‘Mistérios sem Solução: Volume 5’: quando o crime encontra o paranormal

“Mistérios sem Solução” (Unsolved Mysteries) está de volta com a temporada / volume 5, trazendo uma nova mistura de casos que vão desde crimes não resolvidos a eventos paranormais. A série, que se tornou um ícone no gênero true crime, sempre buscou balancear o inexplicável com o real, oferecendo aos espectadores a chance de formar suas próprias teorias.

Desta vez, no entanto, o documentário parece tomar um caminho menos convencional, o que pode dividir a opinião dos fãs. Vamos mergulhar nesse novo volume e ver se vale a pena acompanhar cada episódio.

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Sinopse da temporada 5 de Mistérios sem Solução (2024)

A temporada 5 de “Mistérios sem Solução” abre com um episódio impactante, investigando o duplo homicídio de Carnell Sledge e Katherine Brown, encontrados mortos em 2019 no Rocky River Reservation, em Ohio. A tragédia, ainda sem solução, destaca a impotência da polícia diante da falta de pistas e motivação aparente.

A temporada então segue para episódios que exploram fenômenos sobrenaturais, como o controverso caso do investigador paranormal Don Philips e sua parceria inusitada com a entidade Becky. Outros capítulos abordam mutilações de gado inexplicáveis e a famosa história do UFO em Roswell, temas que claramente se afastam do típico foco da série em crimes reais.

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Crítica da série Mistérios sem Solução 5, da Netflix

A temporada 5 de “Mistérios sem Solução” representa um desvio considerável do estilo tradicional da série. O primeiro episódio, “Assassinatos no banco do parque”, relembra as origens do programa, entregando um caso perturbador que mantém o suspense e desafia os espectadores a formular suas próprias hipóteses. Os depoimentos emocionantes das famílias das vítimas são o ponto alto, humanizando o mistério e tornando-o palpável.

No entanto, após esse início promissor, a série segue um rumo inesperado ao mergulhar profundamente no universo paranormal. O episódio 2, “Minha parceira paranormal”, apresenta o pesquisador Don Philips e sua colaboradora fantasmagórica Becky.

Apesar da tentativa de explorar o inexplicável, a seriedade excessiva em torno de uma entidade que se comunica com uma voz aguda e soprada acaba criando um efeito mais cômico do que intrigante, prejudicando a credibilidade do episódio. A insistência em tratar o paranormal de forma tão meticulosa acaba alienando parte do público, especialmente aqueles que buscam a essência true crime do programa.

Os episódios seguintes, que investigam mutilações de gado e o incidente de Roswell, não conseguem alcançar a mesma intensidade do primeiro capítulo. Embora esses temas possam ser interessantes em um contexto de curiosidade geral, eles parecem deslocados em uma série cuja força sempre esteve na exploração de mistérios reais e no impacto humano por trás dos crimes não resolvidos. O desequilíbrio entre o real e o sobrenatural faz com que este volume perca a identidade que fez “Mistérios sem Solução” ser tão respeitada ao longo dos anos.

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Conclusão

A temporada 5 de “Mistérios sem Solução” é uma mistura curiosa de gêneros que nem sempre encontra o equilíbrio certo. O primeiro episódio entrega o que se espera da série, com um caso impactante e emocionalmente envolvente. Porém, a mudança repentina para temas paranormais pode afastar muitos dos fãs antigos que apreciam os mistérios fundamentados na realidade.

Se a série continuar nessa linha, talvez seja hora de reavaliar o foco e voltar a explorar mistérios pouco conhecidos e genuínos, mantendo o equilíbrio entre o estranho e o real. Para aqueles que gostam de uma boa dose de paranormalidade, o Volume 5 ainda oferece entretenimento, mas para os puristas do true crime, ele deixa um pouco a desejar.

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Onde assistir à série Mistérios sem Solução?

As cinco temporadas estão disponíveis para assinantes da Netflix.

Trailer da temporada 5 de Mistérios sem Solução (2024)

Ficha técnica de Mistérios sem Solução 5, da Netflix

• Título original: Unsolved Mysteries
• Gênero: documentário
• País: Estados Unidos
• Temporada: 5
• Episódios: 4
• Classificação: 16 anos

Sobre o autor

Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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