
Foto: Prime Video / Divulgação
A temporada 2 de “As Bruxas Mayfair de de Anne Rice” chegou ao fim com um desfecho intenso, cheio de traições, sacrifícios e segredos revelados. A história seguiu um caminho mais sombrio e acelerado, mas, ao mesmo tempo, se perdeu em um mar de escolhas narrativas questionáveis. A protagonista Rowan Mayfair emergiu como o epicentro do caos, mas não necessariamente da forma impactante que a história merecia.
O embate entre os Mayfair e aqueles que desejam explorar o poder dos Taltos trouxe momentos de tensão e reviravoltas inesperadas. No entanto, a tentativa da série de capturar a grandiosidade da trilogia de Anne Rice acabou tropeçando em problemas de desenvolvimento de personagens e direção narrativa. Mas, afinal, essa segunda temporada conseguiu realmente encantar ou apenas lançou um feitiço sem efeito?
Sinopse da temporada 2 da série As Bruxas Mayfair de Anne Rice (2025)
A nova temporada começa imediatamente após os eventos turbulentos do final do primeiro ano. Rowan Mayfair dá à luz uma entidade que é, na verdade, Lasher renascido em forma humana. A rapidez com que ele cresce e se torna um adulto coloca todos em alerta, especialmente Rowan, que se sente cada vez mais sem controle sobre sua própria vida e poderes.
Enquanto isso, Julien Mayfair surge como um manipulador implacável, disposto a sacrificar os Taltos para seus próprios propósitos. Lasher, por sua vez, tenta reunir sua “família” e levá-los para Nova Orleans, mas se depara com a resistência de Emaleth, que paga um preço alto por sua decisão.
O confronto entre os Mayfair e seus inimigos se intensifica, culminando em um embate final repleto de traição e revelações perturbadoras. Rowan, ao final, se vê diante de uma escolha que pode definir o destino da linhagem, assumindo um papel central na dinastia Mayfair.
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Crítica de As Bruxas Mayfair de Anne Rice (temporada 2), do Prime Video
A segunda temporada de “As Bruxas Mayfair de Anne Rice” é, sem dúvida, uma melhoria em relação à primeira. O ritmo está mais ajustado, os efeitos visuais são mais refinados e a atmosfera finalmente abraça o tom sombrio que deveria ter desde o início. No entanto, apesar dessas melhorias, a série continua com sérios problemas de desenvolvimento de personagens e coesão narrativa.
A protagonista, interpretada por Alexandra Daddario, tem momentos brilhantes, mas sua jornada é frustrante. Rowan começa a temporada como uma mulher cheia de dúvidas e conflitos internos, mas, ao invés de um arco de crescimento, seu caminho é marcado por indecisões e uma falta de controle sobre seu próprio destino. A cada episódio, fica mais evidente que a série hesita em torná-la uma verdadeira anti-heroína ou uma líder poderosa.
Outro problema grave é a quantidade de subtramas que nunca ganham desenvolvimento adequado. A introdução de Moira Mayfair e seu arco poderia ter acrescentado mais profundidade à dinastia, mas a personagem acaba relegada a momentos esporádicos sem impacto real na narrativa. Ciprien Grieve, que poderia ser uma peça-chave na história, passa boa parte do tempo como um coadjuvante apagado, sem reações convincentes às mudanças drásticas ao seu redor.
Ausência do DNA de Anne Rice
Se a primeira temporada já se distanciava da complexidade dos livros, a segunda praticamente abandona o espírito da obra de Anne Rice. Em vez de um terror gótico envolvente e uma exploração profunda das dinâmicas familiares dos Mayfair, o que temos é uma sucessão de eventos absurdos que carecem de peso emocional. A trama de Lasher, que deveria ser perturbadora e carregada de simbolismo, acaba reduzida a um clichê de vilão obcecado sem grande impacto.
Produção e atuações: o que salva a temporada
Apesar dos problemas narrativos, há pontos positivos. A direção de arte é um dos pontos altos da temporada, com figurinos e cenários que finalmente capturam a essência de um conto sobrenatural. As cenas de rituais e os espaços decadentes de Nova Orleans ajudam a criar um clima envolvente.
Alexandra Daddario entrega uma atuação esforçada, mas o roteiro não lhe dá material suficiente para brilhar. Jack Huston como Lasher tem momentos intrigantes, mas seu personagem é prejudicado por uma narrativa inconsistente. O elenco de coadjuvantes, infelizmente, não recebe tempo suficiente para se destacar.
Conclusão
A temporada 2 de “As Bruxas Mayfair de Anne Rice” teve potencial para corrigir os erros da primeira, mas acabou tropeçando em problemas semelhantes. Apesar de uma melhora na atmosfera e na qualidade visual, a série ainda sofre com personagens mal desenvolvidos e um roteiro que parece não saber para onde quer levar sua própria história.
Para quem já está investido na trama, ainda há elementos interessantes a serem explorados, principalmente com o novo status de Rowan dentro da dinastia Mayfair. No entanto, para os fãs dos livros, a sensação de que a adaptação não faz justiça à obra original permanece. Resta esperar que, se houver uma terceira temporada, ela finalmente consiga encontrar sua identidade e entregar a magia sombria que tanto promete.
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Onde assistir à série As Bruxas Mayfair de Anne Rice?
A série está disponível para assistir no Prime Video.
Trailer da temporada 2 de As Bruxas Mayfair de Anne Rice (2025)
Elenco de As Bruxas Mayfair de Anne Rice, do Prime Video
- Alexandra Daddario
- Jack Huston
- Tongayi Chirisa
- Harry Hamlin
- Charlayne Woodard
- Jen Richards
- Alyssa Jirrels
- Dennis Boutsikaris
- Ben Feldman
Ficha técnica da série As Bruxas Mayfair de Anne Rice
- Título original: Mayfair Witches
- Gênero: terror, suspense, fantasia, drama
- País: Estados Unidos
- Temporada: 2
- Episódios: 8
- Classificação: 14 anos