Confira a crítica do episódio 5 da temporada 2 de "1923", série dramática de faroeste de 2025 disponível para assistir no Paramount+

Foto: Paramount+ / Divulgação

Com apenas mais dois episódios restantes na temporada 2, “1923” mergulha de vez em sua fase mais sombria no capítulo 5. “Disparos para nos Guiar” apresenta uma narrativa intensa, marcada por perseguições, traumas e uma sensação crescente de que a justiça está cada vez mais distante dos protagonistas. Taylor Sheridan, mais uma vez, mostra que mesmo conhecendo o futuro da linhagem Dutton, o passado da família é repleto de sofrimento, violência e resistência.

A trama se desdobra em três frentes: a jornada solitária e perigosa de Alexandra nos trilhos de um país hostil, a fuga de Teonna e sua família diante da fúria institucionalizada, e a tentativa de Spencer de retornar a Montana para enfrentar a guerra que já se iniciou em sua ausência. Em comum, todos buscam o mesmo objetivo: um lugar seguro para existir — mesmo que a América de 1923 insista em negá-lo.

Neste episódio, “1923” levanta uma pergunta incômoda: quantas formas de violência um ser humano pode suportar antes de perder a esperança? A resposta, como a série demonstra com sensibilidade e brutalidade, está na persistência — ainda que marcada por cicatrizes.

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Sinopse da temporada 2 (episódio 5) da série 1923 (2025)

No episódio 5 da segunda temporada de “1923”, as tramas paralelas que acompanham os personagens Spencer, Alexandra e Teonna seguem ganhando densidade emocional e urgência. Alexandra enfrenta mais um episódio de violência sexual em sua jornada rumo a Montana, e acaba presa após se defender do agressor em um vagão de trem. Felizmente, um casal britânico intervém e evita um destino ainda mais cruel para ela.

Já Spencer, embora em uma trama menos violenta, finalmente começa a retomar contato com sua família, sendo detido no Texas por uma xerife que o leva a Amarillo, onde ele consegue fazer uma ligação para o xerife de Montana. Enquanto isso, Teonna e seu pai tentam escapar dos perseguidores, mas Pete acaba sendo encurralado por Kent, e o episódio termina com uma troca de tiros cujo desfecho permanece em suspense.

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Crítica do episódio 5 da temporada 2 de 1923, do Paramount+

A sequência vivida por Alexandra neste episódio é angustiante. Depois de episódios seguidos sendo vítima de violência, o roteiro insiste em colocá-la novamente no centro do sofrimento. Desta vez, a personagem é assediada sexualmente por um passageiro enquanto trabalha como garçonete no trem — uma posição que assumiu após ser roubada e ficar sem dinheiro para comer.

A reação de Alex é imediata e feroz: ela se defende com uma cafeteira de aço e quase mata o agressor. No entanto, como tantas mulheres da história real, é ela quem acaba sendo tratada como criminosa e trancada em uma cela improvisada.

A crítica à estrutura de poder masculina é nítida e necessária, mas há um limite tênue entre a denúncia e o sadismo narrativo. A sucessão de abusos vividos por Alex pode gerar uma sensação de repetição cansativa, ainda que espelhe fielmente o peso do machismo estrutural da época.

O que suaviza a cena é a solidariedade do casal inglês, que testemunha o ataque e se recusa a se calar, oferecendo um vislumbre de esperança. Esse gesto simples — ouvir e acreditar em uma mulher — é retratado quase como um ato de rebeldia.

Teonna e a luta pela existência

Enquanto Alex enfrenta o machismo nos trilhos da modernidade, Teonna continua sendo caçada por aqueles que querem silenciar sua existência indígena. Mesmo ao lado do pai e de Pete, ela não encontra descanso. Sua imagem está estampada em cartazes de “procurada” e seu passado é reescrito por seus perseguidores, como o Padre Renaud, que a retrata como uma assassina cruel, omitindo toda a tortura que sofreu.

A série dá a Teonna uma força simbólica — ela representa a resistência indígena em um território que insiste em apagar seus traços. O momento mais angustiante vem com a traição dos próprios vaqueiros que a ajudaram, entregando informações em troca de recompensa. A perseguição ganha ainda mais tensão com a troca de tiros entre Pete e o Marshal Kent, deixando no ar o medo da morte de um personagem que se mostrou leal e corajoso.

Spencer e o retorno possível

Spencer, por sua vez, vive um episódio mais contido em ação, mas importante em termos narrativos. Sua prisão pela xerife Mamie Fossett adiciona um toque de ironia ao percurso do personagem, que parece eternamente impedido de voltar para casa. No entanto, ao ser levado a Amarillo, ele finalmente tem acesso a um telefone e consegue contato com o xerife McDowell, o que indica que seu retorno ao rancho dos Dutton está cada vez mais próximo.

A interação entre Spencer e Fossett também merece destaque. Ela é uma personagem que destoa do padrão masculino violento que impera na série. Sua firmeza e pragmatismo contrastam com a desesperança que domina o episódio. Quando ela compra uma passagem para Spencer continuar sua jornada, parece abrir, pela primeira vez, um caminho viável para que ele reencontre a família e cumpra seu papel na guerra contra Whitfield.

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Conclusão

O episódio 5 da temporada 2 de “1923” é um dos mais pesados da temporada — não pelo volume de acontecimentos, mas pela intensidade emocional. Ao colocar suas personagens femininas em situações-limite, a série desafia o espectador a refletir sobre o custo da sobrevivência em um mundo brutalmente desigual.

Alexandra e Teonna carregam o peso do corpo feminino e indígena diante da violência estrutural, enquanto Spencer, embora mais protegido, também enfrenta as limitações de um país que mudou em sua ausência.

Taylor Sheridan não suaviza a realidade de seus personagens, mas talvez o roteiro precise encontrar um equilíbrio entre denúncia e desenvolvimento. O sofrimento, quando recorrente, corre o risco de dessensibilizar. Ainda assim, “1923” continua sendo uma poderosa meditação sobre violência, resistência e a busca incessante por um lugar a que se possa chamar de lar.

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Onde assistir à série 1923?

A série está disponível para assistir no Paramount+.

Trailer da temporada 2 de 1923 (2025)

Elenco de 1923, do Paramount+

  • Harrison Ford
  • Helen Mirren
  • Brandon Sklenar
  • Michelle Randolph
  • Aminah Nieves
  • Sebastian Roché
  • Julia Schlaepfer
  • Darren Mann

Ficha técnica da série 1923

  • Título original: 1923
  • Criação: Taylor Sheridan
  • Gênero: faroeste, drama
  • País: Estados Unidos
  • Temporada: 2
  • Episódios: 7
  • Classificação: 16 anos

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