Sinopse do filme Ligação Sombria (2024)
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Crítica de Ligação Sombria, do Prime Video
Nicolas Cage, como esperado, é o grande destaque. Com cabelo vermelho espetado e um terno chamativo, ele encarna o papel de um “demônio” humano com uma intensidade que beira o insano. A atuação é carregada de monólogos exagerados, risadas histéricas e explosões de violência, que alternam entre o bizarro e o fascinante.
O ator domina a tela de tal maneira que ofusca qualquer outro elemento, inclusive a atuação mais contida e funcional de Joel Kinnaman, cujo personagem existe apenas como contraponto ao caos instaurado pelo sequestrador.
O roteiro de Luke Paradise utiliza bem os elementos do gênero, criando pequenos obstáculos que mantêm o ritmo e a tensão. No entanto, a previsibilidade da trama, especialmente a partir do segundo ato, enfraquece a narrativa. O segredo que conecta os personagens, tratado como uma grande revelação, é entregue de forma anticlimática e dilui parte do impacto construído até então.
Tecnicamente, o filme se destaca pela direção de arte e fotografia. A paleta de cores em tons de vermelho e roxo reforça o simbolismo de violência e morte. A cena no restaurante, com seu neon vibrante, é visualmente marcante, apesar de previsível como ponto de virada.
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