
Foto: Marvel / Disney / Divulgação
Depois de anos de inconsistência no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), “Capitão América 4: Admirável Mundo Novo” chegou com a promessa de restaurar a essência do estúdio e consolidar Sam Wilson (Anthony Mackie) como o novo portador do escudo.
No entanto, apesar das expectativas e do potencial narrativo, o filme se perde entre subtramas desconexas, um protagonista pouco explorado e um excesso de elementos reciclados do próprio MCU. O resultado é uma história genérica que carece de identidade própria.
Sinopse do filme Capitão América 4: Admirável Mundo Novo
Sam Wilson, agora oficialmente o Capitão América, precisa enfrentar uma nova ameaça: uma conspiração internacional envolvendo a descoberta do adamantium na Ilha Celestial e os interesses do governo dos EUA, liderado pelo presidente Thaddeus “Thunderbolt” Ross (Harrison Ford).
Ao lado de Joaquin Torres (Danny Ramirez), o novo Falcão, Sam embarca em uma missão para impedir que o metal caia nas mãos erradas. No caminho, ele se depara com velhos inimigos, incluindo o retorno de Samuel Sterns, o Líder (Tim Blake Nelson), e a ascensão de uma organização criminosa liderada por Coral (Giancarlo Esposito). A história tenta equilibrar o thriller político com a ação super-heroica, mas falha em ambos os aspectos.
Você também pode gostar disso:
+ ‘Viva! A Babá Morreu’ parece não saber com quem quer falar
+ Assista ‘Morte Antes do Casamento’ sem grandes pretensões
+ ‘Invasão de Lua de Mel’, uma comédia sobre amor, recomeços e laços familiares
Crítica de Capitão América 4: Admirável Mundo Novo (2025)
A maior falha de “Admirável Mundo Novo” é a sua incapacidade de dar protagonismo ao próprio Capitão América. O filme, que deveria consolidar Sam Wilson no papel, acaba sendo dominado pela presença de Ross e sua transformação no Hulk Vermelho. A história se volta tanto para a política de bastidores do governo dos EUA e para os conflitos internacionais que Sam muitas vezes parece um coadjuvante em sua própria narrativa.
Harrison Ford rouba a cena
Anthony Mackie entrega uma atuação segura, mas o roteiro não lhe dá material suficiente para desenvolver o peso emocional que o personagem merece. A tentativa de destacar Sam como um herói sem superpoderes, baseado apenas em sua força de vontade e habilidades, é um conceito interessante, mas executado sem profundidade. A dúvida sobre seu papel como sucessor de Steve Rogers nunca é trabalhada com verdadeira intensidade, tornando sua jornada previsível e sem impacto.
Por outro lado, Harrison Ford rouba a cena como Ross. Seu personagem é o centro das atenções, trazendo um peso dramático que falta ao protagonista. A forma como a narrativa conduz sua transformação no Hulk Vermelho é previsível, mas sua presença imponente e o conflito interno do personagem garantem alguns dos momentos mais memoráveis do longa.
Giancarlo Esposito também brilha como o misterioso Coral, líder da Serpente. A sua presença no filme adiciona um tom de suspense e perigo, algo que poderia ter sido melhor aproveitado se não fosse ofuscado pelo excesso de subtramas e exposições desnecessárias. Seu talento é inegável, mas o roteiro o reduz a um vilão secundário sem grande impacto.
Didatismo excessivo
Outro problema recorrente é a insistência da Marvel em explicar tudo de maneira didática. O filme abusa de diálogos expositivos para garantir que o público entenda cada detalhe da trama, tornando algumas cenas cansativas. Essa tendência de subestimar a audiência acaba tirando a dinâmica da narrativa, tornando-a mecânica e previsível.
No quesito técnico, “Admirável Mundo Novo” também decepciona. As cenas de ação carecem de criatividade e impacto. A coreografia das lutas, que em O Soldado Invernal eram fluidas e marcantes, aqui são genéricas e esquecíveis. As cenas de voo de Sam e Torres, que deveriam ser espetaculares, são prejudicadas pelo CGI inconsistente. A batalha final, ambientada em uma Washington artificialmente criada por computação gráfica, é especialmente decepcionante e tira o peso emocional do clímax.
Conclusão
“Capitão América 4: Admirável Mundo Novo” tenta trazer de volta o espírito dos primeiros filmes do MCU, mas falha ao não encontrar sua própria identidade. O excesso de subtramas e a falta de foco no protagonista transformam o longa em uma experiência genérica e pouco memorável. Embora Anthony Mackie tenha carisma, ele é ofuscado por coadjuvantes, e sua jornada como novo Capitão América não tem o peso que deveria.
Ainda assim, o filme pode agradar aqueles que buscam apenas mais uma história no universo Marvel sem grandes expectativas. O elenco talentoso, em especial Harrison Ford e Giancarlo Esposito, sustenta o filme em seus momentos mais fracos. No entanto, para quem esperava um renascimento do MCU ou um thriller político envolvente, “Admirável Mundo Novo” se mostra uma tentativa frustrada de recuperar a glória do passado.
No fim, o filme funciona como um entretenimento descartável dentro da franquia, mas está longe de ser um marco na história do Capitão América ou do MCU. O mundo pode até ser “admirável”, mas a nova fase da Marvel ainda tem um longo caminho até recuperar o prestígio perdido.
Siga o Flixlândia nas redes sociais
+ TikTok
+ YouTube
Onde assistir ao filme Capitão América 4: Admirável Mundo Novo?
O filme está disponível para assistir nos cinemas.
Trailer de Capitão América 4: Admirável Mundo Novo (2025)
Elenco do filme Capitão América 4: Admirável Mundo Novo
- Anthony Mackie
- Harrison Ford
- Danny Ramirez
- Shira Haas
- Carl Lumbly
- Tim Blake Nelson
- Giancarlo Esposito
- Xosha Roquemore
- Jóhannes Haukur Jóhannesson
- William Mark McCullough
Ficha técnica de Capitão América 4: Admirável Mundo Novo
- Título original: Captain America: Brave New World
- Direção: Julius Onah
- Roteiro: Rob Edwards, Malcolm Spellman, Dalan Musson
- Gênero: aventura, ação
- País: Estados Unidos
- Duração: 118 minutos
- Classificação: 14 anos