Baseado na obra de Domingos Oliveira e inspirado no filme de 2008 “Todo Mundo Tem Problemas Sexuais”, “Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais”, a nova produção dirigida por Renata Paschoal revisita os dilemas do amor e do sexo com um olhar contemporâneo e bem-humorado.
O longa não apenas mantém a essência provocativa e reflexiva do original, como também atualiza suas discussões para um público que, apesar de mais aberto a certas questões, ainda se vê preso às mesmas inseguranças, ciúmes e desejos de sempre.
Com um formato de esquetes, o longa-metragem se desdobra em quatro histórias independentes, que exploram diferentes facetas das relações amorosas e sexuais. A abordagem, sem pudores e carregada de humor inteligente, faz com que o filme se torne um espelho cômico da vida real, permitindo que o público se enxergue nas situações apresentadas.
Sinopse do filme Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais
O filme nos leva por quatro narrativas distintas, mas conectadas pela temática dos relacionamentos e seus desafios. Na primeira, um casal se transforma em um trisal, o que desencadeia conflitos inesperados e sentimentos conflitantes. A segunda história aborda traumas e preconceitos íntimos, trazendo à tona as barreiras emocionais e sociais que ainda cercam a sexualidade.
A terceira trama usa o humor para tratar da paixão e seus efeitos no desejo, explorando como os sentimentos podem influenciar até mesmo a fisiologia do corpo. Já na quarta e última história, acompanhamos a busca por novas experiências antes do casamento, refletindo sobre a liberdade e os medos que surgem diante de uma decisão definitiva.
Com um elenco que mistura novos talentos e rostos conhecidos, como Letícia Lima, Hélio de La Peña, Sophia Abrahão e Dudu Azevedo, o filme aposta na naturalidade das atuações para dar vida a personagens que transitam entre o cômico e o dramático.
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Crítica de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)
A grande sacada de “Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” está no tom descontraído e na capacidade de transformar situações embaraçosas e íntimas em algo universal. O roteiro se aproveita daquilo que é comum a todos – o desejo, a insegurança e a busca pelo amor – para criar histórias que soam familiares, arrancando risos justamente por sua autenticidade.
A escolha por um formato episódico, semelhante ao de Relatos Selvagens e Tudo o Que Você Sempre Quis Saber Sobre Sexo, Mas Tinha Medo de Perguntar, dá dinamismo ao longa e permite explorar diferentes perspectivas sobre o mesmo tema. No entanto, esse estilo também traz desafios: algumas piadas parecem se repetir, e há momentos em que o ritmo oscila entre ágil e arrastado.
Mesmo com pequenas inconsistências, a leveza da direção de Renata Paschoal e a montagem precisa de Duda Benevides garantem que a experiência seja envolvente. O humor, muitas vezes, se apoia no exagero e no absurdo das situações, o que pode afastar parte do público que prefere uma abordagem mais sutil. Ainda assim, a obra evita o apelo fácil da nudez gratuita e aposta no texto como principal ferramenta cômica – uma decisão acertada que reforça a qualidade da comédia sem desviar o foco da crítica e da reflexão.
Bom elenco
Outro ponto positivo é o elenco. Júlia Maggessi, em sua estreia no cinema, se destaca, enquanto nomes mais experientes como Hélio de La Peña e Letícia Lima ajudam a dar credibilidade às histórias. A mistura entre novos talentos e atores já conhecidos contribui para o frescor do filme, tornando cada segmento único à sua maneira.
Por outro lado, “Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” apresenta alguns momentos de ingenuidade técnica e atuações que poderiam ser mais lapidadas. Mas, curiosamente, essas imperfeições acabam por agregar charme à obra, reforçando sua espontaneidade e naturalidade.
Conclusão
“Todo Mundo (Ainda) Tem Problemas Sexuais” é um filme que diverte e provoca ao mesmo tempo. Ele não se leva a sério, mas toca em questões que fazem parte do dia a dia de qualquer pessoa. O humor funciona justamente porque os temas são universais – e, no final das contas, todos nós já estivemos em situações embaraçosas no amor.
A produção pode não ser impecável, mas compensa suas falhas com autenticidade e um olhar humano sobre as relações. Para quem gosta de um cinema nacional despretensioso e divertido, mas que ainda assim oferece uma boa dose de reflexão, a obra de Renata Paschoal é uma ótima pedida. Porque, no fim das contas, os problemas sexuais (e amorosos) continuam os mesmos – e talvez nunca deixem de existir.
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Onde assistir ao filme Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais?
O filme está disponível para assistir nos cinemas.
Trailer de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)
Elenco do filme Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais
- Sophia Abrahão
- Dudu Azevedo
- Cauê Campos
- Hélio de la Peña
- Letícia Lima
- Beatriz Linhales
- Júlia Maggessi
- Cláudia Mauro
- Totia Meireles
- Gabriel Portela
- Maria Santos
- Samuel Valladares
Ficha técnica de Todo Mundo Ainda Tem Problemas Sexuais (2025)
- Direção: Renata Paschoal
- Roteiro: Maria Santos, Samuel Valladares, Vicente Valle, Flavia Guimarães
- Gênero: comédia
- País: Brasil
- Duração: 72 minutos
- Classificação: 14 anos