Com estreia no Paramount+, a série “Terra da Máfia” chega carregada de expectativas. E não é para menos: a série reúne um time de peso tanto na frente quanto por trás das câmeras. Tom Hardy, Helen Mirren e Pierce Brosnan comandam a narrativa de um submundo violento e elegante, enquanto Guy Ritchie assume a direção dos dois primeiros episódios com sua assinatura estilística inconfundível.
A produção criada por Ronan Bennett — inicialmente pensada como um spin-off de Ray Donovan — rapidamente se transforma em algo próprio. Esqueça o “limpador de sujeiras de celebridades”: Harry Da Souza é o homem que apaga rastros em nome de uma dinastia do crime.
Nos três episódios iniciais, “Terra da Máfia” entrega um mergulho no universo de famílias criminosas, entre alianças frágeis e traições iminentes. Tudo isso com um tom que alterna violência súbita e ironia britânica, sem perder a sofisticação visual.
Sinopse da série Terra da Máfia (2025)
Ambientada no submundo do crime em Londres, “Terra da Máfia” acompanha a poderosa família Harrigan, liderada por Conrad (Pierce Brosnan) e Maeve (Helen Mirren), veteranos do crime com mãos sujas e modos refinados. No centro da operação está Harry Da Souza (Tom Hardy), um “consertador” incansável e implacável, responsável por apagar rastros, evitar guerras e manter o poder intacto.
Quando o neto rebelde da família, Eddie (Anson Boon), se envolve em um esfaqueamento após uma noitada com um membro da gangue rival, os Stevensons, Harry precisa conter a crise antes que ela escale para um conflito sangrento. Ao mesmo tempo, sua vida pessoal desmorona diante do peso do trabalho que nunca termina.
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Crítica da série Terra da Máfia, do Paramount+
O trio formado por Hardy, Mirren e Brosnan carrega a série com uma presença magnética. Hardy domina a tela com um Harry metódico, frio e quase sempre contido — o tipo de homem que não precisa levantar a voz para ameaçar. Brosnan, com seu sotaque irlandês carregado, oferece um Conrad entre o aristocrático e o brutal.
Já Helen Mirren brilha como a verdadeira mente por trás da organização: sua Maeve é ao mesmo tempo materna e implacável, em uma performance de silêncios, olhares e sarcasmos venenosos.
Cada ator entende o próprio lugar no xadrez do roteiro. Enquanto Conrad explode em impulsos, Maeve observa e manipula. E Harry, o peão mais perigoso, move-se entre os dois mundos: o dos patrões e o da sujeira.
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O estilo de Guy Ritchie: ritmo, cortes secos e ironia afiada
Os primeiros episódios dirigidos por Guy Ritchie têm sua marca registrada: ritmo ágil, diálogos sarcásticos e violência estilizada. A estética lembra Snatch e Magnatas do Crime, mas com uma maturidade mais sombria. A Londres de “Terra da Máfia” é menos caricatural, mais sóbria — e talvez mais perigosa.
A câmera acompanha Harry por clubes noturnos, becos, cozinhas de restaurante e mansões. Os cenários transitam entre o luxo e a decadência, revelando um submundo que parece civilizado, mas onde qualquer deslize pode custar a vida.
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Personagens e conflitos: tensão em ebulição constante
A construção dos personagens é um dos maiores trunfos da série. Cada um deles carrega camadas de ambiguidade: Eddie é mimado, mas carrega a responsabilidade de uma linhagem perigosa; Kevin (Paddy Considine), seu pai, é constantemente ofuscado por Harry, que nem da família faz parte. Isso gera uma tensão interna que promete explodir.
A guerra com os Stevensons é o pano de fundo, mas o verdadeiro conflito está dentro dos Harrigan. A sensação constante é de que a qualquer momento alguém pode trair, sumir ou ser eliminado.
Um protagonista fora do molde: quem é Harry Da Souza?
O nome pode soar estranho, mas a construção do personagem Harry Da Souza é precisa. Tom Hardy entrega uma performance mais limpa, sem os maneirismos vocais que marcaram outras obras suas. Aqui, ele fala claro, direto, e sua ameaça vem da eficiência, não da teatralidade.
Harry é uma engrenagem que gira sem parar, mesmo quando a máquina começa a emperrar. Ele é o elo entre a violência bruta e a política do submundo, e a série se esforça para mostrar que seu poder não vem da força, mas da articulação — seja com a polícia, com inimigos ou com a própria família que o trata como peça descartável.
Conclusão
“Terra da Máfia” acerta em quase tudo nos seus primeiros três episódios. Com atuações memoráveis, direção firme de Guy Ritchie e um roteiro que mescla tradição e novidade no gênero gangster, a série se firma como um dos lançamentos mais promissores de 2025.
Ainda há espaço para aprofundar seus dilemas morais e complexificar os personagens secundários, mas o que se vê até agora é um retrato imersivo e bem orquestrado de poder, lealdade e violência.
No centro disso tudo, Tom Hardy entrega um protagonista carismático e ameaçador, cuja presença justifica cada minuto de tela. E se a promessa é que o conflito só está começando, então estamos diante de uma série com munição de sobra.
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Onde assistir à série Terra da Máfia?
O filme está disponível para assistir no Paramount+.
Trailer de Terra da Máfia (2025)
Elenco de Terra da Máfia, do Paramount+
- Tom Hardy
Pierce Brosnan
Helen Mirren - Paddy Considine
- Joanne Froggatt
- Lara Pulver
- Anson Boon
- Mandeep Dhillon
- Jasmine Jobson
- Geoff Bell
- Daniel Betts
- Lisa Dwan
- Emily Barber