‘Matar Jesus’ oferece visão poderosa sobre o ciclo de violência e do perdão
Giselle Costa Rosa
“Matar Jesus” (Matar a Jesús) é um filme colombiano de 2017 dirigido por Laura Mora Ortega, que acaba de chegar à Netflix. Com um título que provoca polêmica (não é bem o que você pensa) e ousadia, a obra não age de forma diferente, abordando temas profundos e controversos, mergulhando nas consequências de um ato de violência extrema e nas complexidades da busca por vingança e perdão.
A trama gira em torno de Paula (Natasha Jaramillo Loaiza), uma estudante universitária que testemunha o assassinato de seu pai, um respeitado professor universitário, por um grupo de motoqueiros liderado por Jesús (Giovanny Rodríguez). Consumida pelo desejo de vingança, ela decide rastrear e confrontar o homem, mas, ao se aproximar dele, descobre uma pessoa complexa e humana, levantando questionamentos sobre a natureza do ódio e da redenção.
“Matar Jesus” é um filme poderoso que mergulha fundo nas emoções e dilemas morais de seus personagens. A diretora Laura Mora Ortega cria uma atmosfera intensa e angustiante, onde a violência urbana se mescla com a jornada emocional de Paula. Natasha Jaramillo Loaiza entrega uma performance visceral, transmitindo com autenticidade a dor e a raiva de sua personagem.
O enredo é bem construído, alternando entre momentos de tensão e reflexão. A relação complexa entre Paula e Jesús é o ponto central do filme, explorando as camadas de humanidade por trás de cada personagem. Giovanny Rodríguez traz uma profundidade cativante ao papel de Jesús, tornando-o mais do que apenas um antagonista unidimensional.
Além disso, a fotografia de “Matar Jesus” é impressionante, capturando a atmosfera sombria das ruas de Medellín e destacando a beleza melancólica da cidade. A trilha sonora também contribui para a intensidade emocional da obra, complementando perfeitamente as cenas de ação e drama.
No entanto, a história pode ser previsível em certos momentos, seguindo clichês familiares de filmes de vingança. Além disso, a resolução final da trama é deveras apressada, deixando questões em aberto, que podem desagradar alguns espectadores.
No geral, “Matar Jesus” oferece uma visão poderosa sobre o ciclo de violência e do perdão. Com atuações impressionantes e uma direção competente, o filme se destaca como uma obra impactante do cinema colombiano contemporâneo.
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