
Foto: Netflix / Divulgação
O Volume 2 de “Se a Vida Te Der Tangerinas” (episódios 5 a 8) continua a jornada de Ae-soon (IU) e Gwan-sik (Park Bo-gum), levando a história de um romance resiliente para uma fase de amadurecimento doloroso. Se o primeiro volume foi uma celebração da juventude e da esperança, esta segunda parte mergulha nas adversidades da vida adulta, revelando a força inabalável do casal diante da perda e das dificuldades.
O drama captura com sensibilidade os altos e baixos da vida familiar, mesclando momentos de ternura, tristeza e superação. A cinematografia continua impecável, evocando a beleza da ilha de Jeju e seu papel fundamental na narrativa. Mais do que uma história de amor, “Se a Vida Te Der Tangerinas” é um retrato de gerações, sonhos sacrificados e laços inquebrantáveis.
Sinopse do volume 2 (episódios 5 a 8) do dorama Se a Vida Te Der Tangerinas (2025)
A vida de casados parece promissora para Ae-soon e Gwan-sik, mas a realidade logo se impõe. Gwan-sik é impedido de trabalhar pelos pescadores da ilha, que estão sob o controle do mesquinho Sang-gil (Choi Dae-hoon). Sem alternativas, Ae-soon busca a ajuda de sua avó (Na Moon-hee), garantindo um novo começo para a família.
Com a aquisição de um barco, as esperanças se renovam. Mas o destino não é gentil: uma tempestade rouba a vida de Dong-myeong, o filho mais novo do casal. O luto se espalha por toda a família, cada um carregando uma parcela de culpa. A vida, no entanto, não permite pausas, e Ae-soon e Gwan-sik seguem em frente por seus filhos restantes, Geum-myeong e Eun-myeong.
Os episódios finais do volume abordam as consequências desse luto na vida da família. Geum-myeong, crescida e determinada, luta por seu espaço na sociedade e enfrenta desafios que testam seus princípios. O destino de Ae-soon também se desenha: a necessidade de seguir adiante a leva a vender a casa que um dia chamou de lar, simbolizando um novo ciclo para todos.
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Crítica do volume 2 (episódios 5 a 8) da série Se a Vida Te Der Tangerinas, da Netflix
O Volume 2 é um soco emocional. A perda de Dong-myeong é retratada com uma delicadeza devastadora, explorando as diferentes formas de luto dentro da família. IU e Park Bo-gum entregam performances memoráveis, traduzindo a dor em olhares e silêncios. A cena em que os pais encaram os filhos sobreviventes, trocando palavras de conforto mesmo enquanto se culpam internamente, é uma das mais comoventes do drama.
Mais do que a tristeza em si, o drama enfatiza a necessidade de seguir em frente. A luta de Ae-soon e Gwan-sik para se reerguerem, mesmo quando tudo parece conspirar contra eles, é um testemunho do que significa ser pai e mãe: carregar o peso da dor sem deixar que os filhos também sejam esmagados por ela.
A herança dos sonhos maternos
Se no primeiro volume Ae-soon era a protagonista de sua própria história, no segundo vemos sua transição para o papel de mãe, projetando seus sonhos na filha, Geum-myeong. A inteligência e a ambição da jovem a levam para a universidade e, eventualmente, para o Japão, em um arco que espelha a história de sua mãe na juventude.
A dualidade entre oportunidade e sacrifício é um dos pontos altos do roteiro. Ae-soon deseja dar à filha as chances que nunca teve, mas também projeta nela uma necessidade de sucesso que pode ser um fardo. O momento em que Geum-myeong recusa uma oportunidade injusta, mesmo que isso possa comprometer seu futuro, é um reflexo do caráter forte herdado da mãe.
A importância da comunidade e do tempo
O drama continua destacando o papel da comunidade na vida dos protagonistas. A ilha de Jeju, com seus pescadores e haenyeo, é quase um personagem vivo, moldando os destinos de todos. O conceito de “leva uma vila para criar uma criança” é evidenciado nos momentos de solidariedade que suavizam as perdas e desafios.
Outra força motriz da história é o tempo. Os episódios cobrem três décadas, e vemos as consequências das escolhas passadas reverberarem nas novas gerações. Os flashbacks e os paralelos entre mãe e filha são habilmente entrelaçados, reforçando a temática de legado e identidade.
Pequenas imperfeições na transição de tempo
Se há algo a criticar, é a diferença na interpretação de Gwan-sik entre a versão jovem (Park Bo-gum) e a adulta (Park Hae-joon). Enquanto o jovem é estoico e introspectivo, o Gwan-sik mais velho parece mais extrovertido do que se esperaria, criando uma pequena desconexão. No entanto, essa questão não afeta o impacto emocional da narrativa.
Conclusão
O Volume 2 de “Se a Vida Te Der Tangerinas” é um dos retratos mais belos e dolorosos da vida cotidiana e do impacto do tempo sobre os sonhos e as perdas. A direção, a cinematografia e as atuações se combinam para criar uma experiência imersiva e inesquecível.
Com um roteiro que equilibra realismo e poesia, o drama nos lembra que a vida é feita de momentos que se entrelaçam, carregando tanto a dor quanto a esperança. É um conto que ressoa profundamente com quem já teve que seguir em frente, apesar de tudo.
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Onde assistir ao dorama Se a Vida Te Der Tangerinas?
A série está disponível para assistir na Netflix.
Trailer do volume 2 (episódios 5 a 8) de Se a Vida Te Der Tangerinas (2025)
Elenco de Se a Vida Te Der Tangerinas, da Netflix
- Rich Ting
- Park Bo-gum
- Kim Seon-ho
- IU
- Lee Jun-young
- Oh Jung-se
- Yeom Hye-ran
- Moon So-ri
Ficha técnica da série Se a Vida Te Der Tangerinas
- Título original: Pokssak sogatsuda / When Life Gives You Tangerines
- Criação: Kim Won-suk, Lim Sang-choon
- Gênero: romance, drama
- País: Coreia do Sul
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 12 anos