“Alemanha” (Alemania), filme de estreia da cineasta argentina María Zanetti, é uma obra profundamente pessoal que aborda o rito de passagem da adolescência à vida adulta com uma sensibilidade única.
Inspirado nas experiências da diretora e dedicado ao irmão Mariano, o longa se destaca como um retrato sincero das dificuldades familiares e da busca pela identidade. Ambientado nos anos 90, o longa nos transporta para uma era pré-digital, reforçando a conexão humana como fio condutor das relações.
Sinopse do filme Alemanha (2024)
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Crítica de Alemanha, da Max
Anos 90
Zanetti constrói sua narrativa com fragmentos do cotidiano, como momentos em família, aulas de direção com o pai e diálogos francos entre amigas. Esses detalhes tornam o filme universal, mesmo sendo enraizado em uma realidade específica.
A escolha de retratar os anos 90 acrescenta uma camada de nostalgia que ressoa tanto com os espectadores jovens quanto com os mais velhos, destacando um tempo em que as conexões pessoais não eram mediadas pela tecnologia.
Delicadeza
Além disso, “Alemanha” explora com delicadeza os efeitos do transtorno bipolar na dinâmica familiar. A relação de Lola com Julieta é ao mesmo tempo tensa e carregada de amor, uma dualidade que reflete a complexidade das relações fraternas. Miranda de la Serna interpreta Julieta com nuances que equilibram fragilidade e força, dando profundidade ao conflito que paira sobre a família.
Conclusão
“Alemanha” não é apenas um filme sobre crescimento pessoal: é uma celebração da resiliência e do amor familiar em tempos de crise. María Zanetti oferece um retrato honesto e comovente da adolescência, mostrando que a busca pela independência não significa ruptura, mas sim a descoberta de novas formas de conexão.
Com atuações marcantes, direção sensível e uma narrativa envolvente, “Alemanha” se firma como uma obra indispensável para quem valoriza histórias humanas e autênticas.
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