Em 2012, Seth MacFarlane nos presenteou com “Ted”, uma comédia irreverente que conseguiu arrancar boas risadas ao apresentar um urso de pelúcia falante com um vocabulário nada infantil. O filme, estrelado por Mark Wahlberg, rapidamente se tornou um sucesso, mas também deixou claro que a premissa tinha um prazo de validade curto.
Agora, mais de uma década depois, “Ted” está de volta, mas desta vez em formato de série, prometendo revisitar as aventuras de John Bennett e seu inseparável companheiro, Ted, em uma versão prequel que se passa nos anos 1990. Mas será que esse retorno era realmente necessário?
Sinopse de Ted – A Série (2024)
Ambientada em 1993, a série “Ted” segue a vida de um jovem John Bennett (Max Burkholder), que, aos 16 anos, ainda conta com a companhia do seu melhor amigo, o urso de pelúcia Ted. Juntos, eles se metem em todo tipo de confusão típica da adolescência: comprar drogas, explorar a sexualidade e enfrentar os desafios da juventude.
A série também nos apresenta à família de John, composta pelo pai Matty (Scott Grimes), um republicano raivoso, e a mãe Susan (Alanna Ubach), uma dona de casa ingênua e submissa. Completando o elenco, temos a prima Blair (Giorgia Whigham), uma universitária que tenta trazer uma visão mais progressista para a família, mas acaba se destacando de forma incoerente com o resto do enredo.
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Crítica de Ted – A Série, do Globoplay
A primeira impressão que “Ted” deixa é que a série está presa em uma cápsula do tempo. Embora seja ambientada nos anos 1990, a sensação que transmite é a de que foi escrita em 2012, quando o humor de MacFarlane ainda tinha alguma relevância.
Infelizmente, o que era inovador e engraçado há uma década, agora parece datado e forçado. A série se apoia em piadas repetitivas e desgastadas, muitas delas baseadas em humor de mau gosto que já não consegue chocar ou divertir.
O principal problema aqui é que as piadas simplesmente não são engraçadas. A tentativa de estender a única piada que sustentou dois filmes – um urso de pelúcia com boca suja – por oito episódios de quase uma hora cada, resulta em uma comédia cansativa e sem brilho.
Mesmo que a produção seja tecnicamente competente, com bons efeitos visuais e uma direção sólida, isso não é suficiente para salvar a série. As atuações, especialmente de Alanna Ubach e Scott Grimes, trazem algum alívio, mas não conseguem carregar a série nas costas. O que realmente falta é uma evolução no humor e na trama. “Ted” não oferece nada de novo, e a falta de um arco narrativo convincente faz com que a série pareça arrastada e sem propósito.
Conclusão
“Ted – A Série” é um exemplo claro de que nem toda nostalgia merece ser revisitada. Enquanto algumas produções conseguem capturar a magia do passado e adaptá-la aos novos tempos, essa não consegue evoluir e entregar algo relevante ou cômico para os dias de hoje.
Com piadas datadas, personagens mal aproveitados e uma falta geral de inovação, a série se torna um fardo a ser assistido, deixando a sensação de que esse urso falante deveria ter ficado no passado.
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Onde assistir à Ted – A Série
A temporada 2 está disponível para assinantes do Globoplay.
Trailer de Ted – A Série (2024)
Elenco de Ted – A Série, do Globoplay
- Seth MacFarlane
- Max Burkholder
- Alanna Ubach
- Scott Grimes
- Giorgia Whigham
- Ara Hollyday
- Liz Richman
- Marissa Shankar
- Penny Johnson Jerald
- Charly Jordan
- Ian McKellen
- Chelsea Davison
Ficha técnica de Ted – A Série (2024)
- Título original: Ted
- Criação: Seth MacFarlane
- Direção: Seth MacFarlane
- Roteiro: Seth MacFarlane, Charlene deGuzman, Charlie Hankin, Hannah Murphy, Matt Porter, Paul Corrigan, Brad Walsh, Dana Gould, Jon Pollack, Julius Sharpe
- Gênero: comédia
- País: Estados Unidos
- Temporada: 1
- Episódios: 8
- Classificação: 16 anos
Sobre o autor
1 thought on “‘Ted – A Série’: uma piada que já não tem graça”