“A Mulher no Lago” (Lady in the Lake), aclamada série limitada da Apple TV+, finalmente chega ao seu episódio final, encerrando a história com um impacto poderoso e reflexivo. Estrelada por Natalie Portman e Moses Ingram, a minissérie é uma adaptação do romance de 2019 de Laura Lippman, ambientada na Baltimore dos anos 1960.
Sob a direção visionária de Alma Har’el, este thriller noir mergulha nas vidas de duas mulheres que, em busca de suas próprias liberdades, enfrentam os desafios de uma sociedade patriarcal e racialmente dividida.
Sinopse da série A Mulher no Lago
A história se desenrola em Baltimore, durante o Dia de Ação de Graças de 1966, quando o desaparecimento de Tessie Durst, uma jovem judia, abala a cidade. Maddie Schwartz (Natalie Portman), uma dona de casa judia que busca se reinventar como jornalista, se vê envolvida no caso.
Paralelamente, Cleo Johnson (Moses Ingram), uma mãe afro-americana que luta para sustentar sua família em meio à opressão racial, também se vê envolvida em eventos que culminam na morte de Tessie. As trajetórias dessas duas mulheres colidem de forma inesperada, levando a um desfecho que desafia as expectativas e revela os sacrifícios feitos por ambas na busca por liberdade.
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Crítica do episódio 7, final de A Mulher no Lago, da Apple TV+
O episódio final de “A Mulher no Lago”, intitulado “Minha História”, encerra a série com um toque agridoce. O roteiro cuidadosamente construído por Alma Har’el oferece um encerramento que, embora não seja completamente satisfatório para todos os espectadores, cumpre seu papel ao amarrar as pontas soltas e destacar os temas centrais da narrativa: o preço da liberdade e os sacrifícios pessoais.
Natalie Portman e Moses Ingram entregam atuações memoráveis, com Ingram se destacando particularmente pela complexidade de sua personagem, Cleo Johnson. Cleo é retratada como uma mulher multifacetada, lutando não apenas contra a sociedade, mas também contra seus próprios demônios internos. A trajetória dela, que culmina em sua fuga para Paris, é ao mesmo tempo inspiradora e trágica, mostrando como ela se torna uma “nova” Dora Carter para finalmente viver o sonho que sua amiga não pôde realizar.
A série, embora tenha seus altos e baixos, brilha nas suas cenas mais introspectivas e emocionais. A direção de Har’el é dinâmica, utilizando elementos visuais e musicais para intensificar a atmosfera do thriller. No entanto, alguns momentos oníricos ao longo da produção podem parecer excessivos, desviando o foco da trama principal. Esses momentos, embora belos, às vezes parecem diluir o impacto emocional da narrativa.
Spoilers
O final, em particular, levanta questões sobre as escolhas de vida de Maddie e Cleo. Ambas alcançam suas respectivas liberdades, mas a um custo elevado. Cleo sacrifica sua identidade anterior para se reinventar, enquanto Maddie, ao escolher sua carreira em detrimento de sua vida pessoal, questiona se a verdadeira liberdade pode ser alcançada sem algum grau de perda.
Conclusão
“A Mulher no Lago” é uma série que se destaca pelo seu retrato cru e realista das dificuldades enfrentadas por mulheres em uma sociedade opressora. Apesar de não entregar um final completamente satisfatório para todos, a produção oferece uma reflexão poderosa sobre o preço da liberdade e os sacrifícios que vêm com ela.
Para aqueles que apreciam um thriller noir com profundidade emocional e personagens complexos, “A Mulher no Lago” é uma obra que vale a pena assistir até o último episódio.
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Onde assistir à série A Mulher no Lago
A série está disponível para assinantes da Apple TV+.
Trailer da série A Mulher no Lago
Elenco de A Mulher no Lago, da Apple TV+
- Natalie Portman
- Moses Ingram
- Y’lan Noel
- Brett Gelman
- Byron Bowers
- Noah Jupe
- Josiah Cross
Ficha técnica de A Mulher no Lago (2024)
- Título original: Lady in the Lake
- Criação: Alma Har’el
- Direção: Alma Har’el
- Roteiro: Alma Har’el, Briana Belser, Nambi E. Kelley, Boaz Yakin, Sheila Wilson, baseado no livro de Laura Lippman
- Gênero: drama, suspense
- País: Estados Unidos
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 7
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
1 thought on “‘A Mulher no Lago’: o preço da liberdade e os sacrifícios que vêm com ela”