A década de 1960 foi marcada por mudanças culturais e avanços tecnológicos sem precedentes. Enquanto a corrida espacial acirrava a disputa entre Estados Unidos e União Soviética, questões sociais como o avanço das mulheres no mercado de trabalho também ganhavam destaque. É nesse contexto vibrante e cheio de contrastes que o filme “Como Vender a Lua” (Fly Me to the Moon), dirigido por Greg Berlanti, nos transporta.
Com um elenco liderado por Scarlett Johansson e Channing Tatum, o longa-metragem combina comédia romântica, história e conspiração em uma narrativa ousada e leve, que revisita a época com um toque de humor e charme.
Sinopse do filme Como Vender a Lua (2024)
A trama acompanha Kelly Jones (Scarlett Johansson), uma marqueteira talentosa, mas moralmente ambígua, contratada pela NASA para salvar o projeto Apollo 11. Em plena Guerra Fria, a missão de levar o homem à Lua enfrenta resistência política e orçamentária após o fracasso da Apollo 1. Com uma abordagem criativa e nada convencional, Kelly precisa convencer a opinião pública de que o pouso lunar é um marco essencial para a humanidade.
No entanto, sua maior barreira é Cole Davis (Channing Tatum), o rígido diretor da missão, que coloca a ciência acima de qualquer estratégia de marketing. Entre debates acalorados e estratégias ousadas, a dinâmica dos dois evolui de inimigos ferrenhos a um romance inesperado, enquanto a tensão sobre o sucesso (ou fracasso) do pouso lunar alcança seu ápice.
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Crítica de Como Vender a Lua, da Apple TV+
“Como Vender a Lua” acerta ao trazer para o centro da narrativa a relação entre marketing e ciência, um tema ainda relevante nos dias atuais. A química entre Scarlett Johansson e Channing Tatum é o pilar da trama, com diálogos ágeis que lembram clássicas comédias românticas dos anos 60.
Johansson brilha ao dar vida a Kelly Jones, uma personagem carismática e determinada, enquanto Tatum equilibra o tom com sua postura rígida e idealista.
A direção de Berlanti é eficiente ao recriar a atmosfera da época, com figurinos, trilha sonora e cenários impecáveis que mergulham o espectador nos anos 60. A trilha sonora, em particular, se destaca, com sucessos de Frank Sinatra que dão um charme nostálgico à produção.
Roteiro irregular
Por outro lado, o roteiro de Rose Gilroy nem sempre mantém a coesão entre o humor e o drama. A introdução de teorias da conspiração sobre o pouso na Lua, embora seja um ponto criativo, às vezes parece deslocada, prejudicando a fluidez da narrativa.
O filme tenta abordar questões importantes, como o papel da manipulação midiática e a luta feminina por espaço em ambientes dominados por homens, mas essas reflexões acabam diluídas em cenas que priorizam o romance e o humor.
O personagem de Woody Harrelson, Moe Berkus, é um alívio cômico interessante, mas sua presença contribui para o sentimento de que o filme tenta abraçar muitos temas ao mesmo tempo. A longa duração também pesa, especialmente no terceiro ato, que poderia ser mais conciso.
Conclusão
“Como Vender a Lua” é um entretenimento leve que mistura história, romance e comédia com sucesso moderado. Apesar de falhas pontuais no roteiro e na execução de alguns temas, o filme se sustenta graças às atuações carismáticas de Scarlett Johansson e Channing Tatum, além de uma estética que captura com maestria o espírito dos anos 60.
É uma boa pedida para quem busca uma comédia romântica despretensiosa com um toque histórico, mas não espere profundidade ou grandes revelações.
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