No cenário vibrante do cinema argentino, o filme “Acampamento com a Mamãe” (Campamento con Mamá) surge como uma comédia familiar que mistura humor e emoção. Dirigida por Martino Zaidelis, a produção conta com Natalia Oreiro liderando um elenco repleto de talento.
Disponível na Netflix, o filme promete abordar as complexidades da relação mãe-filho com uma pitada de aventura e risadas. Mas será que entrega algo realmente memorável?
Sinopse do filme Acampamento com a Mamãe (2024)
Patricia (Natalia Oreiro) é uma mãe divorciada e controladora que tenta equilibrar a carreira como empresária e o relacionamento com seu filho pré-adolescente, Ramiro (Milo Lis). Quando descobre que o filho pretende ir morar com o pai, ela decide assumir a direção do ônibus escolar que levará os alunos a um acampamento.
Durante a viagem, Patricia enfrenta desafios hilários e emocionais, enquanto tenta reconquistar a confiança de Ramiro e aprender a soltar o controle. O filme mergulha em situações cômicas, embaraçosas e, por vezes, tocantes, explorando as dificuldades da maternidade e da adolescência.
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Crítica de Acampamento com a Mamãe, da Netflix
“Acampamento com a Mamãe” combina uma fórmula previsível com momentos de leveza e autenticidade. O maior trunfo da obra é o carisma de Natalia Oreiro, que interpreta uma mãe exageradamente protetora sem cair em caricaturas desgastadas. Seu desempenho equilibra bem a comicidade e a vulnerabilidade, tornando Patricia uma personagem cativante apesar de suas falhas.
O roteiro, no entanto, oscila entre bons diálogos e cenas que carecem de dinamismo. Enquanto a relação entre Patricia e Ramiro serve como eixo emocional, algumas subtramas – como o triângulo cômico envolvendo o professor Diego (Pablo Rago) e outra mãe (Dalia Gutmann) – parecem desnecessárias e pouco inspiradas.
A direção de Zaidelis aproveita o cenário do acampamento como metáfora para o crescimento e a reconexão dos personagens. Contudo, a previsibilidade de certos gags e conflitos limita o impacto emocional e humorístico do filme. A cena musical de Oreiro, embora divertida, parece deslocada e reforça a sensação de que o filme tenta preencher lacunas narrativas com artifícios externos.
O elenco de jovens atores merece destaque, trazendo uma energia genuína e momentos de espontaneidade que contrastam com a rigidez de algumas cenas adultas. Eles garantem que o filme tenha uma leveza que resgata o espírito do subgênero “aceitação familiar”.
Conclusão
“Acampamento com a Mamãe” entrega uma comédia familiar simpática, mas que raramente se arrisca além do convencional. Natalia Oreiro conduz a história com carisma, garantindo que a experiência seja agradável, mesmo que o roteiro não explore todo o potencial do tema central. Apesar de seus tropeços, o filme oferece risadas e reflexões suficientes para conquistar o público em busca de uma narrativa leve e emocionalmente acessível.
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