Confira a crítica do filme "Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville", documentário disponível para assinantes da Max.

Foto: Max / Divulgação

O filme “Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville” (Call Me Country: Beyoncé & Nashville’s Renaissance) é um documentário provocativo e envolvente que explora a incansável jornada da música country desde suas raízes ancestrais até seu estado contemporâneo. Lançado pela CNN FlashDoc, este curta-metragem de 42 minutos oferece uma visão profunda sobre a interseção entre a carreira musical de Beyoncé e a evolução do gênero country, especialmente à luz de seu novo álbum “Cowboy Carter”. Além disso, investiga o impacto da presença da artista na cena country e como isso ressoa entre artistas negros e mulheres dentro do gênero.

Sinopse de Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville, da Max

O documentário começa com o lançamento de “Cowboy Carter”, um álbum de Beyoncé que mescla sua herança sulista com elementos tradicionais da música country. A produção mergulha na história do gênero, destacando suas raízes multiculturais e a influência significativa de músicos negros, como Lesley Riddle e Deford Bailey, cujos legados muitas vezes foram obscurecidos pela narrativa dominante da indústria.

Através de entrevistas com críticos culturais, historiadores da música e artistas contemporâneos como Rissi Palmer, Rhiannon Giddens e Aaron Vance, “Eu Sou Country” oferece uma análise abrangente da contribuição dos artistas negros para o country e como Beyoncé se insere nesta rica tapeçaria musical.

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Crítica do filme Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville (2024)

“Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville” acerta ao contextualizar a música country não apenas como um gênero, mas como um movimento cultural e social. A diretora faz um excelente trabalho ao equilibrar a narrativa entre o passado e o presente, apresentando as contribuições históricas de artistas negros e traçando um paralelo com a atualidade, onde artistas como Beyoncé e Lil Nas X estão desafiando as normas e expandindo os limites do gênero.

A força do documentário reside em sua capacidade de promover uma conversa expansiva sobre raça, gênero e identidade na música country. As entrevistas são bem selecionadas e proporcionam insights valiosos sobre os desafios enfrentados pelos artistas negros e LGBTQ+ no cenário country, destacando figuras como Denitia e os irmãos Osborne. A honestidade e a paixão dos entrevistados trazem um peso emocional significativo, tornando o documentário não apenas informativo, mas também profundamente comovente.

No entanto, um ponto onde “Eu Sou Country” poderia ter ido mais longe é na exploração das contribuições dos artistas queer para o gênero. Embora mencione figuras importantes, como T.J. Osborne, a inclusão deles parece superficial em comparação com a atenção dada às questões raciais. Uma exploração mais profunda sobre como esses diferentes eixos de identidade interagem teria enriquecido ainda mais a narrativa do documentário.

Conclusão

“Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville” é um documentário essencial para qualquer amante de música ou estudioso da cultura pop. Ele não apenas celebra a contribuição de Beyoncé para o country, mas também ilumina a rica e muitas vezes negligenciada história dos artistas negros no gênero.

Embora breve, o documentário consegue cobrir uma quantidade surpreendente de terreno, fornecendo um ponto de partida excelente para uma exploração mais profunda da história e da evolução da música country. Com uma narrativa forte e entrevistas reveladoras, o filme instiga, educa e emociona, destacando a importância de abraçar a diversidade e a inovação no cenário musical contemporâneo.

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Onde assistir Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville?

O filme está disponível para assinantes da Max.

Trailer do filme Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville

Ficha técnica de Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville, da Max

  • Título original: Call Me Country: Beyoncé & Nashville’s Renaissance
  • Gênero: documentário, musical
  • País: Estados Unidos
  • Duração: 43 minutos
  • Classificação: 12 anos

Sobre o autor

2 thoughts on “‘Eu Sou Country: Beyoncé e o Renascimento do Nashville’ instiga, educa e emociona

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