A quinta temporada de Stranger Things finalmente chegou, trazendo os quatro primeiros episódios do Volume 1 e preparando o terreno para a batalha final que se avizinha. Após um salto temporal de 18 meses, Hawkins continua sitiada pela ameaça do Mundo Invertido, com fendas abertas e a cidade sob quarentena militar. O quarto episódio, intitulado “O Feiticeiro”, culmina em uma série de revelações chocantes que redefinem a dinâmica de poder e colocam Will Byers no centro da narrativa.
O final do Volume 1 é um dos momentos mais poderosos e reveladores da série. Depois que a missão de resgate das crianças falha, e os militares são massacrados, o confronto final entre Vecna e Will, Joyce e Mike revela a extensão da conexão entre o garoto e o Mundo Invertido.
Final explicado do episódio 4, último do volume 1 da temporada 5 de Stranger Things
O feiticeiro de Hawkins: o significado dos poderes de Will Byers
A cena final do Volume 1 confirma uma das maiores teorias dos fãs: Will Byers possui poderes psíquicos. Durante o caos do ataque, Vecna emerge, estende seus braços e neutraliza as armas e os soldados, levitando Will. Nesse momento de vulnerabilidade, Will se lembra do conselho de Robin sobre aceitar quem ele é, e de memórias felizes com Mike e sua família.
É então que Will acessa habilidades que nem ele (nem nós) sabíamos que possuía.
Will Byers é um feiticeiro ou um canalizador de Vecna?
Will é capaz de canalizar os poderes de Vecna ao acessar a mente coletiva (hive mind) do Mundo Invertido. Os poderes em si não estão dentro dele como estão em Eleven; ele os usa por meio de sua conexão com Vecna, agindo como um “marionetista” e manipulando o que está dentro da mente-colmeia. Isso é diferente de Eleven e só é possível pela proximidade com a mente coletiva.
Com um gesto de seu braço, Will consegue paralisar e destruir os Demogorgons que atacavam seus amigos, torcendo e quebrando seus membros exatamente como Vecna fazia com suas vítimas. A cena final mostra Will levantando a cabeça e limpando o sangramento nasal com a manga, um sintoma clássico do uso de habilidades psíquicas visto em Eleven.
Os criadores da série, os irmãos Duffer, disseram que a ideia de Will ter poderes já era discutida há muito tempo. O ator Jamie Campbell Bower (Vecna) expressou “certa frustração” ao ver Vecna neutralizado, mas reconheceu que o desenvolvimento cria agora “quase dois adversários”.
➡️ Quer saber mais sobre filmes, séries e streamings? Então acompanhe o trabalho do Flixlândia nas redes sociais pelo INSTAGRAM, X, TIKTOK, YOUTUBE, WHATSAPP, e GOOGLE NOTÍCIAS, e não perca nenhuma informação sobre o melhor do mundo do audiovisual.
O que Vecna vê em Will Byers?
Ao confrontar Will, Vecna revela o motivo de sua escolha em 1983, que deu início a toda a saga:
“E você, Will, você foi o primeiro. E você quebrou tão facilmente. Você me mostrou o que era possível, o que eu poderia alcançar”.
Vecna via Will como fraco na mente e no corpo, tornando-o um “recipiente perfeito” para ser facilmente controlado e remodelado. O vilão está agora atrás de 12 crianças, entre 9 e 10 anos, com o objetivo de usá-las para “moldar o mundo” ao seu comando, começando por Hawkins. Ele subestima completamente a força de Will, tratando-o como descartável, o que pode ser seu grande erro.
Leia mais sobre a temporada 5 de Stranger Things:
- [CRÍTICA] A dissonância do crescimento: ‘Stranger Things 5’ e a luta contra o vilão silencioso
- Guia de episódios de ‘Stranger Things 5’: confira o calendário de lançamentos da temporada
- Vecna em SP: como foi o ‘Parada Estranha’, evento gratuito da Netflix para a última temporada de Stranger Things
- ‘Stranger Things’: confira o resumo completo da série antes de assistir ao final
- ‘Stranger Things’: Netflix libera teaser da última temporada da série – VEJA
O labirinto mental de Vecna: onde Max e Holly estão presas
A busca pelas crianças desaparecidas leva a outra grande revelação: o destino de Max Mayfield. Max está em coma desde o final da 4ª temporada, após ter os membros quebrados e ficar cega, morrendo brevemente antes de Eleven reiniciar seu coração.
Max Mayfield está viva? O mistério do coma resolvido
Max está, de fato, viva, mas aprisionada dentro do plano mental de Henry Creel/Vecna. Ela acordou nas memórias dele e está vagando por um labirinto que inclui o Laboratório de Hawkins e cenas de 1959. O destino dela e de Holly Wheeler se cruzam no final do Episódio 3.
O que é Camazotz e por que Vecna teme as cavernas?
Holly, que foi levada por Vecna disfarçado como o “Sr. Whatsit” (uma referência a A Wrinkle in Time), apelidou sua prisão mental de Camazotz, o planeta onde o mal reside em seu livro favorito.
Max revela a Holly que quase escapou uma vez: ela ouviu Running Up That Hill (música tocada por Lucas no hospital) e viu um portal, mas a música parou e o portal fechou. Ela conseguiu escapar da perseguição de Vecna ao se esconder em um sistema de cavernas dentro dessa mente. Este santuário é um lugar que Vecna inexplicavelmente teme e não consegue entrar.
A peça Stranger Things: The First Shadow sugere que essas cavernas podem ser as mesmas que o jovem Henry Creel explorou em Nevada, onde ele encontrou equipamento científico e foi exposto ao Devorador de Mentes (Mind Flayer), o que lhe deu seus poderes e corrompeu sua personalidade. Vecna evita o local porque ele representa o “verdadeiro Henry Creel antes de ser corrompido”.
Com a chegada de Holly, Max ganha nova esperança para tentar derrotar Vecna de dentro para fora.
O retorno inesperado: Kali, a número Oito, e a criptonita militar
Enquanto o grupo de Hawkins tenta resgatar as crianças, Eleven e Hopper invadem uma base militar no Mundo Invertido. Eles acreditam que o local, administrado pela Dra. Kay (Linda Hamilton), está escondendo o corpo de Vecna. A Dra. Kay e seu esquadrão, o “Wolfpack”, estão caçando Eleven e usam uma arma sônica que neutraliza seus poderes, a qual Hopper chama de “criptonita”.
Quem é Kali (Oito) e por que ela foi capturada?
Para surpresa geral, ao abrir o cofre, Hopper e Eleven não encontram Vecna, mas sim Kali, a Número Oito (Linnea Berthelsen).
Kali, que apareceu pela última vez na segunda temporada, é a irmã de Eleven do Laboratório de Hawkins. Seus poderes são psíquicos, permitindo-lhe criar ilusões.
O retorno de Kali surpreendeu até mesmo os fãs que a consideravam uma ponta solta na série. Os irmãos Duffer afirmaram que a trouxeram de volta para conectar todos os fios narrativos e ajudar no arco de Eleven. É provável que os militares estivessem realizando experimentos com Kali, e a tecnologia de onda sonora usada para paralisar Eleven pode estar ligada a ela.
Cenários para o Volume 2: a batalha e o círculo de carne
O Volume 1 termina com um cenário caótico e de alto risco:
- Will Byers possui um poder ativo, posicionando-o como um elemento central para confrontar Vecna. Os irmãos Duffer planejaram re-centralizar a história em Will, sentindo que ele seria a chave para derrotar Vecna.
- Max e Holly têm uma aliada secreta e um santuário dentro da mente do vilão, o que pode ser usado para atacar Vecna de dentro.
- Eleven e Hopper libertaram Kali, que agora se junta à luta, adicionando uma nova força psíquica ao lado dos heróis.
- O grupo de Nancy, Steve, Dustin e Jonathan no Mundo Invertido está investigando o “muro de gosma” (ou “parede carnosa”) que circunda o laboratório militar. Eles acreditam que Holly e as outras crianças podem estar presas dentro desse círculo. Essa parede é um mistério que será explicado no Volume 2.
Apesar do massacre dos soldados e do sequestro das crianças (incluindo Derek Turnbow) pelos Demogorgons no final do episódio, o fracasso da missão militar pode dar aos heróis mais liberdade para agir.
A conexão crescente de Will com Vecna estabelece um paralelo com a relação entre Harry Potter e Voldemort—um laço formado na infância que se torna a chave para derrotar o vilão, levantando a questão se Will precisará de um sacrifício final.
O Volume 2, que chega em 25 de dezembro, promete intensificar a ação com esses novos desenvolvimentos. A nova dinâmica de Will como um “feiticeiro” que canaliza a força do Mundo Invertido transforma a luta contra Vecna de algo que era unilateral para um conflito onde os heróis estão em um “campo de jogo mais nivelado”.
