Crítica do filme 'A Única Sobrevivente' (2025)

Dramas de sobrevivência podem ser densos, e misturados à política poderiam render um grande filme. Não é o que ocorre em “A Única Sobrevivente” (Odna), longa russo que chega ao streaming do Adrenalina Pura com algum atraso, já que se trata de uma produção de 2022.

O filme conta a história de Larisa (Nadezhda Kaleganova), uma mulher recém-casada que viajava em lua de mel com o marido, e acaba sendo a personagem-título.

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Sinopse

Na trama, em 1981, uma passageira sobreviveu a uma colisão entre um avião comercial e um bombardeiro soviético a mais de 5 km de altitude. Ao acordar sozinha na floresta, ela precisa criar seu próprio milagre para se manter viva.

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Crítica

Baseado em uma história real ocorrida na antiga União Soviética, “A Única Sobrevivente” tem diversas camadas, mas algumas não são aprofundadas como deveriam. A cena do acidente é incrível, densa e bem executada, a luta de Larisa pela vida no meio de uma floresta a quilômetros da civilização

Essa é a parcela mais bem tratada do filme. A atriz Nadezhda Kaleganova mostra a mistura do desespero de estar numa situação limite e a força que para escapar dali e encontrar uma solução de forma competente. Misturando com flashbacks de sua relação, quase não cobra suspensão de descrença do espectador.

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Cena do filme A Única Sobrevivente, do Adrenalina Pura (2025) - Flixlândia — Foto: Divulgação

Saldos diferentes

A parte mais lenta é o complô político para acobertar as causas do acidente. Um míssil mal disparado quase na fronteira com a China poderia causar tensões entre os dois países na época, além de manchar a imagem de “país perfeito” da URSS no cenário mundial, já abalada com Chernobyl.

Toda a movimentação dos militares parece meio mambembe e é difícil acreditar que dominavam de tal forma as informações que demorou décadas até a Larisa da vida real descobrir as causas que a tornaram viúva. As duas narrativas convergem no final, mas com um saldo diferente para cada.

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Conclusão

“A Única Sobrevivente” é um filme pouco acima do mediano, mas serve também como o documento histórico da vontade humana perante adversidades aparentemente intransponíveis, e do descaso das autoridades com tragédias, que, como todos sabemos, ocorrem independente do viés político.

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