Desde 2016, com “Last Chance U”, Greg Whiteley e sua equipe têm aperfeiçoado uma das fórmulas mais bem-sucedidas da televisão na Netflix. Combinando retratos íntimos e dirigidos por personagens com fotografia esportiva de primeira linha, a fórmula se mostrou eficaz em diversas séries, incluindo “Cheer” e “Wrestlers”. Agora, a equipe volta seus olhares para as líderes de torcida mais icônicas do mundo em “As Cheerleaders do Dallas Cowboys” (America’s Sweethearts: Dallas Cowboys Cheerleaders). Apesar da expectativa gerada, a série apresenta um resultado misto, parecendo mais um comercial bem produzido do que um documentário revelador.
Sinopse da série As Cheerleaders do Dallas Cowboys (2024)
“As Cheerleaders do Dallas Cowboys” é uma série documental da Netflix de sete episódios que segue o processo de seleção e a vida das líderes de torcida do Dallas Cowboys. A produção acompanha Kelli Finglass, diretora de longa data, e Judy Trammell, coreógrafa veterana, enquanto elas escolhem as 36 mulheres que compõem o esquadrão final.
A série documenta tanto os bastidores do rigoroso treinamento quanto as apresentações durante a temporada de futebol americano, destacando as aspirações e os desafios pessoais das participantes.
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Crítica da série As Cheerleaders do Dallas Cowboys, da Netflix
O maior desafio para Greg Whiteley e sua equipe foi narrar a história de uma instituição que, sinceramente, não precisa da exposição proporcionada pelo documentário. Desde o início, fica claro que o Dallas Cowboys Cheerleaders (DCC) controla e limita o acesso à sua infraestrutura, dificultando a espontaneidade e a sinceridade individual em prol de uma mensagem coletiva cuidadosamente gerida. Além disso, a série se depara com a inevitável comparação com “Dallas Cowboys Cheerleaders: Making the Team”, que esteve no ar de 2006 a 2022 e cobriu o mesmo tema.
Os primeiros episódios seguem de perto as convenções dos reality shows de competição, com desafios de coreografia, painéis de julgamento e até um episódio de transformação visual. No entanto, a série luta para construir narrativas atraentes dentro dessa estrutura, recorrendo a tentativas superficiais de aprofundamento, como visitas às famílias das competidoras e revelações de segredos emocionais.
Uma vez formado o esquadrão, a produção parece perder o rumo, correndo pela temporada de futebol sem um objetivo claro. Momentos como a performance de Dolly Parton no show de intervalo do Dia de Ação de Graças e um incidente infeliz envolvendo uma líder de torcida pouco destacada anteriormente mostram a falta de coesão narrativa. A ausência de conflitos reais e a representação excessivamente positiva das participantes tornam a série menos envolvente.
Apesar das falhas, “As Cheerleaders do Dallas Cowboys” consegue capturar a essência do DCC como uma fusão de dança de alta energia e influência de marca. A produção destaca a dedicação e o talento atlético das líderes de torcida, mas falha em explorar criticamente as pressões físicas e emocionais impostas pela organização. As tentativas de abordar temas como a exploração econômica das cheerleaders são superficiais, deixando de aprofundar questões importantes como os salários atuais e a saúde mental das participantes.
Conclusão
“As Cheerleaders do Dallas Cowboys” é um exemplo de uma série documental que, apesar de bem produzida, não consegue ir além da superfície. Embora ofereça entretenimento e momentos interessantes, a produção se perde em sua própria grandiosidade e na falta de uma narrativa coesa. A sensação final é de que foi mais uma exigência comercial da Netflix do que uma história que precisava ser contada.
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Onde assistir à série As Cheerleaders do Dallas Cowboys?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de As Cheerleaders do Dallas Cowboys, da Netflix
Ficha técnica de As Cheerleaders do Dallas Cowboys (2024)
- Título original: America’s Sweethearts: Dallas Cowboys Cheerleaders
- Criação: Greg Whiteley
- Gênero: documentário
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 7
- Classificação: 14 anos
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