[CRÍTICA] A humanidade prevalece na 3ª temporada de 'Sweet Home'

A temporada 3 de “Sweet Home” entrega um final emocionante, embora desigual, para a saga apocalíptica que acompanhamos desde sua estreia. Este final nos puxa de volta ao caos com rostos familiares e algumas novas reviravoltas que mantêm a história envolvente.

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Sinopse da 3ª temporada de Sweet Home

Esta temporada centra-se nas consequências da batalha no estádio, com os sobreviventes liderados por Hyun-su enfrentando novas ameaças. A luta de dele com seu lado monstruoso continua, mas é sua humanidade que realmente brilha, oferecendo um raio de esperança em um mundo sombrio. A série mergulha mais profundamente nas histórias de fundo dos personagens, enriquecendo seus arcos e tornando suas batalhas mais pessoais e comoventes.

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Crítica da temporada 3 de Sweet Home

Um dos elementos de destaque é o retorno de Yi-kyung, agora um híbrido meio-humano, meio-monstro. Sua linha narrativa é um testemunho do compromisso da série em explorar as linhas tênues entre a humanidade e a monstruosidade. A tensão entre ela e Eun-hyeok, agora totalmente transformado em um monstro, aprofundando a narrativa, tornando suas interações algumas das cenas mais envolventes da temporada.

Visualmente, a terceira temporada é um deleite. O design de produção, com seus detalhados cenários pós-apocalípticos e assustadores designs de monstros, continua sendo de primeira linha. A fotografia captura a beleza sombria do mundo desolado, contrastando fortemente com os momentos de horror cru e visceral. As cenas de ação são bem coreografadas, mantendo um senso de urgência e perigo que mantém os espectadores na ponta de seus assentos.

Ritmo desigual

No entanto, o ritmo compromete, com alguns episódios parecendo apressados enquanto outros se arrastam. Certos pontos da trama, particularmente aqueles envolvendo personagens secundários, poderiam ter sido mais desenvolvidos. Em alguns momentos, a ambição da série parece superar sua capacidade de entregar uma narrativa coerente, deixando algumas histórias inacabadas.

Mas o núcleo emocional de “Sweet Home” permanece forte. Os laços dos personagens, forjados através do trauma compartilhado e da sobrevivência, são testados de novas maneiras. Momentos de reflexão silenciosa e interações ternas fornecem um contrapeso ao horror implacável, lembrando-nos da humanidade que vale a pena lutar.

A jornada de Hyun-su é o coração da série, e a performance de Song Kang ancora o show. Sua interpretação de um homem lutando contra seus demônios internos enquanto tenta proteger aqueles que ama é ao mesmo tempo de partir o coração e inspiradora. O elenco de apoio também entrega ótimas atuações, com Lee Do-hyun e Go Min-si se destacando à medida que seus personagens enfrentam situações cada vez mais desesperadoras.

Conclusão

O clímax da terceira temporada é ao mesmo tempo satisfatório e aberto, deixando espaço para interpretação e especulação. A série consegue amarrar os principais fios enquanto deixa algumas perguntas sem resposta, permanecendo fiel aos temas de incerteza e resiliência da produção.

Dessa forma, “Sweet Home” oferece um final apropriado para uma série que sempre abraçou sua mistura única de horror, ação e profundidade emocional. Embora não seja perfeita, a produção oferece uma conclusão satisfatória para os fãs que estiveram nesta jornada angustiante desde o início. É um lembrete de que, nos tempos mais sombrios, é o espírito humano que prevalece.

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Onde assistir à série Sweet Home

A série está disponível para assinantes da Netflix.

Trailer da temporada 3 de Sweet Home

Elenco de Sweet Home, da Netflix

Song Kang
Lee Jin-uk
Lee Si-young
Ko Min-si
Lee Do-hyun
Jinyoung
Yoo Oh-seong
Oh Jung-se

Ficha técnica de Sweet Home (2024)

Título original: Seuwiteuhom
Criação: Lee Eung-bok, Hong So-ri, Jang Young-woo, Kim Hyeong-min, Park So-hyeon, Park So-jeong, Park Tae-hee
Direção: Lee Eung Bok
Gênero: terror, drama, fantasia
País: Coreia do Sul
Ano: 2024
Temporada: 3
Episódios: 8
Classificação: 16 anos

Sobre o autor

Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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