Tim Burton retorna ao universo peculiar de Beetlejuice com a aguardada sequência “Os Fantasmas Ainda Se Divertem 2: Beetlejuice Beetlejuice” (Beetlejuice Beetlejuice). Após mais de três décadas do lançamento do filme original, o diretor resgata o espírito anárquico e o humor macabro que definiram sua carreira nos anos 1980 e 1990.
Em meio a um cenário cinematográfico dominado por sequências e remakes, Burton tenta equilibrar nostalgia e inovação, buscando encantar tanto os fãs antigos quanto uma nova geração. Mas será que a continuação consegue capturar a essência do original?
Sinopse do filme Os Fantasmas Ainda se Divertem 2: Beetlejuice Beetlejuice (2024)
Situado décadas após o clássico de 1988, o novo longa nos leva de volta a Winter River, onde Lydia Deetz (Winona Ryder), agora uma famosa psíquica, enfrenta os desafios de conciliar sua carreira e o relacionamento conturbado com sua filha adolescente, Astrid (Jenna Ortega).
Quando uma tragédia familiar força o retorno à pequena cidade, os fantasmas do passado, incluindo o irreverente Beetlejuice (Michael Keaton), voltam para causar confusão. Enquanto Lydia tenta lidar com o caos, novas subtramas emergem, como a introdução de Delia (Catherine O’Hara), um detetive fantasma (Willem Dafoe) e uma noiva cadáver em busca de vingança (Monica Bellucci).
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Crítica de Os Fantasmas Ainda se Divertem 2: Beetlejuice Beetlejuice, da Max
“Os Fantasmas Ainda se Divertem 2: Beetlejuice Beetlejuice” se apresenta como um tributo à estética peculiar de Tim Burton, mas também reflete os desafios de revisitar um clássico. A direção abraça a teatralidade e o absurdo que marcaram o filme original, com cenários cartunescos e efeitos especiais intencionalmente toscos.
No entanto, o roteiro, assinado por Alfred Gough e Miles Millar, sofre com excesso de subtramas e personagens que nem sempre se conectam de maneira coesa. Embora o humor mórbido e a irreverência estejam presentes, há momentos em que a narrativa parece superficial, falhando em aprofundar temas como o luto e a passagem do tempo.
Atuações
Michael Keaton é o grande destaque, retomando o papel de Beetlejuice com energia inabalável. Sua atuação é cativante e mantém o espírito do personagem tão vibrante quanto em 1988. Winona Ryder também brilha como uma Lydia mais madura, navegando entre a comédia e o drama com maestria.
Jenna Ortega, por sua vez, mostra carisma e entrega uma performance que atrai o público jovem, embora sua personagem, Astrid, não alcance o impacto emocional esperado.
Os coadjuvantes, como Willem Dafoe e Monica Bellucci, têm participações memoráveis, mas suas tramas são subutilizadas, funcionando mais como adereços para reforçar a atmosfera burtoniana do que elementos essenciais à história. A trilha sonora de Danny Elfman, um elemento indispensável nos filmes de Burton, acrescenta uma camada de magia e nostalgia que enriquece a experiência.
Apesar dos tropeços no roteiro, o filme consegue capturar o charme do original em muitos momentos. A decisão de usar animatrônicos e stop-motion, em vez de depender exclusivamente de CGI, resgata a textura visual que tornou o primeiro Beetlejuice tão icônico. Burton demonstra um prazer evidente em revisitar este universo, e isso transparece na direção, mesmo quando a narrativa perde o foco.
Conclusão
“Os Fantasmas Ainda Se Divertem 2: Beetlejuice Beetlejuice” é uma sequência que, embora não alcance o brilho do original, encontra seu lugar como uma homenagem digna. Tim Burton entrega um filme visualmente encantador e divertido, ainda que imperfeito, com momentos que certamente agradarão tanto aos fãs de longa data quanto aos novatos.
Michael Keaton e Winona Ryder comandam o show, enquanto Jenna Ortega traz um frescor necessário à narrativa. No fim, o longa prova que, mesmo após 36 anos, os fantasmas de Burton ainda sabem como se divertir — e nós também.
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