Crítica do filme Predador - Terras Selvagens (2025) - Flixlândia

[CRÍTICA] ‘Predador: Terras Selvagens’ troca o terror por pura diversão

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Vamos ser diretos: esqueça o terror claustrofóbico da selva de O Predador (1987), um pesadelo de sobrevivência que só um certo Arnoldão foi capaz de superar. Esqueça também o calor fumegante e a guerra urbana de Predador 2: A Caçada Continua (1990). E, por favor, tente apagar da memória a pilha de sequências confusas e crossovers desastrosos que vieram depois.

“Predador: Terras Selvagens” (Predator: Badlands), que estreia nesta quinta-feira, 6 de novembro, joga essa herança de tensão pela janela e abraça, sem vergonha, a “Marvel-ização” completa da franquia. E quer saber? No fim das contas, isso é uma ótima notícia. O diretor Dan Trachtenberg troca o horror pela pura diversão, entregando um espetáculo de ação com piadinhas, uma fotografia gigantesca e uma trilha sonora estrondosa. Não se surpreenda se um dia virmos o Predador ao lado dos Guardiões da Galáxia, pois o tom é exatamente esse.

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Sinopse

A trama central é um drama familiar shakespeariano: acompanhamos Dek (interpretado com grande emoção por Dimitrius Schuster-Koloamatangi), um Predador jovem e rejeitado, tentando provar seu valor para um pai tirânico (Njhorr) em um planeta hostil chamado Genna. Finalmente, temos um herói Predador com quem podemos nos conectar.

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Crítica

O que o filme perde em tensão e medo genuíno – sim, este é o Predador mais “leve” que já vimos –, ele ganha em escopo, coração e, o mais importante, em mitologia. Pela primeira vez, mergulhamos de cabeça nos costumes dos Yautja.

A trama se equilibra perfeitamente com a expansão do universo. A Corporação Weyland-Yutani não é apenas uma “piscadela” à franquia Aliens, é parte central da conspiração. A protagonista, Thia, é uma sintética da companhia, e até o clássico computador MU/TH/UR é mencionado. A aliança improvável entre Dek e Thia, dois rejeitados por seus criadores, forma o “clã substituto” que dá o pulso emocional ao filme.

Crítica do filme Predador Terras Selvagens (2025) - Flixlândia
Foto: Getty Images / Walt Disney Studios / Divulgação

Espetáculo técnico e belas atuações

Tecnicamente, o filme é um espetáculo. A cinematografia de Trachtenberg usa ângulos abertos e amplos para dar vida ao mundo incrivelmente hostil de Genna. As cenas de ação são intensas, as lutas são sensacionais e os efeitos visuais e sonoros são de altíssima qualidade, criando uma experiência imersiva. A música é fantástica – poderosa, tensa e inesquecível.

O elenco brilha. Elle Fanning está excelente em seu papel duplo, interpretando tanto a sintética aliada Thia quanto sua “cópia do mal” e clone corporativo, Tessa. Mas o destaque é a forma como a direção consegue extrair uma “conexão humana” de um Predador, fazendo Dek se tornar o verdadeiro herói da história.

E, claro, o fan service: para os fãs de Aliens, o filme entrega um presente. Na luta final, a sintética Tessa usa a armadura de carga imortalizada por Ellen Ripley. Só faltou ela gritar a frase clássica sobre se afastar da “filha” de Dek (o pequeno Bud).

Conclusão

No final, “Predador: Terras Selvagens” é uma mistura incrível de ação, emoção e atmosfera. Respeitoso e ousado, ele reconecta com o mito e o expande. Sem dúvidas, há diversão suficiente por duas horas; não é o melhor filme da saga, mas certamente não é o pior. Longe disso. E com aquela cena pós-créditos, mal podemos esperar pela sequência.

Onde assistir ao filme Predador: Terras Selvagens?

O filme estreia nesta quinta-feira, 6 de novembro de 2025, exclusivamente nos cinemas brasileiros.

Trailer de Predador: Terras Selvagens (2025)

YouTube player

Elenco do filme Predador: Terras Selvagens

  • Elle Fanning
  • Dimitrius Schuster-Koloamatangi
  • Reuben de Jong
  • Michael Homick
  • Rohinal Nayaran
Escrito por
Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.

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