Sendo um spin-off de uma das séries mais aclamadas da atualidade, “Gen V” não apenas conseguiu encontrar seu próprio espaço, como também provou que o universo de “The Boys” vai muito além do confronto principal entre os heróis e a equipe de Billy Butcher.
O Prime Video demonstrou que a Vought International tem seus tentáculos em diversas áreas, e uma delas é a administração de uma universidade para jovens super-heróis, onde o hedonismo e a violência se misturam.
Com a segunda temporada, “Gen V” reafirma sua relevância, aprofundando a base narrativa de “The Boys” de forma eficaz e significativa, sem sucumbir à famosa “maldição da temporada 2”.
Sinopse
A segunda temporada de Gen V retoma a história logo após os eventos chocantes do final da primeira, onde o grupo de protagonistas foi incriminado por uma chacina. Marie (Jaz Sinclair), Emma (Lizze Broadway), Jordan (London Thor e Derek Luh) e o recém-falecido Andre (Chance Perdomo) foram presos em uma misteriosa instalação da Vought.
A trama, no entanto, dá um salto no tempo, revelando que os protagonistas foram libertados, com Cate (Maddie Phillips) e Sam (Asa Germann) sendo aclamados como heróis por um ato que eles mesmos orquestraram.
O retorno à Universidade Godolkin traz uma nova e sombria realidade. O campus, agora sob a influência de Capitão Pátria, é palco de uma escalada de supremacia supe, com o novo reitor, o enigmático Dean Cipher (Hamish Linklater), à frente.
A série, então, mergulha nos conflitos internos dos personagens, na dinâmica conturbada de seu retorno e na busca por respostas sobre as manipulações da Vought.
➡️ Siga o Flixlândia no WhatsApp e fique por dentro das novidades de filmes, séries e streamings
Crítica
Os primeiros episódios da temporada 2 de Gen V demoram um pouco para reencontrar seu ritmo. A série precisou de uma transição um tanto forçada para devolver os personagens ao ambiente universitário, o que pode soar como um retrocesso para os fãs que esperavam uma mudança drástica de cenário após a prisão do grupo.
No entanto, essa decisão se justifica ao longo da temporada, pois permite que a série retome sua essência: a crítica social ácida e a sátira política que são a marca registrada do universo de The Boys.
Os temas de polarização, autoritarismo e a banalização da violência são abordados de forma crua, sem subterfúgios. A nova universidade, com a ascensão da supremacia super, reflete de maneira assustadora o clima político e social atual, transformando o campus em um microcosmo de um mundo cada vez mais dividido.

O adeus a Andre e o brilho dos personagens principais
A morte trágica do ator Chance Perdomo, que interpretava Andre, é tratada com sensibilidade e respeito na série. A ausência de seu personagem não é ignorada; pelo contrário, é incorporada de maneira elegante e dolorosa na trama, tornando-se um catalisador para o arco narrativo de seu pai, Polarity (Sean Patrick Thomas). Essa decisão permitiu à equipe criativa honrar o ator e, ao mesmo tempo, aprofundar os conflitos dos personagens.
O elenco principal continua a brilhar, com atuações cativantes que sustentam a narrativa. Lizze Broadway, como Emma, é um destaque, misturando charme e “patetismo” de uma forma única. Jaz Sinclair, no papel de Marie, mostra uma evolução notável, explorando as complexidades de seus poderes e sua jornada para se tornar uma líder.
Jordan (London Thor e Derek Luh) também ganha profundidade, com os dois atores entregando uma performance coesa e consistente, independentemente de qual deles esteja em cena.
➡️ ‘Eu, Você e Toda uma Vida’ é uma reflexão poderosa sobre perdão, arrependimento e amor
➡️ ‘As Maldições’ e o labirinto do poder
➡️ ‘Diário de uma Garota que Coleciona Foras’: a drenagem emocional de uma geração
A chegada de um novo vilão
Toda série de heróis é tão boa quanto seu vilão, e é aqui que Gen V realmente se sobressai. A introdução de Hamish Linklater como o reitor Dean Cipher é um acerto colossal. Com sua atuação meticulosa, ele constrói um vilão fascinante, que é ao mesmo tempo manipulador, sociopata e enigmático.
O personagem Cipher é uma força da natureza, uma personificação do autoritarismo e do ódio, rivalizando com o próprio Capitão Pátria em termos de monstro. Sua presença é inquietante e misteriosa, e a série explora gradualmente as perguntas sobre suas motivações e poderes, culminando em uma revelação memorável.
➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo Instagram, X, TikTok e YouTube, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.
Conclusão
A segunda temporada de “Gen V” é uma continuação digna do universo de The Boys, expandindo a narrativa e aprofundando o drama de seus personagens. Embora os primeiros episódios tenham um começo um tanto lento, a série recupera o fôlego rapidamente, entregando uma história coesa e emocionante sobre trauma, luto e a busca por um propósito.
O elenco, especialmente Lizze Broadway e a adição de Hamish Linklater como o brilhante Dean Cipher, é um dos grandes pilares da temporada 2 de “Gen V”.
Se a série for renovada, ela tem tudo para continuar sua jornada de forma independente, provando que há muito mais a ser explorado nesse universo retorcido de super-heróis. A série é um presente para os fãs de The Boys, mas também uma excelente opção para quem busca uma crítica social afiada e um drama bem construído.
Onde assistir à temporada 2 de Gen V?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Veja o trailer da segunda temporada de Gen V
Quem está no elenco da temporada 2 de Gen V?
- Jaz Sinclair
- Lizze Broadway
- Maddie Phillips
- London Thor
- Derek Luh
- Asa Germann
- Sean Patrick Thomas
- Hamish Linklater
















