Holy Spider crítica do filme Netflix 2022

Foto: Netflix / Divulgação

Drama policial tenso e envolvente dirigido por Ali Abbasi, o filme “Holy Spider” narra a história verídica de um serial killer que aterrorizou Mashhad, a segunda maior cidade do Irã, entre 2000 e 2001, abordando não só os crimes hediondos cometidos por Saeed Hanaei, mas também as complexidades sociopolíticas que os cercam, destacando o papel das mulheres na sociedade iraniana e os desafios enfrentados por elas.

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Sinopse do filme Holy Spider, da Netflix

Na cidade iraniana de Mashhad, um assassino resolve “limpar as ruas” do pecado. Quando prostitutas aparecem mortas, uma repórter de Teerã decide investigar.

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Crítica do filme Holy Spider (2022)

O filme se aprofunda nas raízes da misoginia e do poder desigual no Irã, especialmente evidenciadas pela forma como as mulheres são tratadas e percebidas na sociedade. A personagem de Rahimi (Zar Amir Ebrahimi), uma jornalista investigativa forte e determinada, serve como um contraponto à narrativa dominante que muitas vezes desumaniza as vítimas de crimes violentos, especialmente quando são mulheres. A protagonista desafia essas normas ao buscar a verdade por trás dos assassinatos, colocando-se em situações perigosas para obter justiça para as vítimas.

Por outro lado, a representação de Saeed Hanaei (Mehdi Bajestani) como um homem comum, mas com um lado obscuro e perturbado, levanta questões sobre a natureza do mal e como ele pode se manifestar em qualquer pessoa. Sua justificativa para os assassinatos como uma missão divina para purificar a cidade do pecado revela uma visão distorcida da moralidade e da religião, destacando as contradições presentes na sociedade iraniana.

Além disso, “Holy Spider” aborda a responsabilidade da mídia e das autoridades na glorificação de criminosos, especialmente quando suas ações são justificadas por motivos religiosos ou culturais. A reação da sociedade aos crimes de Hanaei, que em alguns casos o viam como um herói, levanta questões sobre a percepção do certo e errado e a influência da religião e da tradição na moralidade coletiva.

Holy Spider é bom?

Dessa forma, “Holy Spider” é um retrato poderoso e preciso de um crime hediondo e das condições sociais que o possibilitaram. Abbasi tece sua narrativa com três fios principais, mostrando não só os crimes de Hanaei, mas também as vidas das vítimas e os esforços de Rahimi para desvendar o caso. O filme aborda questões profundas de misoginia e poder no Irã, destacando a coragem e a determinação das mulheres em meio a um sistema que as oprime.

A atuação de Ebrahimi como Rahimi é impressionante, transmitindo a determinação e a coragem de sua personagem. Bajestani também entrega uma performance acachapante como Hanaei, mostrando a dualidade de sua personalidade e as camadas de sua psique perturbada.

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Conclusão

“Holy Spider” é um filme intenso e provocativo que mergulha nas profundezas da natureza humana e da sociedade. Com uma história envolvente e atuações poderosas, o longa oferece uma visão única e perturbadora de um dos casos de assassinato em série mais chocantes da história do Irã.

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Onde assistir ao filme Holy Spider (2022)?

“Holy Spider” estreou nesta segunda-feira, dia 25 de março de 2024, no  catálogo da Netflix.

Trailer do filme Holy Spider, da Netflix (2022)

Elenco do filme Holy Spider, da Netflix (2022)

  • Alice Rahimi
  • Diana Al Hussen
  • Soraya Helli
  • Mehdi Bajestani
  • Zar Amir Ebrahimi
  • Hazem Elian
  • Arash Ashtiani
  • Sohaib Qista

Ficha técnica do filme Holy Spider, da Netflix (2022)

  • Título original: Holy Spider
  • Direção: Ali Abbasi
  • Roteiro: Ali Abbasi, Afshin Kamran Bahrami, Jonas Wagner
  • Gênero: policial, drama, suspense
  • País: Dinamarca, Alemanha, França, Suécia, Jordânia, Itália
  • Ano: 2022
  • Duração: 118 minutos
  • Classificação: 18 anos

2 thoughts on “‘Holy Spider’, um filme intenso e provocativo

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