Ninguém Precisa Acreditar em Mim crítica do filme da Netflix 2023
Críticas

‘Ninguém Precisa Acreditar em Mim’: uma aventura criativa e bem-humorada da Netflix

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O filme “Ninguém Precisa Acreditar em Mim” (No Voy a Pedirle a Nadie que me Crea), dirigido por Fernando Frías de la Parra, emerge como uma comédia excêntrica e repleta de reviravoltas, baseado no aclamado romance homônimo de Juan Pablo Villalobos. É uma mistura única de thriller de mafiosos, desventuras universitárias e uma sátira que desafia as normas sociais.

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Sinopse de Ninguém Precisa Acreditar em Mim, da Netflix

A trama segue Juan Pablo Villalobos (Darío Yazbek Bernal), um jovem mexicano prestes a embarcar em um doutorado em Barcelona. No entanto, sua visita aos pais em Guadalajara se transforma em uma série de eventos caóticos quando seu primo é assassinado por mafiosos. A partir desse ponto, o protagonista se torna involuntariamente envolvido em um negócio criminoso, sendo manipulado pelos gangsters em sua jornada até Barcelona.

Ao longo do filme, o personagem enfrenta desafios que vão desde seduzir uma ativista feminista até lidar com uma dermatite nervosa e escapar de gangsters chineses e catalães. A narrativa se desenrola em Barcelona, especificamente nas áreas menos turísticas, proporcionando um olhar peculiar sobre a cidade.

Ninguém Precisa Acreditar em Mim é um bom filme?

“Ninguém Precisa Acreditar em Mim” sustenta uma atmosfera humorística constante, permeada por momentos de absurdidade e situações inusitadas. A narrativa é pontuada por recursos como a quebra da quarta parede, diálogos em retrospectiva e um toque de autoironia, tornando a experiência cinematográfica cativante e imprevisível.

A presença de personagens caricatos, como o argentino interpretado por Juan Minujín, adiciona camadas de humor à trama. As referências culturais, incluindo o uso de músicas argentinas no soundtrack, conectam o filme de maneira interessante ao contexto latino-americano.

Crítica e reflexões

O filme aborda temas sociais, como microagressões raciais e estereótipos, incorporando uma crítica sutil e provocativa à sociedade contemporânea. A comédia se mistura com elementos mais sérios, especialmente nas reflexões sobre colonialismo e opressão, apresentadas de maneira absurda, mas eficaz.

A história, embora repleta de reviravoltas e situações inusitadas, por vezes se perde na abundância de personagens secundários e subtramas. No entanto, a ousadia na abordagem de temas sensíveis, como política e feminismo, adiciona complexidade à narrativa.

Conclusão

“Ninguém Precisa Acreditar em Mim” destaca-se pela ousadia de Fernando Frías de la Parra em criar uma comédia que desafia convenções. O filme, apesar de alguns tropeços narrativos, oferece uma experiência cinematográfica refrescante, afastando-se do estigma de previsibilidade associado a muitas produções mexicanas.

A obra é uma celebração da diversidade e criatividade, com uma trama que mescla o realismo cotidiano com o absurdo, resultando em uma produção que desafia as expectativas do público. Por isso, o lançamento da Netflix é uma contribuição valiosa à cinematografia mexicana contemporânea, marcando-se como uma produção única e corajosa.

Onde assistir ao filme Ninguém Precisa Acreditar em Mim (2023)?

O filme “Ninguém Precisa Acreditar em Mim” estreou nesta quarta-feira, dia 22 de novembro de 2023, no catálogo da Netflix.

Trailer do filme Ninguém Precisa Acreditar em Mim, da Netflix (2023)

Ninguém Precisa Acreditar em Mim: elenco do filme da Netflix (2023)

  • Darío Yazbek
  • Natalia Solián
  • Anna Castillo
  • Bruna Cusí
  • Juan Minujín
  • Alba Ribó

Ficha técnica do filme Ninguém Precisa Acreditar em Mim, da Netflix (2023)

  • Título original do filme: No Voy a Pedirle a Nadie Que Me Crea
  • Direção: Fernando Frias
  • Roteiro: Maria Camila Arias, Fernando Frias, Juan Pablo Villalobos
  • Gênero: comédia, suspense
  • País: Espanha
  • Ano: 2023
  • Duração: 117 minutos
  • Classificação: 18 anos
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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