Giselle Costa Rosa 
Foto: Prime Video / Divulgação
“A Libertação” (La Liberación), nova série do Prime Video criada e dirigida por Alejandra Márquez Abella, é uma reflexão poderosa sobre o feminismo contemporâneo. Com uma mistura envolvente de drama e humor ácido, a produção propõe uma discussão franca sobre as estruturas patriarcais que ainda moldam a sociedade.
Ambientada no universo do cinema, a narrativa nos leva a uma profunda análise sobre como o movimento #MeToo impactou a indústria, enquanto questiona até que ponto o compromisso com a verdade e a sororidade podem ser colocados à prova.
Sinopse da série A Libertação (2025)
A trama acompanha a história de três mulheres cujas vidas se entrelaçam quando precisam convencer uma jovem atriz a retirar uma acusação de assédio sexual contra um renomado diretor de cinema. Entre dilemas morais e interesses pessoais, elas são conduzidas a um grupo feminista chamado La Aldea, onde embarcam em uma jornada de autoconhecimento e confronto com suas próprias feridas patriarcais.
A série transita entre o presente e cenas ambientadas em um vilarejo medieval, explorando através de simbolismos e metáforas as permanências históricas do machismo.
Você também pode gostar disso:
+ 3ª temporada de ‘A Vida Sexual das Universitárias’ foca em amadurecimento e representatividade
+ ‘Supermachos’ diverte, mesmo que sem qualquer aprofundamento
+ Com emoção e adrenalina, ‘Heróis de Plantão’ é um dorama fácil de maratonar
Crítica de A Libertação, do Prime Video
A força de “A Libertação” reside em sua capacidade de equilibrar temáticas sérias com uma abordagem leve e sarcástica. A direção de Alejandra Márquez Abella imprime um ritmo dinâmico à narrativa, permitindo que a série transite entre momentos de profunda reflexão e cenas de comédia afiada. O uso de flashbacks para a Idade Média funciona como um espelho das questões de gênero enfrentadas atualmente, criando paralelos instigantes e, por vezes, desconcertantes.
O elenco feminino, liderado por Ilse Salas, Johanna Murillo e Cassandra Ciangherotti, entrega atuações envolventes e autênticas, dando vida a personagens complexas e multifacetadas. Diego Boneta, no papel do patriarcado personificado, impressiona ao capturar as nuances de um sistema que insiste em perpetuar desigualdades.
No entanto, a série também possui suas falhas. O ritmo irregular em alguns episódios pode tornar a experiência menos fluida, e a mescla de gêneros, embora inovadora, pode confundir parte do público. Além disso, o humor ácido, por vezes, minimiza o impacto emocional de certas situações, enfraquecendo a densidade dramática da trama.
Conclusão
“A Libertação” é uma obra ousada que busca provocar discussão e questionar paradigmas enraizados. Embora não seja isenta de imperfeições, a série se destaca por sua abordagem criativa e corajosa ao retratar as lutas do feminismo na indústria cinematográfica.
Com uma mistura de sátira e crítica social, a produção merece ser assistida não apenas por seu entretenimento, mas por seu poder de gerar reflexão sobre os desafios da mulher no mundo contemporâneo.
Siga o Flixlândia nas redes sociais
+ TikTok
+ YouTube
Onde assistir à série A Libertação?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Trailer de A Libertação (2025)
Elenco de A Libertação, do Prime Video
- Cassandra Ciangherotti
- Johanna Murillo
- Danae Reynaud
- Paloma Petra
- Ana Sofia Gatica
- Teresa Sánchez
- Diego Boneta
- José María Yazpik
- Dolores Heredia
- Ilse Salas
Ficha técnica da série A Libertação
- Título original: La liberación
- Gênero: comédia, drama
- País: México
- Temporada: 1
- Episódios: 7
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
