A icônica heroína dos videogames, Lara Croft, retorna mais uma vez, desta vez em uma adaptação animada na série “Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft” (Tomb Raider: The Legend of Lara Croft), que acaba de chegar à Netflix.
Com mais de 20 anos de história, Lara se consolidou como uma das maiores personagens da cultura pop, sendo constantemente reinventada tanto nos jogos quanto no cinema. Agora, a nova versão da personagem é situada entre os eventos da recente trilogia “Survivor” e os jogos clássicos dos anos 90. Mas será que consegue capturar a essência que fez de Lara Croft um ícone?
Sinopse da série Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft (2024)
A série começa logo após os eventos de “Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft”, com Lara (dublada por Hayley Atwell) ainda assombrada pela perda de figuras importantes em sua vida, como seu mentor Conrad Roth. Em meio a essa dor, um artefato antigo é roubado de sua mansão, Croft Manor, levando-a em uma caçada global para recuperá-lo.
Ao longo de sua jornada, Lara enfrenta Charles Devereaux (Richard Armitage), um vilão também marcado pela perda, que busca poder através de artefatos mitológicos. A história nos leva a diversos cenários ao redor do mundo, incluindo a China, Paris e a Mongólia, onde Lara precisa decifrar lendas antigas enquanto lida com seu próprio luto e culpa.
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Crítica do anime Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft, da Netflix
A primeira impressão de “A Lenda de Lara Croft” é de uma série que tenta jogar seguro demais. Ao invés de explorar novos caminhos, a narrativa acaba se apoiando em clichês que já vimos incontáveis vezes. O vilão, Charles Devereaux, busca poder através de relíquias antigas, ameaçando o equilíbrio do mundo, enquanto Lara tenta impedir que ele alcance seu objetivo. Embora essa fórmula já tenha funcionado no passado, aqui ela se torna previsível, e a falta de reviravoltas mais ousadas torna a trama desinteressante em muitos momentos.
Apesar disso, o anime acerta ao apresentar a vulnerabilidade de Lara. Desde os jogos mais recentes, a personagem foi reconstruída como uma jovem exploradora ainda em crescimento, e a série mantém essa abordagem, aprofundando seu lado emocional.
A performance de Hayley Atwell é um dos pontos altos, trazendo à tona tanto a força quanto as inseguranças de Lara, o que humaniza a personagem de forma envolvente. Além disso, a série introduz elementos de camaradagem entre Lara e seus aliados, como Jonah e Zip, o que cria momentos genuínos de conexão e leveza, algo que ajuda a balancear o tom mais sombrio da história.
Visualmente, “A Lenda de Lara Croft” é uma obra de altos e baixos. Embora a animação da Powerhouse Studios capture bem a ação e os cenários globais, ela não consegue manter o mesmo nível de qualidade das outras produções do estúdio, como Castlevania.
Em certas cenas, especialmente as que envolvem batalhas, os detalhes parecem simplificados demais, o que diminui o impacto visual. Além disso, enquanto a série tenta integrar elementos sobrenaturais, como criaturas míticas e poderes antigos, essas cenas muitas vezes soam forçadas e excessivamente dependentes de clichês já desgastados.
Outro ponto que merece atenção é o ritmo da série. O primeiro episódio, que deveria servir como um forte gancho, não captura a atenção de imediato. Embora a história ganhe fôlego nos episódios seguintes, o enredo segue uma fórmula que, em muitos momentos, não consegue prender o espectador. As cenas de ação, ainda que divertidas, não compensam a narrativa que, às vezes, se arrasta ou parece desconexa.
Conclusão
“Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft” é, sem dúvida, uma tentativa respeitável de continuar o legado de Lara, mas que peca por jogar muito seguro e não ousar o suficiente. Fãs da franquia provavelmente apreciarão a nostalgia e as referências aos jogos, mas aqueles em busca de algo novo podem se sentir decepcionados.
Apesar de ter bons momentos, especialmente na caracterização de Lara e seus aliados, a série não apresenta uma narrativa interessante e uma animação que corresponda ao padrão elevado de outras adaptações recentes de videogames. Deixa a sensação de que a lenda de Lara merecia algo mais épico.
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Onde assistir ao anime Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft (2024)
Elenco de Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft, da Netflix
- Hayley Atwell
- Richard Armitage
- Allen Maldonado
- Earl Baylon
- Zoe Boyle
Ficha técnica da série Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft
- Título original: Tomb Raider: The Legend of Lara Croft
- Gênero: anime, ação, aventura
- País: Japão, Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 14 anos
1 thought on “‘Tomb Raider: A Lenda de Lara Croft’: personagem merecia algo mais épico”