Carlos Saldanha, conhecido por sua habilidade em criar narrativas cativantes no campo da animação, como Rio e A Era do Gelo, faz sua estreia no live-action com “Harold e o Lápis Mágico” (Harold and the Purple Crayon).
Baseado no clássico infantil de Crockett Johnson, o filme mistura imaginação, aventura e uma dose de realidade. Apesar de visualmente encantador, o longa tropeça em alguns aspectos de narrativa, mas mantém um charme que pode agradar ao público infantil.
Sinopse do filme Harold e o Lápis Mágico (2024)
Harold, interpretado por Zachary Levi, é um personagem que ganha vida graças ao seu lápis roxo mágico, capaz de transformar qualquer desenho em realidade. Após crescer dentro das páginas de seu mundo bidimensional, ele decide cruzar para o mundo real em busca de respostas sobre sua origem.
Nessa jornada, Harold encontra aliados inesperados, como Terry (Zooey Deschanel) e seu filho Mel (Benjamin Bottani), mas também enfrenta desafios, incluindo um bibliotecário megalomaníaco que deseja usar o lápis para seus próprios fins. Entre aventuras e trapalhadas, Harold descobre que o mundo real tem suas próprias lições de amizade, coragem e responsabilidade.
+ ‘Malta’, um potencial não concretizado
+ ‘A Informante’ tropeça ao não aprofundar a protagonista
+ ‘Dançando para Amar’ não reinventa a roda, mas entrega o que promete
Crítica de Harold e o Lápis Mágico, da Max
Zachary Levi entrega uma atuação charmosa como o adulto infantilizado, algo que já vimos em Shazam. Sua energia cativante ajuda a sustentar uma narrativa que, por vezes, soa previsível. O elenco de apoio, no entanto, oscila: enquanto Zooey Deschanel empresta carisma a Terry, Jemaine Clement, como o vilão bibliotecário, parece caricatural demais para engajar adultos e crianças.
Subtramas desnecessárias e coadjuvantes subdesenvolvidos
O maior problema do filme reside no roteiro, que mistura subtramas desnecessárias e coadjuvantes subdesenvolvidos. A jornada de Harold, embora mágica, perde impacto devido à previsibilidade dos conflitos e ao desenvolvimento superficial dos temas centrais, como amadurecimento e responsabilidade.
Em comparação com outras obras infantis que equilibram humor e profundidade, como Divertida Mente, “Harold e o Lápis Mágico” fica aquém no quesito emocional.
Ainda assim, o longa brilha em momentos de leveza e criatividade, como as sequências em que Harold usa seu lápis para sair de situações complicadas. Essas cenas despertam risadas e mostram o potencial da imaginação como ferramenta narrativa.
Conclusão
“Harold e o Lápis Mágico” é uma aventura visualmente deslumbrante, com boas intenções e mensagens positivas para o público infantil. Apesar das falhas no roteiro e no ritmo, o filme entrega momentos de diversão e encanto suficientes para agradar crianças e seus acompanhantes adultos.
Carlos Saldanha continua provando seu talento em explorar mundos de fantasia, mesmo que esta incursão no live-action não alcance o mesmo impacto de suas animações.
3 thoughts on “Mesmo com falhas, ‘Harold e o Lápis Mágico’ diverte crianças e adultos”