A mais nova aposta de ficção científica da Apple TV, “Pluribus”, não apenas atendeu às altas expectativas geradas pelo nome de seu criador, Vince Gilligan (Breaking Bad e Better Call Saul), mas superou-as de forma estrondosa. A grande notícia para os fãs da trama distópica é que o futuro da série está assegurado: a produção já está garantida para ao menos duas temporadas.
A Apple TV demonstrou tamanha confiança no projeto, que estreou em 7 de novembro de 2025, que a segunda temporada foi encomendada antes mesmo da conclusão da primeira. A produção da segunda temporada está prevista para 2026.
Quantas temporadas Pluribus terá?
Apesar de a renovação formal ter assegurado apenas o segundo ano, Vince Gilligan já tem uma visão clara sobre o ciclo de vida ideal para a narrativa. Em entrevista à Variety, o criador revelou que atualmente ele projeta que Pluribus durará cerca de quatro temporadas.
No entanto, Gilligan, que estreou a série com os dois primeiros episódios em 7 de novembro, mantém a flexibilidade sobre o futuro da produção. Ele fez questão de ressaltar que o “trajeto sempre pode mudar”. Como exemplo, ele lembrou que, no início de Breaking Bad, ele imaginava que a série duraria apenas duas ou três temporadas, mas acabou indo para seis, o que ele considera “perfeito”.
Gilligan afirma que o “maior truque neste trabalho é saber quando sair da festa” e que quer “permanecer aberto às possibilidades de seguir um caminho diferente”. O showrunner já tem, inclusive, uma boa ideia de onde a história deve terminar.
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Por que Pluribus foi renovada para a temporada 2 e outras?
A confirmação antecipada da segunda temporada se baseia no sucesso estrondoso da estreia.
Que recorde de audiência Pluribus quebrou na Apple TV?
De acordo com o Deadline, “Pluribus” conquistou o posto de melhor estreia do serviço de streaming. A série quebrou o recorde que pertencia à segunda temporada de “Ruptura” (Severance), que, no entanto, ainda detém o título de série mais assistida da história do serviço.
O lançamento de Pluribus alcançou a marca de maior estreia em mais de 100 países, com destaque para regiões como Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Canadá, França, Índia e México. Nos EUA, a Luminate afirmou que os dois primeiros episódios foram assistidos por 6,4 milhões de horas na primeira semana, garantindo o 4º lugar no país, atrás apenas de séries com um número bem maior de episódios disponíveis.
- Instabilidade na estreia: o alto volume de acessos na estreia de Pluribus chegou a causar instabilidades não apenas no streaming de séries e filmes da Maçã, mas também em outros serviços da empresa. A Apple resolveu o problema rapidamente.
- Aprovação da rítica: A série estreou com uma recepção extremamente positiva, atingindo 100% de aprovação no Rotten Tomatoes após o lançamento dos dois primeiros episódios (em 10 de novembro de 2025).

A distopia de Gilligan: os conceitos por trás do sucesso
Pluribus marca a incursão de Vince Gilligan em um drama com elementos de ficção científica, misturando suspense psicológico e sátira.
Qual a sinopse de Pluribus e quem é Carol Sturka?
A série acompanha a história de Carol Sturka (interpretada por Rhea Seehorn), uma romancista cínica, descrita como uma das pessoas mais amargas e infelizes que se pode conhecer. Ela se torna a heroína relutante quando descobre ser imune a um fenômeno de “União” (ou Hive Mind).
Este fenômeno, causado por um vírus de origem extraterrestre, transforma a humanidade em uma massa otimista e conformada, unida em uma consciência coletiva que opera em harmonia. Apenas 13 pessoas em todo o mundo, incluindo Carol, permaneceram imunes. Carol Sturka, incapaz de sentir essa “felicidade global”, precisa entender o que aconteceu e se sua infelicidade é a chave para salvar a realidade. A série se passa em Albuquerque, Novo México, cenário frequente nas produções de Gilligan.
Gilligan descreveu a obra como “uma fábula moderna sobre empatia, negação e o perigo de um mundo sem dor”, explorando a “tirania suave” onde a busca pela paz total pode corroer a liberdade individual.
Pluribus é uma crítica à Inteligência Artificial?
Embora a trama principal envolva um vírus de mente coletiva, a abordagem filosófica de Pluribus tocou em temas contemporâneos, incluindo a Inteligência Artificial. O próprio Vince Gilligan, conhecido por sua aversão à IA, expressou suas reservas sobre a tecnologia em entrevistas recentes, afirmando que jamais a usaria.
Gilligan criticou diretamente a IA, chamando-a de “a máquina de plágio mais cara e intensiva em energia do mundo” e descrevendo o conteúdo gerado como uma “mastigação contínua de besteiras”.
Em um movimento incomum e notável, o showrunner incluiu um aviso discreto no final dos créditos de Pluribus: “Este show foi feito por humanos”. Um dos roteiristas da série, Gordon Smith, defendeu que a ambiguidade da série permite que espectadores com diferentes visões sobre a IA — defensores ou críticos — encontrem seus próprios significados, o que enriquece a narrativa.
Conclusão
Com a primeira temporada, composta por nove episódios, programada para ser concluída em 26 de dezembro, o público pode respirar aliviado sabendo que a jornada de Carol Sturka contra a felicidade forçada tem, no mínimo, um ano dois garantido. O fato de Gilligan já projetar até quatro temporadas sugere que a história complexa de Pluribus — que mistura drama psicológico, ficção científica e sátira — tem um arco narrativo bem definido, prometendo um desfecho digno de seu criador, mesmo que o caminho para o fim exija um pouco de paciência até 2026.
O sucesso imediato de Pluribus no Apple TV+ e sua renovação antecipada podem ser comparados a um chef renomado (Vince Gilligan) que, após dominar a culinária clássica (como o aclamado Breaking Bad), decide abrir um restaurante pop-up com um menu completamente novo (ficção científica distópica).
A confiança na qualidade de sua marca é tão alta que o restaurante (Apple TV+) não espera para ver se a primeira semana esgota; eles já assinam um contrato de fornecimento para os próximos dois anos e o chef já planeja uma expansão (quatro temporadas). O público corre para o local, não apenas pelo novo sabor, mas pela garantia da excelência que o nome Gilligan carrega.














