“Respira”, a nova série espanhola da Netflix, criada por Carlos Montero, conhecido por seu trabalho em “Elite”, é uma mistura intrigante de drama hospitalar e novela, ambientada no fictício hospital público Joaquín Sorolla, em Valência.
A série, que chega ao público com a promessa de abordar temas relevantes como a crise na saúde pública, traz consigo um enredo repleto de tensão, romance e questões éticas. Mas será que ela consegue equilibrar todos esses elementos de maneira satisfatória?
Sinopse da série Respira (2024)
A trama de “Respira” gira em torno de um grupo de residentes médicos no hospital Joaquín Sorolla, que enfrentam os desafios diários de salvar vidas em um sistema de saúde pública em colapso. Liderados pelo jovem Biel, interpretado por Manu Ríos, os médicos se veem divididos entre suas responsabilidades profissionais e suas vidas pessoais.
Em meio a crises constantes, como greves, cortes orçamentários e dilemas éticos, eles tentam manter o equilíbrio enquanto lidam com seus próprios problemas e paixões. O drama atinge seu ápice quando uma greve geral é deflagrada, colocando em risco a vida de pacientes e a carreira dos profissionais envolvidos.
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Crítica de Respira, da Netflix
“Respira” se propõe a ser uma crítica social sobre a precariedade do sistema de saúde pública, abordando temas como a falta de recursos, a pressão política e as consequências dessas falhas na vida dos profissionais e dos pacientes. No entanto, essa mensagem muitas vezes se perde em meio a tramas pessoais excessivamente dramatizadas e situações inverossímeis.
O elenco de “Respira” é um de seus pontos fortes. Najwa Nimri, no papel da presidente da Comunidade Valenciana, entrega uma atuação carismática e provocante, embora seu personagem às vezes ofusque a crítica social que a série tenta apresentar.
Aitana Sánchez-Gijón, como a doutora Pilar Amaro, traz credibilidade e profundidade ao seu papel, refletindo as complexidades éticas enfrentadas pelos médicos. Já os jovens talentos, como Manu Ríos e Blanca Suárez, acrescentam energia e apelo visual, embora suas histórias românticas e conflitos internos desviem o foco dos temas mais importantes.
A série também se destaca pelo realismo técnico nas cenas de cirurgia e pelo esforço em retratar a tensão de um hospital sobrecarregado. No entanto, essa autenticidade se choca com o tom novelesco que permeia a narrativa, criando uma desconexão entre o que “Respira” pretende ser e o que realmente entrega. O ritmo frenético e a cronologia confusa dificultam a compreensão dos acontecimentos, e as reviravoltas constantes acabam diluindo o impacto das questões mais sérias.
Conclusão
Apesar de suas boas intenções e momentos de genuína emoção, “Respira” não consegue atingir todo o seu potencial. O equilíbrio entre drama pessoal e crítica social é delicado, e a série frequentemente pende mais para o lado do melodrama do que para a reflexão profunda.
Para aqueles que buscam um entretenimento envolvente, “Respira” pode ser uma boa opção, mas para quem procura uma análise mais séria e coerente sobre os desafios do sistema de saúde pública, talvez seja melhor buscar outras alternativas.
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Onde assistir à série Respira?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de Respira (2024)
Elenco de Respira, da Netflix
- Najwa Nimri
- Aitana Sánchez-Gijón
- Blanca Suárez
- Manu Ríos
- Borja Luna
- Ana Rayo
- Alfonso Bassave
- Macarena de Rueda
- Blanca Martínez
Ficha técnica da série Respira
- Título original: Respira
- Criação:Carlos Montero
- Gênero: drama
- País: Espanha
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 16 anos
3 thoughts on “‘Respira’ transita entre crítica social e exagero novelesco”