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Ozzy Osbourne nas telonas e nas telinhas - o legado audiovisual do Príncipe das Trevas (1)

Foto: Divulgação

Como um jornalista experiente, é com um olhar perspicaz que analisamos a multifacetada carreira de Ozzy Osbourne, o lendário “Príncipe das Trevas”. Mais do que um ícone do heavy metal e vocalista do Black Sabbath, Ozzy, que nos deixou nesta terça-feira (22) aos 76 anos, cravou seu nome também nas telas, deixando um legado carismático e irreverente que transcende os palcos.

Suas aparições no cinema e na televisão não só divertiram o público, mas também redefiniram formatos e o apresentaram a uma nova geração de fãs

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O fenômeno ‘The Osbournes’: como o reality show mudou a TV

Entre 2002 e 2005, a vida de Ozzy Osbourne e sua família – a esposa Sharon e os filhos Jack e Kelly – foi exposta sem filtros no reality show “The Osbournes”, exibido pela MTV. Esse programa não foi apenas um sucesso de audiência, tornando-se o mais visto da história da MTV nos EUA na época, com cerca de 6,6 milhões de telespectadores em sua estreia, mas também um verdadeiro fenômeno cultural.

A série foi pioneira ao escancarar o cotidiano caótico e hilário de uma família de celebridades, transformando o “Príncipe das Trevas” em um pai desorientado, engraçado e, por vezes, vulnerável. As situações eram surpreendentemente relacionáveis, desde as brigas entre Kelly e Jack até as dificuldades de Ozzy com a tecnologia. Um momento clássico, que misturou revolta e autenticidade, foi sua reação à ideia de Sharon usar bolhas de sabão em uma apresentação: “Sou o Príncipe das Trevas, Sharon! Que porra de diabólico tem em um monte de bolhas?”.

“The Osbournes” conquistou um Emmy em 2003 como melhor programa de realidade. Mais do que isso, gerou uma “avalanche de formatos similares”, abrindo as portas para programas que expõem a intimidade de famílias famosas, como o clã Kardashian e outros reality shows de celebridades. No Brasil, a MTV tentou surfar na onda com “Família MTV”.

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Qual o preço da exposição? As polêmicas de ‘The Osbournes’

Apesar do sucesso, a experiência televisiva teve um alto custo para Ozzy e sua família. O músico admitiu ter odiado a exposição excessiva e revelou que a presença constante das câmeras em casa desencadeou recaídas em seus vícios, prejudicando também seus filhos, Jack e Kelly, que enfrentaram dependência química durante o período do programa. A própria Sharon tomou a decisão de encerrar as gravações na terceira temporada, quando a família começou a apresentar sinais de desgaste.

No entanto, o programa também revelou a vulnerabilidade da família, emocionando o público ao documentar a luta de Sharon contra o câncer de cólon diagnosticado em 2002. A série mostrou o lado sensível do clã, o apoio de Ozzy e dos filhos, e a posterior campanha de Sharon para conscientizar sobre a prevenção.

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Do pastor satírico ao morcego comilão: as participações de Ozzy no cinema

Ozzy Osbourne não se limitou à música e ao reality show. Sua presença carismática e irreverente o levou a diversas aparições memoráveis nas telonas:

O Rock do Dia das Bruxas (Trick or Treat) (1986)

Sua primeira participação em filmes foi em um papel inusitado. Ironizando sua própria imagem, Ozzy interpretou um pastor televisivo que condenava o rock, em uma produção que se tornou cult.

Dois Malas Sem Alça (The Jerky Boys) (1995)

Em uma rápida participação, o cantor apareceu como o empresário de uma banda de rock, em meio a uma comédia caótica que traduzia bem seu espírito rebelde.

Little Nicky (2000)

Em seu momento talvez mais lembrado no cinema, Ozzy interpretou a si mesmo. Roubou a cena em poucos segundos, inclusive ao contracenar com um morcego, relembrando o infame incidente de 1982 no palco. Uma mistura perfeita do humor de Adam Sandler com o folclore do roqueiro.

Austin Powers e o Homem do Membro de Ouro (2002)

Ao lado de sua família, Ozzy fez uma breve aparição como ele mesmo, em uma cena metalinguística que brincava com a fama de “The Osbournes”.

Caça-Fantasmas (2016)

Em mais um papel como ele mesmo, Ozzy surge nos bastidores de um festival de metal fictício, visivelmente irritado após um incidente sobrenatural. A cena misturou elementos de horror, humor e a estética do heavy metal, reforçando sua imagem de ícone que transita com naturalidade entre o bizarro e o performático.

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A Voz do ‘Príncipe das Trevas’ na animação: dublagens inesperadas

Ozzy também mostrou sua versatilidade ao emprestar sua voz para personagens em animações, revelando um lado mais suave:

  • Gnomeu e Julieta (2011): Dublou a estátua de cervo Fawn, tornando a personagem um dos destaques do longa animado com um toque de irreverência;
  • Gnomeu e Julieta 2: O Mistério do Jardim (2018): Reprisou seu papel como Fawn;
  • Trolls 2 (2020): Integrou o elenco de vozes como King Thrash.

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Aparições em séries de TV e documentários: além das câmeras de casa

Para além do cinema e do reality show que o consagrou na TV, Ozzy fez aparições pontuais em séries e foi tema de documentários:

  • South Park (1998): Participou de um episódio da icônica série animada;
  • CSI: Las Vegas (2013): Interpretou a si mesmo em uma ponta que agradou tanto aos fãs do rock quanto da clássica série de investigação criminal;
  • The Conners (2020): Ao lado de Sharon, fez uma participação especial como ele mesmo, em um dos seus últimos trabalhos em séries de TV, trazendo nostalgia aos fãs;
  • God Bless Ozzy Osbourne (2011): Um documentário que oferece um olhar sincero sobre sua vida, carreira e batalhas contra o vício, com entrevistas de familiares e amigos.

O legado de Ozzy nas telas: um ícone além da música

Ozzy Osbourne deixa este mundo como viveu: com intensidade, autenticidade e muito barulho. Sua filmografia, embora não focada em grandes papéis dramáticos, é um reflexo de sua importância como ícone cultural. Suas participações e dublagens geralmente exploraram sua persona de “Rock God” com humor e autoconsciência.

Seja nas trilhas sonoras icônicas que eternizaram sua obra, em aparições inusitadas, ou como um símbolo do rock mais sombrio e autêntico, o “Madman” do heavy metal continuará vivo na memória de fãs e espectadores em todo o mundo.

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