Prepare-se para rir de forma quase culposa. Estreando nesta quinta-feira, 21 de agosto, “Anônimo 2” (Nobody 2) não só mantém o nível do surpreendente primeiro filme, como pisa fundo no acelerador da comédia, entregando uma das sequências de ação mais divertidas e despretensiosas dos últimos anos.
A obra troca a tensão por gargalhadas e se assume de vez como uma “Sessão da Tarde para maiores”, onde a violência estilizada serve de palco para um humor absurdo e brilhantemente executado.
Sinopse
A trama, agora sob a direção de Timo Tjahjanto, acerta ao focar no drama familiar. Hutch Mansell (Bob Odenkirk) não quer perder sua família, que está em crise por conta de suas ausências e de sua “profissão”.
Em uma tentativa de se reconectar, ele os leva de férias para um local nostálgico onde esteve com seu pai e irmão na infância. A paz, contudo, dura pouco. Um episódio de briga adolescente em um fliperama, envolvendo seu filho e o filho de um figurão do crime local, desencadeia toda a espiral de violência do filme.
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Crítica
Bob Odenkirk não só convence novamente, como parece ainda mais confortável no papel do herói de ação improvável. A sequência abraça o humor, e a performance de Odenkirk é o centro de tudo.
As cenas de luta são um balé de brutalidade cartunesca: dedos são cortados, ossos quebram com estalos cômicos e dentes voam pela tela, tudo com uma coreografia que provoca mais risadas do que aflição. A comparação com Monty Python é inevitável; a violência é tão exagerada que se torna surreal e hilária.

Química perfeita entre os atores
Mas o verdadeiro destaque são os atores que compõem a família Mansell. A dinâmica entre Hutch, sua esposa Becca (Connie Nielsen), seu pai David (o lendário Christopher Lloyd), seu irmão Harry (RZA) e seus filhos é o coração do filme. A química entre eles é perfeita.
O roteiro aprofunda a história da família com flashbacks que, de forma terna e bizarra, mostram que ser um agente letal é quase um “negócio de família”, passado de pai para filhos com um carinho que beira o absurdo.
E coroando a obra, temos Sharon Stone como a grande vilã. Visivelmente se divertindo horrores com o papel, ela compõe uma antagonista carismática, implacável e deliciosamente exagerada, que se encaixa perfeitamente no tom do filme. Ela é o contraponto ideal para a violência cômica de Hutch e sua família.
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Conclusão
É aqui que o filme revela sua genialidade: é uma paródia perfeita do “filme de férias em família”. Basicamente, é como se estivéssemos assistindo a um remake de “Férias Frustradas” (1983), mas trocando a família desastrada de Chevy Chase pela família hipercompetente de Liam Neeson em “Busca Implacável” (2008).
A comédia não nasce da incompetência, mas da eficiência absurda com que os Mansell resolvem problemas com violência extrema e trabalho em equipe letal. Com uma premissa afiada e um elenco em perfeita sintonia, “Anônimo 2” é uma sequência que supera o original em pura diversão.
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Onde assistir ao filme Anônimo 2?
O filme está disponível para assistir nos cinemas de todo o Brasil.
Assista ao trailer de Anônimo 2 (2025)
Quem está no elenco do filme Anônimo 2?
- Bob Odenkirk
- Connie Nielsen
- Christopher Lloyd
- John Ortiz
- RZA
- Sharon Stone
- Colin Hanks
- Gage Munroe