Jogo Bonito crítica do filme Netflix 2024

Foto: Netflix / Divulgação

O filme “Jogo Bonito” (The Beautiful Game), que estreou nesta sexta-feira (29) na Netflix, conta a inspiradora história da Copa do Mundo dos Sem-Teto, um torneio internacional de futebol para pessoas em situação de rua. Embora seja bem intencionado, um formato documentário cairia bem melhor para contar essa jornada, por razões que vocês vão entender mais à frente.

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Sinopse de Jogo Bonito, da Netflix

Na trama, Mal (Bill Nighy) comanda o time de futebol de pessoas em situação de rua na Inglaterra, e leva seus jogadores para Roma com a esperança de que eles conquistem o título de campeões da Copa do Mundo dos Sem-Teto. Na última hora, ele decide levar o talentoso atacante Vinny (Micheal Ward), que representa uma chance real de vitória para o time, desde que consiga enfrentar os fantasmas do próprio passado e entrar de cabeça nesse desafio.

Inspirada e com apoio da verdadeira Copa do Mundo dos Sem-Teto, “Jogo Bonito” é um filme sobre segundas chances, em que times de pessoas em situação de rua do mundo todo vão descobrir que todos os caminhos levam à Roma (e, quem sabe, à vitória), demonstrando que o esporte promove a competição, mas também a esperança.

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Crítica do filme Jogo Bonito (2024)

O filme apresenta uma narrativa leve e cativante, explorando temas como superação, amizade e esperança. As boas atuações, especialmente de Bill Nighy e Micheal Ward, contribuem para a emoção da trama. As paisagens de Roma, onde se passa o torneio, também auxiliam na beleza visual da obra.

No entanto, “Jogo Bonito” não se aprofunda suficientemente na complexa realidade dos jogadores em situação de rua. As dificuldades e traumas que enfrentam são apenas pincelados, o que torna a história um tanto superficial. O roteiro, apesar de bem escrito, cai em alguns clichês do gênero, como a figura do técnico mentor e a redenção através do esporte. A previsibilidade da trama torna o filme menos impactante do que poderia ser.

Pendendo para o dramalhão e para o piegas, essa história talvez pudesse ser melhor contada com os pés no chão no formato documentário, mostrando o que aconteceu de fato, sem os exageros que uma obra do tipo acaba se rendendo para tentar emocionar o público.

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Conclusão

“Jogo Bonito” é até um filme inspirador, mas que poderia ter explorado com mais profundidade a temática da Copa do Mundo dos Sem-Teto. As atuações e a beleza visual são pontos fortes, mas a superficialidade da história e os clichês do gênero impedem que o longa alcance seu potencial máximo.

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Onde assistir ao filme Jogo Bonito (2024)?

“Jogo Bonito” estreou nesta sexta-feira, dia 29 de março de 2024, no  catálogo da Netflix.

Trailer do filme Jogo Bonito, da Netflix (2024)

Elenco do filme Jogo Bonito, da Netflix (2024)

  • Bill Nighy
  • Micheal Ward
  • Susan Wokoma
  • Valeria Golino
  • Callum Scott Howells
  • Kit Young
  • Sheyi Cole

Ficha técnica do filme Jogo Bonito, da Netflix (2024)

  • Título original: The Beautiful Game
  • Direção: Thea Sharrock
  • Roteiro: Frank Cottrell Boyce
  • Gênero: drama
  • País: Reino Unido, Estados Unidos
  • Ano: 2024
  • Duração: 125 minutos
  • Classificação: 12 anos

Sobre o autor

3 thoughts on “‘Jogo Bonito’ aborda a Copa do Mundo dos Sem-Teto de forma superficial

  1. Superficial é a crítica ao filme. O filme atende ao que se propõe. Fosse o desejo dos produtores um documentário, algo mais intelectualizado, assim o seria. Muitas vezes a linguagem romanceada é mais adequada ao público que deseja atingir.

  2. Não, a história não seria melhor contada com “pés no chão”. O mundo está cansado da do realismo, até porque o realismo pode nos afastar da realidade; a forma romantizada, ao contrário, muitas vezes nos aproxima mais da essência da história. E é isso que acontece no filme.
    “Clichês”? “Piegas”? Essas expressões aos poucos vão ficando fora de moda. São preconceituosas; padronizam a emoção, reduzindo a qualidade da obra a somente um tipo de narrativa, como se a mensagem somente pudesse ser passada através da realidade nua e crua. Com todo o respeito, mas um mundo que luta pela diversidade não aceita mais esse tipo de reducionismo.

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