“Banco Central sob Ataque” (Asalto al Banco Central) é a nova aposta da Netflix que nos leva diretamente à turbulenta Espanha dos anos 80, onde democracia e instabilidade política se confrontam.
Dirigida por Daniel Calparsoro e com um roteiro de Patxi Amezcua, a série revive um episódio real e impactante da história espanhola: o assalto ao Banco Central de Barcelona em maio de 1981, poucos meses após o fracasso do golpe de Estado do 23F.
Com apenas cinco episódios, a minissérie apresenta um thriller histórico que prende o espectador do início ao fim, trazendo personagens complexos e cenas de ação frenéticas.
Sinopse da série Banco Central sob Ataque (2024)
A trama acompanha um grupo de assaltantes liderados por José Juan Martínez Gómez, interpretado com intensidade por Miguel Herrán.
No auge das tensões políticas, eles invadem o Banco Central de Barcelona, tomando mais de 200 reféns. As exigências são claras: a libertação do coronel Tejero e outros envolvidos no golpe de Estado. A história, entretanto, se revela mais complexa, entrelaçando motivos pessoais e políticos.
Ao mesmo tempo, acompanhamos Maider Garmendia (María Pedraza), uma jornalista ambiciosa que tenta desvendar os bastidores do assalto, enfrentando tanto a violência dos criminosos quanto a censura dos poderes constituídos.
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Crítica de Banco Central sob Ataque, da Netflix
“Banco Central sob Ataque” é uma obra que vai além de um simples thriller de assalto, mergulhando nas tensões de uma Espanha que ainda cicatrizava os traumas da ditadura. Calparsoro nos envolve em uma estética nostálgica dos anos 80, com uma direção de arte impecável e uma trilha sonora nostálgica que nos transporta à época.
A série, inevitavelmente, desperta comparações com “La Casa de Papel” pelo tema e pelo elenco familiar, mas adota uma abordagem mais crua e historicamente fundamentada.
Câmera ‘nervosa’
Miguel Herrán impressiona com uma performance que oscila entre a frieza e a vulnerabilidade, tornando seu personagem um líder carismático e ao mesmo tempo, perturbador.
Já o núcleo jornalístico, com Pedraza e Hovik Keuchkerian, traz uma subtrama intrigante, mas que por vezes perde força. A construção do suspense é inteligente, e a câmera inquieta de Calparsoro contribui para a tensão, embora em alguns momentos a movimentação excessiva possa incomodar.
No entanto, nem tudo são acertos. Alguns personagens coadjuvantes, especialmente no núcleo militar, são tratados de forma superficial e carecem de profundidade. Além disso, a filmagem em locais distantes de Barcelona, onde a trama se passa, cria uma desconexão visual que prejudica a autenticidade da série.
Conclusão
“Banco Central sob Ataque” é um thriller envolvente que aborda uma Espanha dividida entre progresso e tradição, misturando ação, história e reflexão política.
Apesar de algumas falhas no ritmo e caracterização, a série é um acerto da Netflix, oferecendo uma perspectiva sobre um dos eventos mais emblemáticos do início da democracia espanhola.
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Onde assistir à série Banco Central sob Ataque?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de Banco Central sob Ataque (2024)
Elenco de Banco Central sob Ataque, da Netflix
- Miguel Herrán
- María Pedraza
- Hovik Keuchkerian
- Tomy Aguilera
- Isak Férriz
Ficha técnica da série Banco Central sob Ataque
- Título original: Asalto al Banco Central
- Gênero: policial, ação, suspense
- País: Espanha
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 5
- Classificação: 16 anos
1 thought on “Banco Central sob Ataque’ mistura ação, história e reflexão política”