O clássico literário “O Conde de Montecristo”, de Alexandre Dumas, ganhou mais uma adaptação, desta vez em formato de série, estrelada por William Levy. A produção disponível no Globoplay busca trazer a narrativa para o contexto contemporâneo, mas será que conseguiu manter a essência da história de vingança e redenção que tanto cativou leitores ao longo dos anos?
Sinopse da série Montecristo
Alejandro Montecristo, uma figura enigmática, fundador e diretor executivo de uma grande empresa se torna conhecido do público e deixa algumas pessoas incomodas e desconfiadas.
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Crítica de Montecristo, do Globoplay
Desde os primeiros minutos, percebe-se uma tentativa de atualizar a narrativa clássica para os dias modernos, o que não é um problema em si. No entanto, a execução deixou a desejar em vários aspectos fundamentais.
William Levy, embora carismático, parece mais focado em exibir sua boa forma física do que em desenvolver a complexidade emocional do protagonista. Suas cenas de intimidade com diversas personagens femininas são exageradas e desviam do núcleo central da história: a vingança. A química entre os protagonistas é fraca, e muitas vezes a atuação soa robótica e desprovida de emoção.
A adaptação também cometeu erros gritantes na construção dos personagens. Mercedes, uma figura crucial no romance original, foi relegada a uma posição de coadjuvante sem impacto, com decisões de roteiro que comprometem sua importância e complexidade. Sua institucionalização e o desfecho de sua relação são mal explicados e pouco convincentes.
Outro ponto fraco são as cenas de ação e os diálogos. As sequências de ação parecem forçadas e mal coreografadas, enquanto os diálogos muitas vezes são clichês e não acrescentam profundidade à trama. Isso contribui para uma narrativa fragmentada e pouco envolvente, que falha em capturar a essência de suspense e vingança do original.
Apesar dessas falhas, a série tem seus méritos. As locações são belíssimas, e a fotografia é de alto nível, proporcionando um visual agradável e, por vezes, deslumbrante. No entanto, esses elementos não são suficientes para compensar os problemas estruturais da série.
Conclusão
A adaptação moderna de “O Conde de Montecristo” com William Levy poderia ter sido uma excelente oportunidade para reintroduzir um clássico a uma nova audiência. No entanto, a execução falhou em vários aspectos cruciais, desde a construção de personagens até a coerência narrativa. Embora visualmente atraente, a série não consegue capturar a profundidade e o impacto emocional da obra original de Alexandre Dumas. Para os fãs do romance clássico, esta adaptação pode ser uma grande decepção.
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Onde assistir à série Montecristo?
A série está disponível para assinantes do Globoplay.
Trailer de Montecristo (2023)
Elenco de Montecristo, do Globoplay
- William Levy
- Esmeralda Pimentel
- Roberto Enríquez
- Juan Fernández
- Silvia Abascal
- Itziar Atienza
Ficha técnica da série Montecristo
- Título original: Montecristo
- Direção: Alberto Ruiz Rojo
- Roteiro: Jacobo Díaz, Lidia Fraga, Alberto Guntín, Nano López Moure, baseado no livro de Alexandre Dumas
- Gênero: ação, drama, suspense
- País: Espanha, Estados Unidos
- Ano: 2023
- Temporada: 1
- Episódios: 6
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
Esperava mais na adaptação. Desde o primeiro episódio ficam pontas soltas, não conseguimos entender o enredo. Na trama original há um laço eterno de amor entre Edmund e sua amada. O ódio é a linha que conduz a trama. Na série houve preocupação demasiada por mostrar o corpo escultural do ator, até a própria filha tenta assediá-lo, desnecessário! No final ficou um gosto de não quero assistir mais.