Confira a crítica da temporada 5 de "Sintonia", final da série dramática brasileira de 2025 disponível para assistir na Netflix.
Críticas

‘Sintonia’ tem encerramento à altura de sua trajetória

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“Sintonia” chegou ao fim nesta quarta-feira (5) com a temporada 5, consolidando-se como a maior produção original da Netflix no Brasil. Criada por KondZilla, a série sempre se destacou por retratar a realidade da periferia de São Paulo sem os filtros do olhar externo, trazendo uma narrativa que entrelaça crime, religião e música de maneira autêntica.

Ao longo de cinco temporadas, acompanhamos a jornada de Nando (Christian Malheiros), Rita (Bruna Mascarenhas) e Doni (Jottapê), três amigos de infância que seguem caminhos distintos dentro da comunidade. Agora, com “O Último Corre”, a história chega ao seu capítulo final, reafirmando sua identidade e entregando um desfecho coerente e emocionante.

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Sinopse da temporada 5 de Sintonia (2025)

A quinta temporada de “Sintonia” se passa quatro anos após os eventos anteriores e apresenta seus protagonistas em momentos decisivos. Nando, ainda preso, arrisca tudo em um último plano perigoso para tentar recuperar a liberdade.

Rita finalmente realiza o sonho de se tornar advogada, mas precisa lidar com um dilema moral que põe à prova seus princípios. Já Doni, agora consolidado na música, vê sua vida pessoal sofrer uma reviravolta inesperada com a descoberta de que será pai.

Enquanto cada um enfrenta suas próprias batalhas, a amizade entre eles segue como ponto central da trama, reforçando o impacto que tiveram na vida um do outro. Mais do que um simples encerramento, a última temporada explora os limites das escolhas feitas ao longo dos anos, mostrando que, para alguns, segundas chances não são uma opção.

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Crítica da 5ª temporada da série Sintonia, da Netflix

Desde a primeira temporada, “Sintonia” se destacou por sua abordagem crua e realista da vida na favela. Não há romantização nem exagero: a série sempre apostou em uma narrativa que espelha a vida real, respeitando as nuances de seus personagens. O último ano da série segue essa premissa e encerra a trama de maneira forte, sem cair em soluções fáceis ou finais idealizados.

Doni, que começou como o personagem com mais ambição artística, tem um arco de crescimento visível. De um jovem sonhador tentando se firmar no funk, ele se tornou um nome consolidado no cenário musical e, agora, precisa equilibrar sua carreira com a responsabilidade de ser pai. Sua jornada mantém a essência de quem sempre buscou um caminho melhor sem cortar laços com suas origens.

Rita, por sua vez, enfrenta o dilema mais moralmente complexo da temporada. Sua trajetória até aqui foi marcada por uma busca constante por propósito – da igreja à política, e agora no direito. A nova fase, no entanto, coloca suas convicções à prova quando ela se vê diante de um caso que fere seus princípios. Essa dualidade traz uma camada interessante à personagem, que sempre lutou por justiça, mas precisa lidar com as contradições do sistema.

Atuação visceral de Christian Malheiros

Mas o grande destaque da temporada, sem dúvidas, é Nando. Desde o início, sua história sempre carregou o peso da criminalidade como um ciclo difícil de romper. Christian Malheiros entrega uma atuação visceral, mostrando o personagem em seu momento mais vulnerável. Nando representa a realidade de muitos jovens que entram no crime não por escolha, mas por falta dela. Seu destino reforça a mensagem de que, para alguns, a saída não é uma opção – uma reflexão dolorosa e necessária.

Além dos protagonistas, a produção continua acertando ao abordar a música como um pilar cultural da favela. O funk, que sempre teve espaço na série, se mantém presente não apenas como trilha sonora, mas como elemento narrativo que impulsiona a trajetória de Doni e reforça a identidade da comunidade.

Visualmente, a série segue com uma fotografia que traduz bem a atmosfera das ruas e vielas, mantendo o realismo e a energia do ambiente retratado. O roteiro acerta ao concluir os arcos de maneira coerente, sem atropelos ou tentativas forçadas de prolongar a história. O fato de a Netflix ter encerrado a série na quinta temporada, sem esticar a trama além do necessário, foi uma decisão acertada para manter a autenticidade da narrativa.

Conclusão

“Sintonia” se despede mantendo-se fiel à proposta inicial: contar a história da periferia com verdade e respeito. A última temporada reforça o impacto da série ao mostrar que, para alguns personagens, o final feliz não é uma garantia, mas a luta para sobreviver já é, por si só, um ato de resistência.

A produção entra para a história como a série brasileira mais longeva da Netflix, um feito que reforça seu sucesso e relevância. Mais do que números, “Sintonia” deixa um legado cultural importante ao abrir espaço para narrativas que fogem dos estereótipos e dão voz a uma realidade muitas vezes negligenciada.

Seis anos após sua estreia, a série chega ao fim como começou: autêntica, envolvente e profundamente conectada com o público que representa. Um encerramento à altura de sua trajetória.

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Onde assistir à série Sintonia?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Trailer da temporada 5 de Sintonia (2025)

Elenco de Sintonia, da Netflix

  • Christian Malheiros
  • Jottapê
  • Bruna Mascarenhas

Ficha técnica da série Sintonia

  • Criação: Guilherme Quintella, Felipe Braga, Kondzilla
  • Gênero: drama, policial
  • País: Brasil
  • Temporada: 5
  • Episódios: 
  • Classificação: 16 anos
Escrito por
Giselle Costa Rosa

Navegando nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Já escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, estou aqui em um novo projeto no site Flixlândia.

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