O dorama sul-coreano “A Rainha dos Golpes” chega ao Prime Video com a promessa de uma mistura eletrizante de comédia, crime e ação. Adaptado da série japonesa de 2018, Confidence Man JP, este K-drama rapidamente captura a atenção do público com sua premissa ousada e um elenco carismático, encabeçado pela adorável Park Min-young.
Após os dois primeiros episódios, fica claro que a série não veio para brincar, entregando um espetáculo visual e narrativo que promete prender os fãs de K-dramas e de histórias de golpes inteligentes.
Sinopse
A trama de “A Rainha dos Golpes” nos introduz a um trio de golpistas extraordinários que dedicam seus talentos a um propósito peculiar: enganar e desmascarar os vilões mais corruptos e gananciosos da sociedade, longe dos cidadãos comuns.
Liderados pela brilhante Yun Yi-rang (Park Min-young), uma mulher com um QI genial de 165, que reinventou-se como uma mestra da trapaça após perder sua fortuna familiar, a equipe elabora esquemas complexos que misturam disfarces, planejamento meticuloso e um senso de justiça moral.
Ao lado de Yi-rang, temos James (Park Hee-soon), um veterano carismático e perspicaz, mestre em manipulação, que complementa a astúcia da líder. O terceiro membro é Myung Gu-ho (Joo Jong-hyuk), o mais jovem do trio, que, apesar de sua ingenuidade e coração puro, contribui com um charme adorável e um humor físico essencial para a dinâmica do grupo.
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Episódio 1
Os dois primeiros episódios nos lançam diretamente na ação. No episódio 1, a equipe mira em Baek-hwa, uma charlatã que se aproveita de pessoas vulneráveis com rituais espirituais falsos.
Em uma sequência inicial de tirar o fôlego, Yi-rang, sob o disfarce de uma anfitriã de cassino, orquestra um golpe elaborado que inclui um acordo falso com James, um assalto policial encenado, tiroteios forjados e notas falsas. Tudo isso para desmascarar e deixar Baek-hwa com as mãos vazias, devolvendo o dinheiro roubado às vítimas.
Episódio 2
O episódio 2 aprofunda os stakes da série. Após o sucesso contra Baek-hwa, Gu-ho tenta uma vida mais tranquila no campo, mas é rapidamente trazido de volta por Yi-rang, que chega em grande estilo de paraquedas. O motivo da reunião é urgente: James foi brutalmente agredido por Jeon Tae-su (Jung Woong-in), um impiedoso agiota e mafioso que se esconde sob a fachada de filantropo, dirigindo a “Sand Foundation” para crianças.
Em busca de vingança por James, Yi-rang e Gu-ho traçam um novo plano audacioso para desfalcar Tae-su. Este golpe envolve Yi-rang como comissária de bordo e Gu-ho como um herdeiro rico e arrogante em um voo para as Filipinas, uma encenação que culmina em uma “troca de malas” e a exposição de um suposto segredo sobre Gu-ho, com Tae-su apontando uma arma para ele no final do episódio.
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Crítica
“A Rainha dos Golpes” realmente entrega um começo eletrizante para uma ótima trama. Desde a primeira cena, somos imersos em um mundo de humor afiado, reviravoltas criminosas e um estilo impecável que captura a atenção do espectador.
A execução da premissa é bem-sucedida, demonstrando que não é apenas uma ideia intrigante, mas uma que é habilmente colocada em prática. A série não perde tempo em apresentar sua protagonista e seu universo de golpes, com a primeira missão no cassino servindo como um cartão de visitas para a criatividade e ousadia da equipe.
No entanto, essa energia frenética, embora cativante, também pode gerar uma sensação de ritmo excessivamente acelerado ou “desconjuntado” para alguns espectadores. Há uma tentativa notável de estilizar demais e impressionar constantemente, o que, em certos momentos, parece priorizar o espetáculo em detrimento de um desenvolvimento mais profundo dos personagens nos primeiros momentos. Apesar disso, é divertido, e há um potencial claro para que a série encontre seu equilíbrio à medida que a narrativa avança.
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Personagens e atuações cativantes
Um dos maiores trunfos da série é seu elenco principal, que traz uma química inegável e atuações memoráveis. Park Min-young brilha como Yun Yi-rang, consolidando sua posição como uma “rainha dos K-dramas”.
Sua performance é uma delícia de assistir, mesclando peculiaridade, humor e uma beleza estonteante. Ela domina a tela com seu timing cômico preciso e uma versatilidade impressionante para os múltiplos disfarces que Yi-rang adota, desde uma glamorosa anfitriã de cassino até uma comissária de bordo.
Sua capacidade de transitar entre o charme sedutor e a inteligência afiada faz dela o “coração da série”. Alguns podem achar seu “maneirismo e personalidade exagerada” um pouco repulsivos no início, mas é inegável que ela entrega uma atuação energética e memorável.
Park Hee-soon como James é um “veterano carismático” que adiciona uma camada de sofisticação e experiência à equipe. É uma rara oportunidade de vê-lo em um papel mais leve e descontraído, e ele o faz com maestria, trazendo um humor seco e um comportamento calmo que equilibra a energia de Yi-rang.
Seu papel como mentor e a ambiguidade em torno de suas supostas lesões no segundo episódio já geram discussões entre os fãs, sugerindo que ele ainda é uma peça crucial em planos maiores.
Joo Jong-hyuk complementa o trio como Myung Gu-ho, o membro mais jovem. Sua interpretação de um golpista de “coração puro” com um charme adorável e momentos de humor físico o torna um favorito instantâneo.
A evolução de Gu-ho, que se mostra um jovem ingênuo que aos poucos ganha confiança, é um ponto interessante, e sua dinâmica com Yi-rang é divertida de assistir, com ela o manipulando de forma cômica.
Tramas complexas e crítica social afiada
O que realmente eleva “A Rainha dos Golpes” é a complexidade de suas tramas e a crítica social que permeia cada golpe. A série se posiciona como uma espécie de “Robin Hood moderno”, onde os golpistas, apesar de suas ações duvidosas, buscam uma forma de justiça para os inocentes e desprivilegiados. Os alvos são sempre a elite corrupta, como agiotas, empresários gananciosos e criminosos que exploram os vulneráveis, expondo a ganância nos setores imobiliário e financeiro da Coreia do Sul.
O primeiro golpe contra a charlatã Baek-hwa é uma demonstração da arte de enganar e da maestria dos planos da equipe. Já a transição para a ameaça de Jeon Tae-su no segundo episódio eleva as apostas, transformando a série de um esquema contra uma vigarista menor em uma guerra contra um “chefe do crime implacável” com ligações profundas no submundo de Gangnam.
Essa escalada de adversários promete manter a série em um nível de tensão e emoção constante. A capacidade do dorama de manter o público adivinhando e questionando a autenticidade de cada cena, quase como “mágica”, é um de seus grandes atrativos, lembrando filmes como Truque de Mestre e outras produções de assalto como La Casa de Papel ou Vincenzo. A conexão com Leverage, com o mesmo diretor Nam Ki-hoon, também sugere um desenvolvimento promissor para a narrativa.
Ritmo dinâmico e equilíbrio tonal
A direção de Nam Ki-hoon é dinâmica, capturando perfeitamente o espírito de uma “heist”. A série mantém um ritmo acelerado, alternando com sucesso entre momentos de humor leve e situações de suspense intenso.
Embora alguns possam achar o primeiro episódio um pouco caótico ou frenético demais, a agilidade da narrativa é inegável, com transições rápidas entre flashbacks e o presente para construir a tensão. A fotografia vibrante e a trilha sonora contemporânea contribuem para criar uma atmosfera de glamour e mistério que se encaixa perfeitamente com os golpes engenhosos. A série consegue ser “engraçado quando necessário e sério novamente quando exigido”, entregando uma experiência equilibrada.
Conclusão
Os dois primeiros episódios de “A Rainha dos Golpes” estabelecem uma base sólida e empolgante para o que promete ser um dos melhores doramas de 2025. Apesar de um ritmo acelerado que pode demandar um pouco mais de atenção e de uma estilização marcante, a série compensa com um conceito envolvente, personagens deliciosos e uma mensagem subjacente de justiça social que ressoa com o público.
A performance estelar de Park Min-young, a experiência equilibrada de Park Hee-soon e o charme cativante de Joo Jong-hyuk criam um trio dinâmico e inesquecível. Com tramas que desafiam a inteligência do espectador e uma crítica social mordaz, “A Rainha dos Golpes” é uma aposta certeira para quem busca um entretenimento que combine risadas, adrenalina e reviravoltas surpreendentes.
Recomendo fortemente este dorama a todos os fãs do gênero e àqueles que apreciam uma história bem contada, onde a linha entre o certo e o errado é habilmente borrada em nome da vingança e da retribuição. A rainha e sua equipe estão de volta, e prometem uma jornada imperdível.
Onde assistir ao dorama A Rainha dos Golpes?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Assista ao trailer de A Rainha dos Golpes (2025)
Quem está no elenco de A Rainha dos Golpes, do Prime Video?
- Park Min-young
- Park Hee-soon
- Joo Jong-hyuk