Se você já maratonou a primeira temporada de Pluribus (ou PLUR1BUS, como o título é estilizado), provavelmente terminou o nono episódio com o queixo no chão e a cabeça fervendo de teorias. O novo projeto de Vince Gilligan para a Apple TV prova que ele não precisa de metanfetamina ou advogados picaretas para prender nossa atenção; basta uma premissa de ficção científica bizarramente humana e a atuação visceral de Rhea Seehorn.
A partir de agora, vamos mergulhar no que realmente significa esse título enigmático e o que podemos esperar do próximo capítulo dessa guerra entre a “felicidade forçada” e a nossa amada individualidade.
Qual o significado de Pluribus? Entenda o título da série
O nome da série não foi escolhido ao acaso e Gilligan levou quase três anos para defini-lo entre centenas de opções. Pluribus é uma palavra em latim que significa “de muitos” ou “entre muitos“. Ela é a base do lema tradicional dos Estados Unidos: E pluribus unum (“De muitos, um”).
Na série, o conceito é uma faca de dois gumes:
- A Coletividade: Refere-se à União, a mente coletiva criada por um vírus alienígena que transformou quase toda a humanidade em um único organismo pacífico e feliz.
- O Simbolismo Visual: No trailer e no título estilizado, a letra “i” é substituída pelo número “1“, reforçando a ideia de que o “um” nasce da fusão de muitos indivíduos.
• A Curiosidade Histórica: A expressão foi usada originalmente pelo poeta romano Virgílio para descrever a mistura de cores e ingredientes em uma receita de pesto (conhecida como moretum), onde os elementos perdem suas propriedades individuais para criar algo novo. É uma metáfora perfeita para o que acontece com os humanos infectados: eles perdem o que os torna únicos em troca de uma harmonia coletiva.
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Final explicado de Pluribus: o que Carol vai fazer com a bomba atômica?
O encerramento da primeira temporada, no episódio “La Chica o El Mundo”, resetou todas as regras. Carol Sturka, a pessoa mais “miserável” da Terra, percebeu que a sua suposta liberdade e o romance com Zosia eram baseados em uma brecha ética assustadora.
Os Outros (a mente colmeia) descobriram que não precisavam do consentimento físico de Carol para assimilá-la. Eles acessaram os óvulos que ela congelou em 2011 e estão usando esse material genético para criar uma cepa do vírus personalizada para ela.
Ao se sentir traída em sua vulnerabilidade mais profunda, Carol toma uma decisão radical: ela se alia a Manousos Oviedo e recebe uma bomba atômica — um item que ela havia pedido sarcasticamente antes e que os Outros entregaram como se fosse um simples presente para “acalmar” sua rebeldia. O gancho final nos deixa com a imagem de Carol pronta para “salvar o mundo” da felicidade, mesmo que o custo seja a aniquilação física.

Temporada 2 de Pluribus: o que esperar e quando estreia?
A boa notícia é que a 2ª temporada de Pluribus já está confirmada. A Apple TV encomendou duas temporadas logo de cara, o que permitiu um planejamento de longo prazo para a narrativa.
Quando sai a 2ª temporada de Pluribus?
Prepare a paciência. Vince Gilligan já avisou que trabalha na “velocidade em que as geleiras derretem”. Embora a produção esteja prevista para começar em 2026, a complexidade logística da série (que envolve filmagens em locais reais e efeitos visuais sutis para criar cidades vazias) sugere um lançamento apenas entre o final de 2027 e o início de 2028.
O que esperar da história?
1. O Plano de Carol e Manousos: Veremos se Carol pretende usar a bomba como moeda de troca ou se vai realmente detoná-la em um ponto estratégico dos Outros.
2. A Frequência 8.613.0 kHz: Manousos descobriu que essa frequência de rádio pode interferir na comunicação dos Outros e causar convulsões na colmeia. A cura — ou o despertar das consciências presas — pode vir daí.
3. Zosia e o Conflito de Lealdade: Após a ruptura brutal com Carol, Zosia terá que lidar com sua função de “ponte emocional” e se ainda existe espaço para individualidade dentro de sua conexão com a colmeia.
4. Origens Alienígenas: Teorias sugerem que a série pode explorar o planeta Kepler-22b, apontado como a origem da transmissão de RNA que iniciou a União.
A segunda temporada deve abandonar os debates filosóficos abstratos e partir para um confronto existencial direto: o direito de ser infeliz e livre versus a segurança de uma paz imposta.
Dica para os fãs
Enquanto a nova temporada não chega, vale a pena revisitar os episódios para pescar detalhes sobre a “linguagem” dos Outros. Afinal, eles nunca mentem, mas são mestres em omitir a verdade através de brechas contratuais.
Analogia para entender o conflito
Imagine que você se recusa a dar a chave da sua casa para alguém, mas essa pessoa descobre que você deixou uma cópia reserva em um cofre antigo. Ela usa essa cópia, entra na sua sala e diz: “Eu não invadi, apenas usei a chave que você já tinha deixado”. É exatamente esse o jogo “advocatício” dos alienígenas com Carol.
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