Leia a crítica da série A Hóspede, da Netflix (2025) - Flixlândia

A longa – e exagerada – vingança de ‘A Hóspede’

Suspense colombiano está disponível na Netflix

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Em um cenário saturado de séries de suspense psicológico, a Netflix apresenta “A Hóspede” (La Huésped), uma série colombiana que promete mergulhar nos recantos mais obscuros da vingança, do desejo e da destruição. Com um elenco de peso, encabeçado pelas renomadas atrizes Laura Londoño e Carmen Villalobos, a produção busca capturar a atenção do público com sua trama intrincada e elementos eróticos.

No entanto, sua ambiciosa proposta de 20 episódios levanta a questão: é um banquete de suspense ou um drama que se arrasta? Esta crítica explora os pontos fortes e fracos da série, ponderando se o tempo de tela prolongado realmente serve à história ou se a dilui até a exaustão.

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Sinopse

A vida de Silvia (Laura Londoño) está no limite. Seu casamento com Lorenzo (Jason Day), um candidato a Procurador-Geral, está em crise devido a uma infidelidade, e sua filha, Isabela, enfrenta uma luta contra o vício em metanfetaminas. Em meio a esse turbilhão, a misteriosa Sonia (Carmen Villalobos), uma mulher que Silvia conheceu em uma viagem, surge em sua porta em uma noite chuvosa. A princípio, a chegada de Sonia parece ser apenas um reencontro inesperado, mas logo se revela uma ameaça calculada.

Motivada por um desejo de vingança contra a pessoa que considera a culpada por toda a sua dor, Sonia se infiltra na família com um plano sinistro: destruí-la de dentro para fora. A série acompanha o jogo de gato e rato psicológico e erótico, explorando a tensão crescente entre as duas mulheres e as devastadoras consequências da obsessão e da traição.

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Crítica

A Hóspede se estabelece firmemente no terreno do thriller psicológico, mas não hesita em adicionar camadas de drama familiar e erotismo. A série é claramente construída para ser um entretenimento “quente” e cativante, com cenas sensuais e uma trama que se apoia em segredos e intrigas. A química entre as protagonistas, Laura Londoño e Carmen Villalobos, é um ponto central da narrativa, explorando uma conexão que oscila entre o desejo e o perigo.

No entanto, essa abordagem de “tudo ao mesmo tempo” pode, para alguns, parecer mais um melodrama exagerado do que um suspense genuinamente tenso. O roteiro, assinado por Dario Vanegas e Lina Uribe (conhecidos por A Rainha do Tráfico), embora funcional, não se arrisca a ser inovador. A história de vingança, traição e destruição é uma fórmula conhecida, e a série a executa sem grandes surpresas, o que a torna previsível para o espectador mais experiente.

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Crítica da série A Hóspede, da Netflix (2025) - Flixlândia
Foto: Netflix / Divulgação

Duração excessiva

O maior desafio de A Hóspede reside na sua extensão. Com 20 episódios de cerca de 40 a 50 minutos cada, a série corre o risco de esticar demais sua premissa. Enquanto uma audiência ávida por dramas longos pode se deliciar com a abundância de conteúdo, a maioria dos espectadores de thrillers modernos prefere narrativas mais concisas e diretas.

A trama, que poderia ser contada de forma eficiente em 8 ou 10 episódios, provavelmente se diluirá em subtramas secundárias e momentos de preenchimento, comprometendo o ritmo e a tensão. Em vez de construir um clímax vertiginoso, a série pode acabar sofrendo com uma narrativa arrastada, na qual a urgência da vingança de Sonia perde força ao longo do tempo. É uma aposta arriscada que pode afastar aqueles que buscam um suspense ágil e de alto impacto.

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Potencial e público-alvo

Apesar de seus problemas, A Hóspede tem um público certo. A combinação de drama intenso, atuações marcantes e a promessa de reviravoltas novelescas a torna atraente para uma vasta audiência que consome produções latinas na Netflix. O elenco, liderado por atrizes de grande popularidade como Laura Londoño e Carmen Villalobos, garantirá que a série seja vista.

Para aqueles que não se importam com a falta de originalidade e buscam uma história de vingança cativante para maratonar, A Hóspede pode ser um verdadeiro “prazer culpado”. A série não busca ser uma obra-prima da televisão, mas sim uma fonte de entretenimento dramático, e nesse aspecto, provavelmente cumpre seu objetivo.

Conclusão

A Hóspede é um thriller psicológico colombiano que acerta no seu tom dramático e nas performances de suas atrizes principais, mas que tropeça na sua própria ambição de duração. A história, embora envolvente, não é suficientemente inovadora para justificar 20 episódios, e a previsibilidade do enredo pode frustrar os fãs do gênero.

No entanto, para o público que aprecia novelas cheias de intrigas, traições e paixões intensas, a série oferece exatamente o que promete. Portanto, não é uma produção que irá revolucionar o gênero, mas pode ser uma experiência de maratona divertida para quem procura uma boa dose de drama e vingança.

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Onde assistir à série A Hóspede?

A série está disponível para assistir na Netflix.

Veja o trailer de A Hóspede (2025)

YouTube player

Quem está no elenco de A Hóspede, da Netflix?

  • Carmen Villalobos
  • Laura Londoño
  • Jason Day
  • Margarita Muñoz
  • Andrés Suárez
  • Kami Zea
  • Alejandro Del Castillo
  • Miguel González
  • Ariel Sierra
  • Rami Herrera
Escrito por
Wilson Spiler

Formado em Design Gráfico, Pós-graduado em Jornalismo e especializado em Jornalismo Cultural, com passagens por grandes redações como TV Globo, Globonews, SRZD e Ultraverso.

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