Confira a crítica do filme "Virgem Maria", drama de 2024 com Noa Cohen e Anthony Hopkins disponível para assistir na Netflix.

Foto: Netflix / Divulgação

A história de Maria, a mãe de Jesus, é um dos pilares do cristianismo, contada e recontada ao longo dos séculos em diversas mídias. Com o lançamento de “Virgem Maria” (Mary) na Netflix, o diretor D.J. Caruso busca trazer uma nova perspectiva sobre a figura de Maria, misturando elementos bíblicos e apócrifos em um formato descrito como “thriller de sobrevivência”. Mas será que essa abordagem faz jus à importância histórica e espiritual dessa narrativa?

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Sinopse do filme Virgem Maria (2024)

O filme acompanha a vida de Maria (Noa Cohen) desde seu nascimento, passando por sua infância no Templo, até os eventos que culminam no nascimento de Jesus. A história introduz elementos como a oração fervorosa de seus pais, Joaquim e Ana, pedindo um filho, e a promessa de dedicar Maria ao serviço de Deus.

A narrativa explora sua relação com José (Ido Tako), o encontro com o anjo Gabriel e os desafios que enfrentam ao fugir da perseguição implacável de Herodes (Anthony Hopkins). Apesar de reverenciar a figura de Maria, o filme toma amplas liberdades criativas, o que o distancia significativamente dos textos bíblicos.

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Crítica de Virgem Maria, da Netflix

A proposta de “Virgem Maria” é ousada, mas o resultado é uma mistura desequilibrada de ficção, drama e reverência. Embora o filme busque humanizar Maria, o excesso de elementos imaginativos enfraquece a autenticidade da narrativa.

Ao abrir mão de trechos essenciais das Escrituras, como o Magnificat e o momento em que Maria aceita seu papel divino com humildade, o filme perde a profundidade espiritual que poderia conectar-se mais intensamente com o público cristão.

A atuação de Noa Cohen como Maria traz uma inocência que convence, mas a falta de desenvolvimento de sua personagem impede uma exploração mais rica de seus conflitos internos e crescimento pessoal.

Ido Tako, como José, entrega momentos dramáticos, mas sua caracterização carece da maturidade e profundidade que o personagem exige. Já Anthony Hopkins brilha como Herodes, encarnando o tirano com uma intensidade que contrasta fortemente com os momentos mais suaves do filme.

A direção de Caruso tenta equilibrar a atmosfera sombria e o tom reverente, mas a tonalidade instável prejudica o impacto geral. Cenas como a perseguição da Sagrada Família por soldados de Herodes e a tentativa de satanás de intervir no parto de Maria beiram o exagero, desviando-se do propósito espiritual e transformando o filme em algo mais próximo de um espetáculo de ação.

Por outro lado, alguns momentos são visualmente belos e emocionalmente envolventes, como a cena da apresentação de Jesus no templo. Contudo, a cronologia confusa e as decisões narrativas questionáveis, como a representação de Gabriel como uma figura sombria e a interação excessiva entre Maria e o diabo, tiram o brilho da obra.

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Conclusão

“Virgem Maria” tenta oferecer uma nova perspectiva sobre a figura de Maria, mas tropeça ao misturar elementos dramáticos com liberdades criativas que afastam a narrativa de sua base espiritual. Apesar de boas intenções e atuações competentes, o filme não captura a profundidade e o significado da história que inspira bilhões de pessoas ao redor do mundo.

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Onde assistir ao filme Virgem Maria?

O filme está disponível para assistir na Netflix.

Trailer de Virgem Maria (2024)

Elenco de Virgem Maria, da Netflix

  • Noa Cohen
  • Ido Tako
  • Anthony Hopkins
  • Stephanie Nur
  • Susan Brown
  • Mila Harris
  • Ori Pfeffer
  • Eamon Farren
  • Hilla Vidor
  • Mili Avital

Ficha técnica do filme Virgem Maria

  • Título original: Asphalt City
  • Direção: Jean-Stéphane Sauvaire
  • Roteiro: Shannon Burke, Ryan King, Ben Mac Brown
  • Gênero: suspense, drama
  • País: Estados Unidos
  • Duração: 124 minutos
  • Classificação: 16 anos

Sobre o autor

3 thoughts on “Proposta de ‘Virgem Maria’ é ousada, mas desequilibrada

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