O filme brasileiro "O Último Azul", dirigido por Gabriel Mascaro e estrelado por Rodrigo Santoro, foi premiado no Festival de Berlim 2025.

Foto: Primeiro Plano / Divulgação

O cinema brasileiro foi a grande sensação deste sábado (22) com o filme “O Último Azul”, dirigido por Gabriel Mascaro, que foi agraciado com o Urso de Prata – prêmio concedido pelo grande júri – no Festival de Berlim. A honraria é considerada a segunda mais importante da Berlinale, um dos festivais mais prestigiados do mundo.

Gabriel Mascaro, que já chamou a atenção com filmes como “Boi Neon” e “Divino Amor”, emocionou-se ao receber o troféu: “Muitos filmes que me inspiraram como cineasta estrearam aqui [na Berlinale]. Quero expressar minha mais profunda gratidão ao júri por confiar este prêmio ao meu filme. Ele existe graças à dedicação de muitas pessoas que trabalharam duro para transformar este sonho em realidade. ‘O Último Azul’ fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para encontrar um novo significado na vida”.

Além do Urso de Prata concedido pelo grande júri, “O Último Azul” também recebeu o prêmio de melhor filme da competição pelo júri ecumênico e foi escolhido pelos leitores do jornal “Berliner Morgenpost”. Esses reconhecimentos reforçam a força e o alcance do cinema nacional no cenário internacional.

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Motivo de orgulho para o elenco

A conquista também foi motivo de orgulho para o elenco. Em comunicado ao site Omelete, o ator Rodrigo Santoro exaltou o reconhecimento: “Quando o cinema brasileiro independente recebe um reconhecimento dessa relevância, a maior vencedora é a nossa cultura”. A produção, fruto de uma coprodução entre Brasil, México, Chile e Holanda, conta com nomes de peso como Denise Weinberg, Miriam Socarrás, Adanilo, Rosa Malagueta, Clarissa Pinheiro e Dimas Mendonça.

Denise Weinberg destacou a potência do cinema nacional: “Estamos muito, muito felizes com esse Urso de Prata e alavancando o cinema brasileiro depois de anos de trevas. Somos capazes, sim, somos criativos, sim. Temos de levantar nossa autoestima e continuar resistindo!”.

“Quando o cinema brasileiro independente recebe um reconhecimento dessa relevância, a maior vencedora é a nossa cultura. É emocionante representar o Brasil num filme que nos convida a reeducar o olhar para um tema tão urgente”, complementou Rodrigo Santoro.

A produtora Rachel Daisy Ellis comentou a importância da temática do filme e comemorou o prêmio: “Estamos todos vibrando depois do reconhecimento do filme pelo Júri oficial. Conquistar o Grande Prêmio do Júri é muito especial. ‘O Último Azul’ ganhou os corações do público e da crítica aqui e sinto que isso é apenas um começo. Temos ouvido muita gente falando da importância do filme como símbolo da rebelião contra sistemas que tendem a marginalizar os idosos. É um filme que nos faz acreditar na força da humanidade e na possibilidade de realizar nossos sonhos e viver com dignidade apesar de sistemas opressores”.

Além disso, Rachel enfatizou a diversidade da equipe do longa: “É muito lindo receber esse reconhecimento em um momento tão especial do cinema brasileiro. Esse filme reuniu pessoas do norte, nordeste, sudeste e sul do Brasil, além do Chile, México e Holanda”.

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Sinopse do filme O Último Azul

A trama gira em torno de Tereza, uma mulher de 77 anos que vive na pequena aldeia de Muriti, na Amazônia. Ao receber uma ordem oficial para se mudar para uma colônia destinada aos idosos, Tereza recusa seu destino imposto e decide embarcar em uma jornada pelos rios amazônicos. Em meio a cenários que mesclam beleza natural e um clima quase distópico, ela luta para realizar seu último sonho: fazer um passeio de avião e, assim, reafirmar sua liberdade.

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Filme norueguês levou o Urso de Ouro do Festival de Berlim 2025

O festival de Berlim também homenageou outras produções. O Urso de Ouro foi para o norueguês “Dreams”, de Dag Johan Haugerud, enquanto o júri, presidido por Todd Haynes, distribuiu prêmios em diversas categorias, destacando nomes como Radu Jude, Andrew Scott e Rose Byrne.

Quando O Último Azul estreia nos cinemas?

Apesar do sucesso na Berlinale, “O Último Azul” ainda não tem data marcada para sua estreia nos cinemas brasileiros, enquanto Gabriel Mascaro continua a consolidar sua carreira, tendo sua obra “Boi Neon” já disponível no Reserva Imovision.

Com uma narrativa que desafia imposições e celebra a capacidade de sonhar, o filme promete abrir novos horizontes para o cinema brasileiro, reafirmando a importância de contar histórias que refletem a força e a diversidade da nossa cultura.

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