'Belo Desastre' exagera no drama, mas consegue capturar os altos e baixos do amor

Lançado em 2023, “Belo Desastre” (Beautiful Disaster) é um filme dirigido por Roger Kumble, conhecido por seus trabalhos em obras que exploram as complexidades dos romances na juventude, como em “Segundas Intenções” (1999). Estrelado por Dylan Sprouse e Virginia Gardner, o longa-metragem é uma adaptação do romance homônimo de sucesso de Jamie McGuire, mergulhando nos altos e baixos de um relacionamento intenso e tumultuado, marcado tanto pelo amor quanto pelo caos.

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Sinopse de Belo Desastre, do Prime Video

Abby acaba de entrar na faculdade, quer focar nos estudos e começar uma nova vida. Os planos mudam quando ela conhece Travis, o galã do lugar. Embora tente resistir à atração que sente por ele, Abby aceita uma aposta que os torna companheiros de quarto por um mês. O que Travis não sabe é que o passado sombrio de Abby está prestes a emergir, e isso pode prejudicá-los ou uni-los para sempre.

Belo Desastre crítica do filme Prime Video 2023 — Foto: Prime Video / Divulgação

Crítica de Belo Desastre (2023)

“Belo Desastre” traz uma narrativa intensa e carregada de emoções. Roger Kumble consegue captar a essência do romance focando na química palpável entre os protagonistas. Dylan Sprouse entrega uma atuação convincente como Travis, navegando com brilhantismo entre o charme sedutor e a vulnerabilidade escondida de seu personagem. Virginia Gardner, por sua vez, oferece uma performance sólida, transmitindo bem a complexidade de Abby, uma personagem que é ao mesmo tempo forte e repleta de inseguranças.

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No entanto, o filme por vezes peca pelo excesso ao retratar o drama do relacionamento. As idas e vindas do casal, embora centrais para a trama, podem parecer repetitivas e exageradas, correndo o risco de cansar alguns espectadores que buscam uma narrativa mais equilibrada. Além disso, a fidelidade à fonte literária é uma faca de dois gumes: agrada aos fãs do livro, mas pode limitar a criatividade e a originalidade na adaptação cinematográfica.

A fotografia e a direção de arte contribuem positivamente para a atmosfera do filme, criando um ambiente que é ao mesmo tempo contemporâneo e atemporal, o que facilita a imersão na história. A trilha sonora, bem selecionada, complementa as cenas-chave, intensificando as emoções e destacando os momentos dramáticos.

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Conclusão

Com atuações convincentes de Dylan Sprouse e Virginia Gardner, “Belo Desastre”, ainda que tenha uma narrativa excessivamente dramática, captura eficazmente o espírito turbulento e apaixonado do romance original. Roger Kumble entrega um trabalho que, apesar de suas falhas, mantém o espectador envolvido até o final. Um retrato fiel dos altos e baixos de um amor belo, mas indiscutivelmente desastroso.