian Slater), está internado.
Intercalando flashbacks com o presente, onde Dexter adulto (Michael C. Hall) narra seus momentos antes de morrer, a série busca justificar sua existência ao relembrar eventos já conhecidos pelos fãs da franquia.
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Crítica de Dexter: Pecado Original, do Paramount+
Desde seus primeiros minutos, “Dexter: Pecado Original” sofre com um problema de identidade. Enquanto tenta oferecer algo novo, a série não consegue escapar da sombra do material original.
O retorno de personagens icônicos em suas versões mais jovens — como Harry, Debra (Molly Brown), Angel Batista (James Martinez) e Vince Masuka (Alex Shimizu) — provoca uma estranha sensação de déjà vu, amplificada pela repetição de eventos e diálogos que já haviam sido explorados na série principal.
Comparações
Embora Patrick Gibson entregue uma performance competente como o jovem Dexter, falta-lhe o magnetismo de Michael C. Hall. Sua interpretação muitas vezes parece mais uma imitação do que uma reinterpretação, o que prejudica a profundidade do personagem.
Da mesma forma, Molly Brown enfrenta dificuldades para capturar a essência da irreverente Debra Morgan, uma tarefa complicada dada a marcante atuação de Jennifer Carpenter no papel.
Os momentos mais interessantes do episódio surgem quando a narrativa brinca com a estética e o humor ácido que marcaram Dexter. A primeira morte de Dexter, por exemplo, é intercalada com uma partida de vôlei de sua irmã, em uma montagem que mistura tensão e ironia. No entanto, essas escolhas criativas não são suficientes para compensar a falta de originalidade da trama.
Qual o sentido?
A série também falha ao justificar sua existência como prequel. Grande parte da história de origem de Dexter já foi apresentada na série original, por meio de flashbacks e diálogos. O episódio não apenas recicla esses elementos, mas adiciona camadas de inconsistência ao cânone estabelecido. Em vez de preencher lacunas, “Pecado Original” parece apenas repetir o que já foi dito, deixando pouco espaço para surpresas ou descobertas genuínas.
Por outro lado, o elenco de coadjuvantes traz nomes de peso como Christian Slater, Patrick Dempsey e Sarah Michelle Gellar, que adicionam um toque de nostalgia e energia à produção. No entanto, suas aparições ainda são superficiais, e resta saber se seus personagens terão relevância no desenrolar da trama.
Conclusão
“Dexter: Pecado Original” inicia sua jornada de maneira hesitante, deixando a impressão de que foi criado mais por necessidade comercial do que por inspiração criativa. O episódio inaugural é funcional, mas carece de frescor, apoiando-se em excesso na nostalgia e na repetição de temas já explorados. Para conquistar seu público, a série precisará ir além da mera recapitulação, encontrando uma narrativa que realmente justifique sua existência.
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Onde assistir à série Dexter: Pecado Original?
Trailer de Dexter: Pecado Original (2024)
Elenco de Dexter: Pecado Original, do Paramount+
- Patrick Gibson
- Christian Slater
- Molly Brown
- Christina Milian
- James Martinez
- Alex Shimizu
- Reno Wilson
- Patrick Dempsey
1 thought on “‘Dexter: Pecado Original’ se apoia em excesso na nostalgia”