Edward Berger, diretor que impressionou o mundo com o aclamado Nada de Novo no Front, retorna com o filme “Conclave”, uma adaptação do livro de Robert Harris que transforma um dos rituais mais tradicionais da Igreja Católica em um thriller político envolvente.
O filme mergulha nas intrigas, segredos e jogos de poder dentro do Vaticano após a morte do papa, colocando Ralph Fiennes no centro de uma narrativa tensa e imprevisível.
Sinopse de Conclave (2025)
Após o falecimento do papa, cardeais de todo o mundo se reúnem na Capela Sistina para eleger seu sucessor. O decano do Vaticano, Cardeal Thomas Lawrence (Ralph Fiennes), tem a responsabilidade de conduzir o conclave e garantir que o processo ocorra de maneira justa.
No entanto, a presença de quatro candidatos fortes – o progressista Cardeal Bellini (Stanley Tucci), o conservador Cardeal Tedesco (Sergio Castellitto), o moderado Cardeal Tremblay (John Lithgow) e o enigmático Cardeal Adeyemi (Lucian Msamati) – transforma a eleição em um verdadeiro campo de batalha.
Para complicar ainda mais, a misteriosa aparição do Cardeal Benítez (Carlos Diehz), vindo da distante arquidiocese de Cabul, dá uma camada inesperada à disputa, revelando segredos que podem mudar os rumos da Igreja.
Você também pode gostar disso:
+ ‘A Lista do Sr Malcolm’ é uma grata surpresa
+ Pisque Duas Vezes é um filme inquietante e surpreendente
+ ‘A Cozinha’ e a fúria nos bastidores do sonho americano
Crítica de Conclave, com Ralph Fiennes
Berger constrói um thriller elegante e claustrofóbico, onde a grandiosidade das construções do Vaticano contrasta com a tensão crescente entre os cardeais. A fotografia de Stéphane Fontaine reforça esse clima, com corredores sombrios e enquadramentos que capturam a claustrofobia da reclusão dos religiosos.
Ralph Fiennes entrega uma atuação impecável, equilibrando serenidade e inquietação, enquanto tenta manter a ordem diante dos egos inflamados e das revelações explosivas. Os coadjuvantes, embora talentosos, servem mais como peças de um tabuleiro, com destaque para Stanley Tucci, que traz charme e intensidade ao Cardeal Bellini, e Sergio Castellitto, cujo Tedesco se destaca por sua presença imponente.
O roteiro, adaptado por Peter Straughan, acerta ao manter o suspense sem recorrer a flashbacks explicativos, confiando na inteligência do espectador para montar o quebra-cabeças conforme a trama se desenrola. Entretanto, a introdução do Cardeal Benítez, embora instigante, parece deslocada em certos momentos, levando a uma reviravolta previsível para os espectadores mais atentos.
A narrativa se equilibra entre o suspense político e a crítica velada às estruturas conservadoras da Igreja, evidenciando como o poder religioso pode ser tão disputado quanto o de qualquer estado laico. Contudo, alguns elementos externos ao Vaticano acabam desviando o foco do cerne da história, comprometendo, em parte, a tensão claustrofóbica tão bem construída.
Conclusão
“Conclave” é uma obra instigante que transforma um processo religioso em um jogo de estratégia política digna de um thriller de espionagem. A direção precisa de Berger e a atuação magistral de Fiennes fazem do filme uma experiência envolvente e repleta de nuances. Apesar de algumas escolhas narrativas discutíveis, o longa se destaca como uma das produções mais intrigantes do ano e uma forte candidata às premiações de 2025.
Siga o Flixlândia nas redes sociais
+ TikTok
+ YouTube
Onde assistir ao filme Conclave?
O filme está disponível para assistir nos cinemas.
Trailer de Conclave (2025)
Elenco do filme Conclave
- Ralph Fiennes
- Stanley Tucci
- John Lithgow
- Lucian Msamati
- Jacek Koman
- Bruno Novelli
- Thomas Loibl
- Brían F. O’Byrne
- Isabella Rossellini
Ficha técnica de Conclave (2025)
- Título original: Conclave
- Direção: Edward Berger
- Roteiro: Peter Straughan, Robert Harris
- Gênero: suspense, drama
- País: Reino Unido, Estados Unidos
- Duração: 120 minutos
- Classificação: 12 anos