[REVIEW] Crítica do filme Tron_ Ares (2025) - Flixlândia

‘Tron: Ares’: franquia é renovada com qualidade nos efeitos, história atual e homenageando animes clássicos

Terceiro filme da saga é estrelado por Jared Leto

Marcelo Fernandes09/10/20253 Mins de Leitura32 Visualizações

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Se nos últimos anos muito se foi dito sobre o CGI da Marvel, cuja dona, Disney, espremeu até a última gota de suor da equipe técnica com produções risíveis, parece que tudo foi guardado para “Tron: Ares”. A terceira parte da franquia cult oitentista volta às telonas sem ninguém pedir, mas com o público merecendo um filme com qualidades de ponta a ponta.

Sinopse

A história basicamente é o mesmo conto de Frankenstein, Pinóquio e Exterminador do Futuro: o personagem-título Ares (Jared Leto fazendo sua versão do T-800 de Schwarzenegger) é uma Inteligência Artificial criada pelo inescrupuloso magnata da tecnologia Julian Dillinger (Evan Peters, irritante como um bom vilão), que tenta transformar programas da sua versão do Grid em armas para vender aos militares.

Porém, somente sua concorrente Eve Kim (Greta Lee) possui o código para manter as IAs definitivamente no mundo físico. Ares e outros programas serão mandados para persegui-la e conseguir o código, dando início aos conflitos.

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Crítica

O diretor norueguês Joachim Rønning ficou conhecido meio que como um faz-tudo da Disney, e após sua indicação ao Oscar em 2012 não fez nada muito autoral. Aqui ele tenta interferir o mínimo na história, visualmente deslumbrante e muito bem amarrada nos diálogos e motivações dos personagens.

“Tron: Ares” é a disputa de dois bilionários sobre um poder que nem entendem, mas também toca em temas como livre arbítrio, autonomia e o crescente medo atual que temos de IAs irem além de roubar empregos e começarem a caminhar nas ruas. Se forem reflexo de seus criadores, nós, talvez devêssemos mesmo ter medo.

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Cenas de ação impactantes

No meio disso, o personagem de Leto aos poucos vai criando uma consciência. Tal crescimento é tratado de forma orgânica (epa), e nunca é forçado. O ator deixa algumas obsessões de método de lado e faz o simples, tanto nos diálogos quanto nas expressões. E muitas vezes o feijão com arroz basta.

As cenas de ação, o molho principal do longa, são críveis dentro do que a história se propõe. Além disso, são visualmente impactantes e prendem a atenção de quem assiste sem dispersar. Caso possível, veja em algum cinema IMAX, o som e a trilha sonora do Nine Inch Nails contribuem para a experiência de forma que se for visto em um cinema com menos a oferecer ou numa TV em casa, por melhor que seja, algo será perdido.

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Conclusão

Com inteligências artificiais correndo pelo mundo e buscando tornarem-se meninos de verdade, talvez a suspensão de descrença do espectador aqui seja mais a existência de um CEO de Big Tech boazinha que quer salvar o mundo. Pelo menos, enquanto tal futuro duvidoso ainda não chegou, embora pareça próximo, ainda pode ir ao cinema curtir uma fantasia divertida, bem-feita e que faz pensar.