Sinopse do filme Ferry 2 (2024)
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Crítica de Ferry 2, da Netflix
Frank Lammers mais uma vez incorpora Ferry com maestria, entregando um personagem complexo que oscila entre o carismático e o trágico. Sua dinâmica com Aiko Mila Beemsterboer é um dos pontos altos do filme. Jezebel, embora impulsiva e instável, funciona como um catalisador para as decisões de Ferry, e sua interação oferece momentos de tensão e ternura genuínas.
O roteiro, porém, peca pela previsibilidade. Embora os conflitos sejam bem construídos, muitos dos desdobramentos podem ser antecipados, o que diminui parte do impacto. Ainda assim, o antagonista Lex é um acréscimo interessante: sua ameaça sutil, mas constante, cria um bom contraponto à experiência de Ferry.
Outro mérito do filme é como ele aborda o tema da passagem do tempo no mundo do crime. Ferry, agora um veterano, precisa lidar com a ascensão de uma nova geração — menos experiente, mas mais ousada. Essa perspectiva traz frescor à narrativa, mesmo que ela resvale em fórmulas já exploradas.
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