Wilson Spiler 
Foto: Netflix / Divulgação
Quando se trata de superpoderes, dois são considerados os mais desejáveis: voo e invisibilidade. Como apontou o escritor americano John Hodgman, aqueles que escolheriam voar não têm nada a esconder e são altruístas, competentes e sem vergonha. Já os que escolheriam a invisibilidade são enganosos, medrosos e pervertidos.
Em “Supacell”, nova série da Netflix, os personagens não têm o privilégio de escolher seus poderes; em vez disso, são subitamente agraciados com habilidades sobrenaturais, e precisam lidar com as consequências disso em suas vidas cotidianas.
Sinopse da série Supacell (2024)
“Supacell” segue a vida de cinco indivíduos em Londres que, de repente, adquirem superpoderes. Sabrina (Nadine Mills), uma enfermeira doce, recebe o poder da telecinese; Tazer (Josh Tedeku), um jovem delinquente, pode se tornar invisível; Rodney (Calvin Demba), um traficante de drogas inepto, pode correr até Edimburgo em segundos; Andre (Eric Kofi-Abrefa), um pai solteiro, possui força extraordinária; e Michael (Tosin Cole), o coração e a alma do show, pode se mover através do tempo e do espaço.
Michael, um homem trabalhador e recém-noivo, é o mais próximo de um herói tradicional. Ele tenta lidar com suas novas habilidades enquanto enfrenta uma crise existencial.
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Crítica de Supacell, da Netflix
“Supacell”, criado por Rapman, é uma série vibrante e eletrizante, que se destaca pelas performances impressionantes e pela trilha sonora sensacional. Os personagens são complexos e enfrentam problemas diversos. Michael, com seu desejo simples de proteger sua noiva, é o mais direto, enquanto Sabrina quer defender sua irmã das más influências ao seu redor. Tazer luta contra gangues rivais, Andre tenta evitar que seu filho siga o mesmo caminho criminoso que ele, e Rodney usa sua velocidade para se tornar o traficante mais rápido de Londres.
Rapman cria uma visão detalhada de Londres e desenvolve seus personagens com profundidade. A série aborda questões como violência de gangues, dificuldades econômicas e as realidades da vida urbana, tudo isso enquanto introduz elementos de ficção científica. A transição entre o drama realista e os elementos fantásticos é feita de forma natural, sem parecer forçada.
A produção da Netflix também faz um excelente trabalho ao explorar as consequências de receber poderes indesejados. Ao invés de glorificar os superpoderes, “Supacell” mostra como essas habilidades podem complicar ainda mais as vidas dos personagens, que já enfrentam desafios significativos. A luta dos protagonistas para usar seus poderes para equilibrar as injustiças sociais que enfrentam é retratada de forma comovente e realista.
No entanto, a série tem algumas falhas. A ameaça principal, representada por Eddie Marsan, é um ponto fraco, com um desempenho que parece desinteressado em alguns momentos. Além disso, a produção, às vezes, depende de personagens não compartilharem informações vitais sem um motivo claro, o que pode ser frustrante.
Conclusão
“Supacell” traz uma nova e relevante perspectiva sobre o que significa ter superpoderes em um contexto urbano e realista. A série tem personagens bem desenvolvidos, uma narrativa envolvente e mescla o drama do dia a dia com elementos de ficção científica de maneira eficaz. Apesar de algumas falhas, a produção merece ser vista, e seu mundo complexo e intrigante clama por mais exploração em futuras temporadas.
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Onde assistir à série Supacell?
A série está disponível para assinantes da Netflix.
Trailer de Supacell (2024)
Elenco de Supacell, da Netflix
- Tosin Cole
- Nadine Mills
- Eric Kofi-Abrefa
- Calvin Demba
- Josh Tedeku
- Adelayo Adedayo
- Eddie Marsan
Ficha técnica da série Supacell
- Título original: Supacell
- Criação: Rapman
- Direção: Sebastian Thiel, Rapman
- Roteiro: Rapman
- Gênero: ação, aventura, drama
- País: Reino Unido
- Ano: 2024
- Temporada: 1
- Episódios: 6
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
1 thought on “‘Supacell’ traz ‘super-heróis’ em um contexto urbano e realista”