Confira a crítica do filme "O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim", animação de 2024 disponível para assistir na Max

Foto: Max / Divulgação

Desde que Peter Jackson trouxe O Senhor dos Anéis para os cinemas no início dos anos 2000, a franquia tem sido explorada de diversas maneiras, com resultados variáveis. Se por um lado a trilogia O Hobbit falhou em capturar a magia original, por outro, a nova animação “A Guerra dos Rohirrim” propõe um formato inédito: um anime que expande a mitologia da Terra-Média.

Mas até que ponto essa abordagem funciona? O longa consegue se sustentar por conta própria ou apenas sobrevive das memórias da trilogia original?

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Sinopse do filme O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim (2024)

A história se passa 183 anos antes dos eventos de O Senhor dos Anéis e acompanha Helm Mão-de-Martelo (Brian Cox), lendário rei de Rohan, que entra em conflito com Freca (Shaun Dooley), um lorde ambicioso que deseja tomar o trono para si.

Após Helm matar Freca em um duelo, seu filho, Wulf (Luke Pasqualino), jura vingança contra a linhagem real e lidera um exército para invadir Rohan. No centro desse conflito está Héra (Gaia Wise), filha de Helm, que luta para proteger seu povo e encontrar seu lugar em um mundo dominado por homens e guerras.

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Crítica de O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim, da Max

A ideia de adaptar O Senhor dos Anéis para o formato de anime poderia soar estranha a princípio, considerando que a mitologia de Tolkien é profundamente enraizada na cultura europeia medieval. No entanto, o longa encontra no drama familiar e nas questões de honra e traição um tom que se encaixa bem dentro da estética dos animes.

O traço e a direção de arte, que remetem a obras do Studio Ghibli e Violet Evergarden, são um dos grandes trunfos do filme, criando paisagens deslumbrantes e personagens visualmente marcantes.

Protagonista ou apenas uma justificativa para o protagonismo feminino?

A ideia de colocar Héra no centro da narrativa é um dos aspectos mais ousados do longa, mas a execução fica aquém do esperado. Seu arco é previsível: uma princesa que rejeita casamentos arranjados, deseja lutar como os homens e se prova no campo de batalha.

Embora a intenção de fortalecer o protagonismo feminino seja louvável – e coerente com a representação de Éowyn nos filmes de Jackson –, a personagem carece de profundidade. Suas decisões muitas vezes parecem roteirizadas para atender a demandas contemporâneas, sem uma construção orgânica.

Vilão genérico em um mar de clichês

O antagonista Wulf é um dos maiores problemas do filme. Ele segue a cartilha do vilão obcecado por vingança, sem qualquer desenvolvimento mais elaborado.

Sua trajetória lembra a de outros vilões genéricos da cultura pop: um homem consumido pelo ódio que não mede esforços para destruir seus inimigos. Com um roteiro melhor trabalhado, sua relação com Héra poderia ter sido mais complexa, trazendo nuances emocionais que tornariam o conflito mais envolvente.

Referências ou reciclagem?

Assim como O Hobbit e Os Anéis de Poder, “A Guerra dos Rohirrim” não consegue se desprender do legado da trilogia de Jackson. O filme abusa de referências, desde a trilha sonora inspirada nas composições de Howard Shore até o reaproveitamento de cenários e frases icônicas. O resultado é um fan service excessivo que, em vez de enriquecer a experiência, a torna repetitiva.

Qualidade da animação

Se por um lado o filme impressiona com paisagens belíssimas e designs detalhados, por outro, sofre com problemas técnicos. A mistura de 2D e 3D é inconsistente, resultando em momentos onde a movimentação dos personagens parece travada. Algumas cenas de batalha têm um impacto visual poderoso, mas outras sofrem com cortes abruptos e transições mal elaboradas, prejudicando a fluidez da narrativa.

História previsível com altos e baixos

Apesar da proposta interessante, o roteiro de “A Guerra dos Rohirrim” falha em se destacar. A trama de vingança é previsível e carece de reviravoltas realmente impactantes. O filme também peca na montagem, alternando entre cenas de ação bem coreografadas e momentos expositivos que quebram o ritmo. Mesmo com a participação de Philippa Boyens, corroteirista da trilogia original, o texto não possui a mesma profundidade e magia.

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Conclusão

“O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim” é uma experiência visualmente interessante, mas narrativamente fraca. Embora traga elementos que expandem a mitologia da Terra-Média, não consegue se desvencilhar da série de clichês que assolam adaptações recentes do universo de Tolkien.

O filme funciona como entretenimento, especialmente para fãs da franquia, mas também reforça a necessidade de roteiros mais bem trabalhados para futuras incursões na Terra-Média.

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Onde assistir ao filme O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim?

O filme está disponível para assistir na Max.

Trailer de O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim (2024)

Elenco de O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim, da Max

  • Brian Cox
  • Gaia Wise
  • Miranda Otto
  • Luke Pasqualino
  • Lorraine Ashbourne
  • Shaun Dooley
  • Benjamin Wainwright
  • Yazdan Qafouri
  • Laurence Ubong Williams
  • Michael Wildman

Ficha técnica do filme O Senhor dos Anéis: A Guerra dos Rohirrim

  • Título original: The Lord of the Rings: The War of the Rohirrim
  • Direção: Kenji Kamiyama
  • Roteiro: Jeffrey Addiss, Will Matthews, Phoebe Gittins, Arty Papageorgiou
  • Gênero: animação, aventura, fantasia, ação
  • País: Estados Unidos, Nova Zelândia, Japão
  • Duração: 135 minutos
  • Classificação: 14 anos

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