[CRÍTICA] 'Os Corretores de Londres' é desconectada da realidade

“Os Corretores de Londres” (Buying London) é a versão britânica do sucesso do reality “Sunset: Milha de Ouro”, da Netflix, onde pessoas extremamente ricas compram propriedades em Los Angeles de corretores de imóveis glamorosos. A premissa se mantém a mesma: mostrar o mundo luxuoso das transações imobiliárias, mas agora no contexto de Londres. No entanto, a adaptação britânica deixa muito a desejar, com uma série de problemas que vão desde a falta de autenticidade até a glorificação excessiva da riqueza.

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Sinopse do reality Os Corretores de Londres

Daniel Daggers dirige a DDRE Global, uma empresa de imóveis de luxo que vende casas em Londres e arredores, como Hertfordshire, Dorset e Dubai. Com preços na faixa dos milhões e comissões astronômicas, a série segue Daggers e sua equipe composta por mulheres impecavelmente preparadas e um homem chamado Oli. Eles vendem propriedades opulentas, discutem suas preferências e enfrentam pequenos dramas internos, tudo enquanto navegam pelo mundo dos imóveis de alta classe.

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Crítica de Os Corretores de Londres, da Netflix

“Os Corretores de Londres” é um espetáculo visual de opulência e riqueza, mas falha miseravelmente em capturar a essência de um reality show envolvente. A série se baseia fortemente na tensão dramática, colocando mulheres umas contra as outras, uma abordagem cansativa e sexista que não adiciona nada de novo ao gênero. A dinâmica entre os personagens parece forçada e superficial, fazendo com que todo o drama pareça mais roteirizado do que real.

A reverência pelo excesso e pelo mau gosto é palpável em cada episódio. Casas com banheiros esculpidos em pedra única e detalhes absurdamente luxuosos são exibidos sem um pingo de crítica ou reflexão sobre a crise habitacional que Londres enfrenta. Enquanto a série se esforça para deslumbrar com a riqueza, ela acaba expondo a insegurança e o vazio daqueles que gastam fortunas em tais propriedades.

O reality também peca ao tentar apelar para um público internacional com uma visão estereotipada e simplista da Inglaterra. A descrição detalhada de um jantar típico inglês, como se o público não conseguisse imaginar tal refeição, é apenas um exemplo da abordagem “Inglaterra para leigos” que permeia o show.

Daniel Daggers, o chefe da DDRE Global, é retratado como o líder carismático, mas suas interações com a equipe são tão previsíveis quanto entediantes. As discussões sobre quem é o favorito do chefe e os flertes inapropriados entre os personagens acrescentam pouco ao enredo, fazendo com que tudo pareça uma repetição de reality shows anteriores.

Conclusão

A glorificação da riqueza em meio a uma crise habitacional em Londres torna “Os Corretores de Londres” uma produção insensível e desconectada da realidade. Os personagens são superficiais, os dramas são previsíveis e a série, como um todo, é cansativa e frustrante. Mesmo para os fãs de reality shows, é um exemplo de como a fórmula pode falhar quando mal executada.

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Onde assistir ao reality Os Corretores de Londres?

A série está disponível para assinantes da Netflix.

Trailer de Os Corretores de Londres, da Netflix

Elenco da série Os Corretores de Londres (2024)

Daniel Daggers

Ficha técnica do reality Os Corretores de Londres

Título original: Buying London
Criação: Cam de la Huerta
Roteiro: Cam de la Huerta
Gênero: reality show
País: Reino Unido
Temporada: 1
Episódios: 8
Duração: de 29 a 40 minutos
Classificação: 12 anos

Sobre o autor

Giselle Costa Rosa

Navego nas águas do marketing digital, na gestão de mídias pagas e de conteúdo. Escrevi críticas de filmes, séries, shows, peças de teatro para o sites Blah Cultural e Ultraverso. Agora, embarco em um novo projeto no site Flixlândia.

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