Confira a crítica da série "Kaos", disponível para assistir na Netflix

Foto: Netflix / Divulgação

“Kaos”, a nova série da Netflix criada por Charlie Covell, promete uma reimaginação audaciosa da mitologia grega, misturando o épico com o contemporâneo.

No entanto, apesar de sua premissa ambiciosa e de um elenco talentoso, a série luta para encontrar o equilíbrio entre a sátira sofisticada e uma narrativa envolvente. Com uma abordagem que ora deslumbra, ora cansa, “Kaos” é uma experiência que provoca tanto encantamento quanto frustração.

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Sinopse da série Kaos (2024)

A história começa com Prometeu (Stephen Dillane), um prisioneiro eternamente preso a uma rocha, enquanto seu fígado é devorado diariamente por uma águia. Ele narra a trama enquanto assiste à queda de Zeus (Jeff Goldblum), o rei dos deuses, cuja paranoia e crueldade aumentam à medida que uma profecia ameaça seu domínio.

No Monte Olimpo, Zeus é retratado como um ególatra neurótico, preocupado com a adoração dos mortais e com uma nova ruga que surge em seu rosto, interpretando-a como o primeiro sinal do cumprimento da profecia que prevê sua queda.

Enquanto isso, na Terra, encontramos Eurídice (Aurora Perrineau), que está prestes a deixar seu marido, o rockstar Orfeu (Killian Scott), quando é tragicamente morta em um acidente de carro. Sua jornada a leva ao submundo, onde conhece Caneus (Misia Butler) e descobre os segredos sombrios dos deuses.

A trama se desdobra em três planos de existência: o Olimpo, a ilha de Creta e o Submundo, onde as vidas dos mortais e dos deuses se entrelaçam em um jogo de poder, profecias e traições.

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Crítica de Kaos, da Netflix

“Kaos” não esconde sua intenção de ser uma sátira sofisticada, quase gritando ao espectador que está fazendo algo “inteligente” e “crítico” a cada cena. Essa autossatisfação é um dos principais pontos fracos da série, que muitas vezes parece mais preocupada em exibir sua astúcia do que em contar uma história atraente.

A modernização da mitologia grega, com elementos anacrônicos como cereais temáticos e um Zeus vestido em trajes que lembram uma figura excêntrica dos anos 1980, oferece momentos de humor, mas raramente atinge o impacto desejado.

Por outro lado, o desempenho de Jeff Goldblum como Zeus é inegavelmente cativante. O ator traz à vida um Zeus que é tanto charmoso quanto detestável, e é nos momentos em que ele está em cena que a série realmente brilha. No entanto, quando ele não está presente, “Kaos” tende a perder força, tornando-se arrastada e excessivamente dependente de referências satíricas que nem sempre funcionam.

A série também peca pela falta de profundidade em seus personagens divinos. Embora todos os deuses sejam intrigantes à primeira vista, rapidamente percebemos que eles são pouco mais do que versões exageradas de figuras ricas e egoístas que já vimos muitas vezes na tela. Esse esvaziamento dos personagens torna difícil para o público se importar com seus destinos ou com as intrigas divinas que deveriam sustentar a narrativa.

Mesmo assim, a série encontra momentos de brilho, especialmente nas cenas que exploram a relação entre os mortais e os deuses. A interação entre Riddy e Caneus, por exemplo, oferece um vislumbre do potencial emocional que “Kaos” poderia ter explorado mais profundamente. Da mesma forma, o design de produção, especialmente nas cenas do Submundo, merece destaque, criando uma atmosfera visualmente impactante que contrasta com a saturação visual do Olimpo.

Conclusão

“Kaos” é uma série que promete muito, mas entrega menos do que poderia. Enquanto a atuação de Jeff Goldblum como Zeus é um espetáculo à parte, e alguns momentos de brilho visual e emocional emergem ao longo da temporada, a produção, muitas vezes, tropeça em sua própria ambição e autossatisfação.

Para aqueles que apreciam uma sátira ousada e estão dispostos a tolerar uma narrativa que nem sempre acerta o tom, “Kaos” pode ser uma experiência interessante. No entanto, para o público em geral, a série pode parecer mais uma oportunidade perdida do que um triunfo mitológico.

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Onde assistir à série Kaos?

A série está disponível para assinantes da Netflix.

Trailer de Kaos (2024)

Elenco de Kaos, da Netflix

  • Jeff Goldblum
  • Janet McTeer
  • David Thewlis
  • Rakie Ayola
  • Cliff Curtis
  • Stephen Dillane
  • Aurora Perrineau
  • Nabhaan Rizwan
  • Killian Scott

Ficha técnica da série Kaos

  • Título original: Kaos
  • Criação: Charlie Covell
  • Gênero: comédia, drama, fantasia
  • País: Reino Unido
  • Ano: 2024
  • Temporada: 1
  • Episódios: 8
  • Classificação: 16 anos

Sobre o autor

2 thoughts on “‘Kaos’ desperta sentimentos ambíguos

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